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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

acusações de “tendências apóstatas” de sua parte, e começassem então<br />

a juntar quaisquer outras declarações que ele possa ter feito em<br />

qualquer lugar, em qualquer ocasião e a qualquer pessoa como<br />

evidência para substanciar essa acusação grave — e tivessem feito<br />

tudo isto sem ter sequer se comunicado com ele para avisá-lo do que<br />

estava acontecendo. Como teria se sentido?<br />

Não deu resposta alguma. Eu lhe disse que iria a Brooklyn<br />

conforme solicitado, e a conversa chegou ao fim.<br />

Quando cheguei a Brooklyn, a 19 de maio, a contínua pressão sobre<br />

meus nervos tinha me levado quase a um estado de choque. Parecia<br />

haver algo muito irracional acerca do que estava acontecendo, dos<br />

métodos utilizados. Alguns o chamavam de “pesadelo”. Outros<br />

achavam que se precisava de um termo mais forte, a saber, “paranóia”.<br />

Cristãos inocentes estavam sendo tratados como se fossem inimigos<br />

perigosos.<br />

Tempos depois, encontrei um artigo que eu tinha lido e recortado<br />

alguns anos atrás do New York Times. Com o título “Acha-se<br />

Desconfiança no Pessoal de Nixon”, entre outras coisas, dizia o artigo:<br />

Um psiquiatra do pessoal da Casa Branca, de 1971 a 1973, diz que<br />

o grupo íntimo em volta de Richard M. Nixon desconfiava<br />

profundamente das motivações das outras pessoas, considerava a<br />

preocupação pelos sentimentos dessas pessoas como debilidade do<br />

caráter, e não podia respeitar a oposição ou a discordância leais.<br />

“A discordância e a deslealdade eram conceitos que nunca eram<br />

diferenciados o suficiente em suas mentes”, disse o Dr. Jerome H.<br />

Jaffe. “Essa era realmente a parte trágica. Discordar significava ser<br />

desleal. Esse é o tema que vinha à mente vez após vez.” ...<br />

“A Administração admirava pessoas que podiam ser frias e<br />

desapaixonadas ao tomarem decisões sobre a equipe”, disse. “Fazer<br />

concessões aos sentimentos das pessoas, reconhecer que um objetivo<br />

em particular não justificava a destruição de pessoas no processo de<br />

sua realização, não era algo que atraísse qualquer admiração. Tal<br />

preocupação era encarada como uma debilidade fatal.”<br />

“Desconfiavam profundamente das motivações das outras pessoas e<br />

eram incapazes de acreditar que elas pudessem sobrepor-se a motivos<br />

egoístas”, disse ele. 28<br />

28 New York Times, 12 de janeiro de 1976, página 12.

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