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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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Apêndice<br />

tempo, ele nem sequer sabia que Deus tinha um plano de salvação”; ou<br />

quando se descreveram aqueles que questionassem qualquer ensino de<br />

Russell como tendo “rejeitado o Senhor” por terem rejeitado seu servo<br />

especial. (Veja a seqüência deste livro Em Busca da Liberdade Cristã<br />

(em inglês), páginas 78-84).<br />

Da mesma forma não explica o paradoxo criado pelo próprio ensino<br />

da Torre de Vigia: por um lado, o ensino da atualidade de que em 1919<br />

Cristo Jesus definitivamente selecionou, aprovou e identificou uma<br />

“classe do servo fiel e sábio” e, por outro, o fato de que em 1919 os<br />

mesmíssimos que foram escolhidos acreditavam que o “servo fiel e<br />

prudente” eram, não uma classe, mas um só indivíduo, Charles Taze<br />

Russell, selecionado muitas décadas antes de 1914 por um Cristo<br />

reinante que se tornara “presente” desde 1874.<br />

Faz-se um esforço (nas páginas 220 e 221 do novo livro de história)<br />

para negar que o segundo presidente, Joseph F. Rutherford, buscou<br />

ganhar pleno e total controle da organização. Apresenta-se uma citação<br />

de Karl Klein para retratá-lo como um homem essencialmente<br />

humilde, que ‘parecia um garotinho em oração a Deus’.<br />

Revela ainda o registro histórico que qualquer um, incluindo os<br />

membros da Diretoria ou da Comissão Editora, que expressasse<br />

discordância dele era rapidamente eliminado de qualquer posição<br />

organizacional que porventura ocupasse. Basta conversar com outros<br />

que estavam na sede durante a presidência dele para saber que o<br />

quadro de humildade descrito por Karl Klein não se harmoniza com a<br />

realidade, e que para todos os efeitos e propósitos a palavra do “Juiz”<br />

era lei. Eu estive ativamente associado com a organização durante os<br />

últimos cinco anos de sua presidência, e sei da forte impressão que o<br />

homem me causava e da opinião que os outros expressavam. A maioria<br />

das Testemunhas de hoje não teve tal experiência. Mas o Filho de Deus<br />

disse que ‘da abundância do coração a boca fala’, e que ‘é pelas tuas<br />

palavras que serás declarado justo ou condenado’. (Mat.12:34, 37)<br />

Creio que qualquer um que simplesmente leia a matéria encontrada na<br />

revista A Sentinela dos anos 20 até 1942 pode facilmente perceber o<br />

espírito, não de humildade, mas de dogmatismo e autoritarismo, que<br />

emanavam de seus artigos. As invectivas e até a linguagem rude eram<br />

empregadas contra qualquer um que ousasse questionar qualquer<br />

posição, diretriz ou ensinamento que procedesse da organização da<br />

qual ele era o chefe.<br />

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