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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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Momento da Decisão<br />

Verifico uma correspondência de precisão assustadora entre esta<br />

situação e as atitudes demonstradas em Brooklyn na primavera de<br />

1980. “Discordar significava ser desleal. Esse é o tema que vinha à<br />

mente vez após vez.” A bondade de Jesus Cristo parecia estar<br />

seriamente em falta. Qualquer ardor de amizade e compreensão<br />

compassiva, que dá à amizade sua cordialidade, pareciam ter sido<br />

substituídos por um tratamento organizacional frio que supunha o pior,<br />

que negava o benefício da dúvida, e encarava a longanimidade e a<br />

paciência como debilidade, contrária aos interesses da organização e às<br />

suas metas de uniformidade e conformidade. Era como se uma enorme<br />

máquina legal tivesse sido posta em movimento e saísse esmagando de<br />

maneira insensível e implacável na direção do seu objetivo final.<br />

Achava difícil de acreditar que isto estivesse realmente acontecendo.<br />

Na sede, descobri, entre outras coisas em cima de minha<br />

escrivaninha, uma nota preparada pela Comissão do Presidente desde<br />

28 de abril de 1980 (veja a seguir). Alguns dos pontos se revelaram<br />

surpreendentes para mim, pois eu nunca os havia sequer considerado,<br />

muito menos falado sobre eles com outras pessoas. Eram-me<br />

repugnantes os termos dogmáticos nos quais os pontos estavam<br />

definidos. E pensei que as “Observações” ao pé da página<br />

representavam, de fato, a questão verdadeira. Pois essas observações<br />

concentravam repetida ênfase sobre a “‘estrutura’ bíblica básica das<br />

crenças cristãs da Sociedade”, o “‘modelo de palavras salutares’ que<br />

veio a ser biblicamente aceito pelo povo de Jeová ao longo dos anos.”<br />

Isto tinha um tom familiar, pois era um argumento usado com<br />

bastante freqüência nas sessões do Corpo Governante, o argumento de<br />

que se deve aderir aos ensinos já com muito tempo de tradição na<br />

Sociedade, como se os anos em que se acreditou neles constituíssem<br />

prova de que eram corretos. Esses ensinos tradicionais, e não a Palavra<br />

de Deus em si, eram o X da questão.<br />

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