23.04.2013 Views

CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

366<br />

<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

pessoas tinham se chegado a ele e, em duas ocasiões, haviam comido<br />

juntos, após o que consideraram partes do livro de Romanos. 42 A<br />

comissão judicativa queria saber se ele falaria sobre estes pontos com<br />

outras pessoas. Ele respondeu que não tinha nenhuma intenção de fazer<br />

“campanha” entre os irmãos. Mas disse que, se as pessoas viessem até<br />

ele em particular em busca de ajuda e ele pudesse dirigi-las para os<br />

textos bíblicos que lhes fornecessem respostas às suas perguntas, faria<br />

isso, pois se sentiria na obrigação de ajudá-las. Com toda a<br />

probabilidade, este foi o fator decisivo. Tal liberdade de discussão e<br />

expressão sobre a Bíblia em particular não era aceitável, mas era vista<br />

como herética, como perigosamente desagregadora.<br />

Uma declaração apresentada parecia particularmente paradoxal. Ed<br />

lhes tinha dito claramente que não tinha nenhum desejo de ser<br />

desassociado, que gostava dos irmãos e que não tinha nenhum desejo<br />

ou pensamento de separar-se deles. A comissão instou com ele para<br />

que “esperasse na organização”, dizendo: “Quem sabe? Talvez daqui a<br />

cinco anos, muitas, senão todas estas coisas que você está dizendo<br />

venham a ser publicadas ou ensinadas.”<br />

Eles conheciam a natureza flutuante dos ensinos da organização e,<br />

baseando-se indubitavelmente nisso, sentiam que podiam falar desta<br />

maneira. Mas quanta convicção na exatidão, na sólida base bíblica<br />

destes ensinos em questão, demonstrava isto da parte deles? Se<br />

estavam dispostos a aceitar a possibilidade de que o ensino da<br />

organização sobre estes pontos não podia ser mais sólido e duradouro<br />

do que o que foi dito, como podiam de algum modo usá-lo como base<br />

para determinar se este homem era um servo leal de Deus ou um<br />

apóstata?<br />

Se eles consideravam que estes ensinos (aos quais a Comissão do<br />

Presidente tinha atribuído tão grande importância) estavam tão sujeitos<br />

a mudança que valia a pena esperar para ver o que os próximos cinco<br />

anos trariam, por que não valia a pena também adiar qualquer ação<br />

judicativa contra este homem que tinha dedicado, não cinco anos, mas<br />

sim meio século de serviço à organização?<br />

A lógica de tal raciocínio só pode ser compreendida se alguém<br />

aceitar e adotar a premissa de que os interesses do indivíduo —<br />

42 Ed foi designado pela Comissão de Ensino do Corpo Governante para dirigir um<br />

curso regular sobre Romanos nos seminários para membros das comissões de<br />

filial.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!