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Tese 8 - Neip

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1.3 Perspectivas teóricometodológicas<br />

Muito além da classificação e hierarquização de critérios quantitativos de frequência<br />

de uso, o consumo de drogas na perspectiva desse projeto, é abordado através da<br />

configuração dos valores identitários a ele relacionados. Assim, o cunho<br />

socioantropológico dessa investigação faz-se necessário – além do lugar de onde fala o<br />

interlocutor, interessa saber em que condições fala o interlocutor -, a fim de<br />

contextualizar informações sobre os habitus sociais do interlocutor não só em relação às<br />

drogas, mas em relação com outros sujeitos consumidores e não consumidores. Essa<br />

perspectiva permite que a abordagem dos efeitos do consumo seja direcionada muito<br />

menos às propriedades farmacológicas, do que às motivações, expectativas e estrutura<br />

de vida do usuário - em resumo, seu estilo de vida -, como também às configurações do<br />

meio sociocultural onde este se encontra inserido – sua estrutura de vida.<br />

Estes aspectos acima citados serão trazidos à análise num processo dialógico com as<br />

categorias privilegiadas abaixo. Nesse processo, tais categorias serão relativizadas de<br />

acordo com as distintas propostas teóricas dos autores referenciais, como também com<br />

as percepções reflexivas do pesquisador.<br />

I – Para trabalhar o conceito de relação, priorizo a teoria do processo civilizador<br />

(Elias:1990/1993), por intermédio das categorias: configuração, estabelecidos e<br />

outsiders, habitus social e esferas miméticas. Também disponibilizo da teoria da<br />

reflexividade institucional (Giddens:1991/2000), ressaltando a categoria confiança. Por<br />

fim, há a categoria comunidade (Bauman:2003) que fecha este primeiro tópico.<br />

II - Visando analisar o estudante usuário utilizo as categorias: sistemas especialistas<br />

(Giddens:1991), e homo academicus (Bourdieu:1998) - com sua subcategoria heréticos<br />

consagrados. Como referências para esta análise são observadas as ressignificações que<br />

as categorias liberdade e segurança adquirem desde a cultura de produção – quando<br />

eram interpretadas como princípio de prazer X princípio de realidade (Freud:1974 B).<br />

III – Para abordar drogas na cultura de consumo, utilizo como referências<br />

fundamentais: cultura de consumo (Featherstone:1995), capital cultural<br />

(Bourdieu:1992/1984/2007), liberdade (Bauman:1989), estilo de vida (Giddens:2002),<br />

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