06.04.2015 Views

Tese 8 - Neip

Tese 8 - Neip

Tese 8 - Neip

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

algum tipo de droga. Dos que fumam maconha, 40% consomem a droga no<br />

campus universitário 90 . Dos que cheiram cocaína, o percentual sobe para<br />

45%. Entre os usuários de heroína, 75% usam a droga na universidade.<br />

Outro dado chama a atenção: entre os usuários, mais da metade disseram<br />

que não pretende abandonar o hábito.<br />

O Estado de São Paulo - 28/07/2005<br />

Pesquisa: 26% dos estudantes dependem de droga<br />

Uma pesquisa realizada em quatro universidades fluminenses, com 2.631<br />

pessoas, mostrou que 26,56% dos entrevistados usam algum tipo de droga<br />

habitualmente, ou seja, são dependentes. O estudo, financiado pelo<br />

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),<br />

foi realizado pelo professor da Universidade Federal Fluminense (UFF)<br />

Dalcy Fontanive, doutor em Psicologia.<br />

A pesquisa abordou o uso de seis tipos de drogas, entre lícitas e ilícitas:<br />

tabaco (9,88% de dependentes), álcool (3,65%), medicamentos<br />

psicotrópicos (6,39%), maconha (5,58%), cocaína (0,91%) e heroína<br />

(0,15%). Entre os entrevistados que disseram usar drogas, 59 são<br />

professores.<br />

A maconha é o entorpecente preferido dos universitários. Quando se<br />

inclui o número dos que usam a erva "socialmente", o índice de<br />

consumidores cresce para 40% dos entrevistados. Todos admitem já terem<br />

fumado maconha nas instituições. Como ressalta Fontanive, há mais<br />

dependentes de maconha do que de álcool.<br />

Segundo o professor, isso acontece porque a maconha vicia com mais<br />

rapidez e é, erroneamente, classificada como droga leve. A pesquisa mostra<br />

ainda que o número de mulheres drogadas cresceu. O uso de entorpecentes<br />

também não está restrito a uma ou outra classe social.<br />

O pesquisador ressalta que o resultado não indica que a universidade se<br />

tornou um antro de consumo de drogas, apenas reflete a sociedade. (grifos<br />

meus).<br />

Na matéria do telejornal da Rede Globo a Universidade não apenas é representada<br />

como um campo propício ao consumo como também ganha destaque que mais de 50%<br />

dos consumidores não pretendem abandonar o hábito. Uma leitura apressada desta<br />

última afirmação poderia levar a concluir que se os consumidores não pretendem<br />

abandonar o hábito é porque estão condenados ao “vício”. Contudo, uma leitura<br />

configuracional poderia perceber que se mais de 50% dos consumidores acadêmicos<br />

não pretendem abandonar o consumo, talvez seja porque eles tenham construído<br />

controles informais que possibilitem conciliar os riscos sociais do consumo com a<br />

produção acadêmica.<br />

Já na matéria do jornal O Estado de São Paulo, é realizada uma interpretação do uso<br />

habitual de drogas como “dependência”, o que pode gerar uma interpretação muito<br />

próxima àquela gerada por “vício”. Seguindo esse mesmo raciocínio, o dado<br />

significativo de que há mais mulheres assumindo publicamente o uso é traduzido como<br />

90 - a matéria veiculada no jornal O Estado de São Paulo indica que 40% fazem uso social, não<br />

especificando se no campus ou não.<br />

84

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!