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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

L. K. Greenlees disse: “Proponho que o Corpo Governante se<br />

encarregue, em harmonia com as Escrituras, da plena responsabilidade<br />

e autoridade com vista à administração e supervisão da obra da<br />

associação mundial das Testemunhas de Jeová e de suas atividades;<br />

que todos os membros e diretores de todas e quaisquer corporações<br />

utilizadas pelas Testemunhas de Jeová ajam em conformidade com e<br />

sob a direção deste Corpo Governante; que esta relação incrementada<br />

entre o Corpo Governante e as corporações entre em vigor tão logo<br />

possa razoavelmente ser levada a efeito, sem trauma ou prejuízo para a<br />

Obra do Reino.”<br />

No dia seguinte, 1º de maio de 1975, houve novamente uma longa<br />

discussão. O vice-presidente (que tinha escrito os referidos artigos de A<br />

Sentinela) objetou particularmente às propostas apresentadas e a<br />

qualquer mudança na estrutura existente, a qualquer redução na<br />

autoridade do presidente. (Isto me fez recordar e se harmonizava com<br />

as observações que ele fizera no passado, em 1971, de que acreditava<br />

que Jesus Cristo continuaria a dirigir a organização através de uma<br />

única pessoa até o tempo em que viesse a Nova Ordem.) Ele não fez<br />

nenhum comentário sobre a evidente contradição entre a apresentação<br />

feita nos artigos de A Sentinela (e suas declarações audaciosas sobre o<br />

Corpo Governante usar as corporações como meros instrumentos) e as<br />

três moções apresentadas, cada uma das quais mostrava que seus<br />

autores (inclusive o próprio presidente) reconheciam que, nessa época,<br />

o Corpo Governante não supervisionava as corporações.<br />

A discussão ia e voltava. Pareceu chegar o momento decisivo com<br />

as observações de Grant Suiter, de fala agitada e secretário-tesoureiro<br />

das principais corporações da Sociedade. Diferente dos comentários<br />

feitos até então pelos que favoreciam uma mudança, suas expressões<br />

eram muito pessoais, parecendo o desabafo de um sentimento há muito<br />

sufocado com relação ao presidente, a quem mencionou diretamente.<br />

Ao discutir a estrutura do poder, ele não fez nenhuma acusação<br />

específica, exceto com relação ao direito de fazer certa mudança em<br />

sua sala pessoal, que havia solicitado e lhe fora negado, mas, à medida<br />

que prosseguia, seu rosto ficava corado, os músculos do queixo se<br />

contraíam e suas palavras ficavam mais emocionadas. Ele encerrou<br />

com a observação:<br />

Digo que, se havemos de ser um Corpo Governante, então<br />

governemos! Não exerci governo algum até agora.

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