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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

A vasta maioria das Testemunhas de Jeová não tem qualquer acesso<br />

aos arquivos do passado, como também nenhum conhecimento pessoal<br />

dos eventos relacionados com o desenvolvimento da organização. O<br />

funcionamento da estrutura central de autoridade ou dos homens que<br />

formam essa estrutura interna de autoridade são igualmente<br />

desconhecidos para elas. Ficam elas assim, à mercê dos redatores dessa<br />

“história cândida” e imparcial. Poucas vezes vi uma versão mais<br />

“saneada” e menos “objetiva” dos fatos. Sua descrição da história da<br />

organização e de seus procedimentos pinta um quadro que em boa<br />

medida difere da realidade.<br />

Para citar apenas alguns exemplos dentre muitos:<br />

Com respeito à identificação do “servo fiel e prudente” de Mateus<br />

24:45-47, este livro finalmente admite (nas páginas 142, 143, 626) que,<br />

“por vários anos” a revista A Sentinela expressou o conceito de que<br />

Charles Taze Russell era aquele escolhido “servo fiel e prudente”, e de<br />

que de 1896 em diante, o próprio Russell reconheceu “a aparente<br />

razoabilidade” deste conceito. O livro não reconhece o fato de que<br />

Russell não apenas considerava como “razoável” a aplicação feita a<br />

um indivíduo (ele próprio) como o especialmente escolhido “servo fiel<br />

e prudente”, mas que (nos números de A Sentinela que o livro alista ao<br />

pé da página) ele efetivamente argumentou em favor disso como uma<br />

verdadeira aplicação do texto, ao invés da posição que havia assumido<br />

em 1881. Em vez disso, continua-se a enfatizar a declaração de Russell<br />

em que ele aplicava o termo ao inteiro “corpo de Cristo”.<br />

O livro não informa seus leitores que na edição de 1 o de outubro de<br />

1909 de A Sentinela, Russell descreveu como seus “opositores”<br />

aqueles que aplicassem o termo “servo fiel e prudente” a “todos os<br />

membros da igreja de Cristo”, em vez de a um indivíduo. Tampouco<br />

conta a seus leitores que a edição especial de A Sentinela de 16 de<br />

outubro de 1916 afirmava que, embora não reivindicasse abertamente<br />

o título, Russell “admitia isso em conversa particular”.<br />

E embora finalmente reconhecendo que durante anos após sua<br />

morte, a revista A Sentinela promovia o conceito de que Russell era<br />

“aquele servo”, o livro não dá ao leitor nenhuma idéia da insistência<br />

com que isto era feito, como quando se afirmou que todo aquele que<br />

tivesse conhecimento do plano divino de Deus deveria admitir<br />

verazmente que “derivou esse conhecimento de seu estudo da Bíblia<br />

em conexão com o que o irmão Russell escreveu; que antes desse

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