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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

essa era geralmente a primeira vez que tínhamos qualquer<br />

conhecimento do assunto em pauta. Durante algumas semanas, as<br />

reuniões consistiam simplesmente da consideração de listas de<br />

recomendações de representantes viajantes em diferentes países — o<br />

nome, a idade, a data de batismo, se era dos “ungidos” ou não, e os<br />

anos de serviço de tempo integral eram lidos em voz alta. Na vasta<br />

maioria dos casos, estes eram simplesmente nomes para nós; raramente<br />

conhecíamos qualquer dos indivíduos envolvidos. Assim, depois de<br />

ouvir tais leituras de listas do Suriname, Zâmbia ou Sri Lanka,<br />

costumávamos votar sobre a designação destes homens. Recordo-me<br />

de Thomas Sullivan (chamado geralmente de “Bud”), que estava então<br />

na casa dos oitenta, quase cego e com a saúde precária. Acontecia de<br />

ele ceder repetidamente ao sono durante estas sessões e parecia<br />

constrangedor acordá-lo para votar sobre coisas de que ele tinha pouco<br />

conhecimento. Às vezes, a reunião inteira não durava mais que poucos<br />

minutos; uma das que me recordo tendo durado apenas sete minutos<br />

(incluindo a oração inicial).<br />

De vez em quando, o presidente Knorr trazia então alguma<br />

“correspondência de problemas” envolvendo questões quanto a certa<br />

conduta de Testemunhas individuais, e cabia ao Corpo decidir que<br />

norma deveria ser adotada em relação a estes, se a conduta específica<br />

exigia desassociação, alguma disciplina menor ou, absolutamente,<br />

nenhuma ação. Durante esse período (e estendendo-se até 1975),<br />

esperava-se que todas as decisões fossem unânimes. Após a discussão,<br />

fazia-se uma moção, reforçava-se esta e o presidente pedia então que<br />

se levantassem as mãos. Se não se obtivesse um voto unânime, visto<br />

que, ocasionalmente, os de posição diferente não votavam a favor<br />

duma moção, desenvolvia-se uma solução conciliatória a fim de obterse<br />

unanimidade. Como é apenas natural nessas circunstâncias, havia<br />

certa sensação de pressão para se acompanhar a maioria em vez de se<br />

assumir uma postura solitária sobre os assuntos e parecer, desse modo,<br />

independente ou em desacordo com os demais. Houve votações em<br />

que não levantei a mão. Via de regra, porém, eu concordava. Nas<br />

poucas ocasiões em que a minha recusa em votar fazia com que<br />

alguém propusesse uma moção conciliatória, muito embora a moção<br />

conciliatória não parecesse completamente correta para mim, eu<br />

costumava ceder e votava com a maioria. Era evidente a necessidade<br />

de se concordar, se é que os assuntos seriam resolvidos e passados

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