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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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O Corpo Governante<br />

consideravam como um comportamento arbitrário da parte do<br />

presidente. Ele não estava reconhecendo a Diretoria e nem trabalhando<br />

com ela como um corpo, mas estava agindo unilateralmente, tomando<br />

medidas e informando-lhe só depois o que havia decidido fazer. Eles<br />

achavam que isto estava totalmente em desacordo com o que o Pastor<br />

Russell, o “servo fiel e prudente”, havia delineado como o proceder a<br />

ser seguido. Ter eles expressado objeção resultou em sua eliminação<br />

sumária da Diretoria. 21<br />

Rutherford achava que, ainda que eles tivessem sido designados<br />

pessoalmente por C. T. Russell como diretores vitalícios, a condição de<br />

diretor destes quatro nunca fora confirmada numa reunião anual da<br />

corporação. Segundo A. H. MacMillan, membro destacado do pessoal<br />

da sede nessa época, Rutherford consultou um advogado de fora que<br />

concordou que isto dava margem à demissão dos homens — isto é,<br />

com apoio legal. 22<br />

Rutherford tinha, portanto, de escolher. Ele poderia acatar as<br />

objeções da maioria do conselho e procurar fazer as retificações. (Se<br />

ele tivesse visto estes homens como a maioria de um “Corpo<br />

Governante” do tipo descrito em A Sentinela de 1972, teria sido<br />

moralmente obrigado a fazer isso.) Ou, poderia aproveitar-se do<br />

dispositivo legal mencionado e usar sua autoridade presidencial para<br />

demitir os diretores que não concordavam com ele.<br />

Preferiu o segundo caminho, designando diretores que ele mesmo<br />

escolheu em substituição.<br />

Que dizer da Comissão Editora? A Sentinela (em inglês) de 15 de<br />

junho de 1938, página 185, mostra que, em 1925, a maioria desta<br />

21 Típico deste modo de agir foi a decisão de Rutherford de publicar o livro intitulado<br />

O Mistério Consumado, apresentado como ‘obra póstuma de Russell’, porém<br />

escrita realmente por Clayton J. Woodworth e George H. Fisher. Rutherford não só<br />

havia deixado de consultar os diretores sobre a escrita do livro, aliás, eles nem<br />

sequer sabiam que ele estava sendo publicado até Rutherford anunciá-lo diante da<br />

“Família de Betel”, o pessoal da sede. Publicações posteriores da Torre de Vigia,<br />

inclusive o livro As Testemunhas de Jeová no Propósito Divino (páginas 70, 71),<br />

em inglês, dão a impressão de que esta era a causa inicial e primária das objeções<br />

dos quatro diretores. Isto distorce os fatos, já que Rutherford anunciou a demissão<br />

destes quatro homens como diretores no mesmo dia (17 de julho de 1917) em que<br />

apresentou o livro O Mistério Consumado diante do pessoal da sede. O anúncio da<br />

demissão dos diretores foi feito, de fato, antes de o livro ser apresentado.<br />

22 A. H. MacMillan, A Fé em Marcha (em inglês), (Englewood Cliffs: Prentice-Hall,<br />

Inc., 1957), página 80. O prefácio do livro foi escrito por N. H. Knorr.<br />

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