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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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3<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> Coletiva<br />

TERCEIRA IDADE, NÃO LEVE UM BAILE DO HIV: AVALIAÇÃO DE OFICINA DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE<br />

CAROLINA AUGUSTO VENKER; MARINA THIARA REICHERT; ALEXANDRE RAMOS LAZZAROTTO; EDUARDO<br />

SPRINZ<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> intervenções específicas qualifica<strong>da</strong>s é fun<strong>da</strong>mental para evitar a infecção pelo HIV na terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Sendo assim, estabeleceu-se como objetivo avaliar uma oficina <strong>de</strong> prevenção ao HIV/AIDS aos participantes <strong>de</strong> Grupos <strong>de</strong><br />

Terceira I<strong>da</strong><strong>de</strong> em 4 ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do RS. O <strong>de</strong>lineamento foi pré-experimental, utilizando-se um questionário composto por 13<br />

questões dispostas nos domínios “conceito”, “transmissão”, “prevenção”, “vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong>” e “tratamento”, e 4 questões<br />

abor<strong>da</strong>ndo a AIDS como um castigo divino, o uso <strong>de</strong> preservativos, a realização <strong>de</strong> teste anti-HIV e o conhecimento <strong>de</strong> portador<br />

do vírus pelo participante. Participaram 194 voluntários por amostragem consecutiva, sendo 77%(149) mulheres, com i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre<br />

60-91 anos (média <strong>de</strong> 70). Proce<strong>de</strong>u-se aplicação e reaplicação do questionário antes e imediatamente após a realização <strong>da</strong> oficina,<br />

i<strong>de</strong>ntificando-se as maiores variações para a análise dos resultados. A maioria dos colaboradores, 50,5%(98), possuía ren<strong>da</strong><br />

mensal <strong>de</strong> até 1 salário mínimo e 51%(99) tinha <strong>de</strong> 4 a 7 anos <strong>de</strong> estudo. A melhor variação (163,6%) foi i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> no domínio<br />

“conceito”, sobre a fase assintomática <strong>da</strong> infecção. No domínio “transmissão”, a infecção pelo HIV por pica<strong>da</strong> <strong>de</strong> mosquito<br />

apresentou uma variação <strong>de</strong> 119,7%, e no “tratamento”, a existência <strong>de</strong> cura para a AIDS com 62,9%. No domínio “prevenção”<br />

houve 52,7% e na “vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong>” 47,3%, nas questões que in<strong>da</strong>gavam a existência <strong>de</strong> uma camisinha feminina e a AIDS como<br />

uma doença <strong>de</strong> grupos específicos. A crença <strong>da</strong> AIDS como um castigo divino teve 30,9% <strong>de</strong> variação e 87,6% (170) relatou não<br />

usar preservativo. O teste anti-HIV não foi realizado por 93,3% (181) e 16,5% (32) conhecia portador do vírus. Concluiu-se que a<br />

oficina obteve êxito na educação sobre HIV/AIDS neste grupo estu<strong>da</strong>do.<br />

PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE ÁLCOOL, DROGAS, MEDICAMENTOS E CIGARROS POR PROFISSIONAIS DO<br />

SEXO DE UMA CIDADE DO VALE DO SINOS-RS/BRASIL<br />

PRISCILA WACHS; MÁRCIA BIRK; MARIA TERESA CAUDURO.<br />

Introdução: autores relatam que o uso <strong>de</strong> algumas substâncias, como álcool e drogas, é adotado por profissionais do sexo para<br />

facilitar sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional ou por influência do ambiente que as cerca. Objetivo: verificar a prevalência do consumo <strong>de</strong><br />

álcool (durante o trabalho e nos momentos <strong>de</strong> folga), drogas ilícitas, medicamentos e do fumo <strong>da</strong>s profissionais do sexo <strong>de</strong> uma<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Vale do Sinos. Materiais e Métodos: o <strong>de</strong>lineamento caracterizou-se como transversal, com processo <strong>de</strong> amostragem<br />

consecutivo. O instrumento utilizado para a coleta dos <strong>da</strong>dos foi uma entrevista estrutura<strong>da</strong> com questões predominantemente<br />

fecha<strong>da</strong>s e a discussão dos resultados foi feita através <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>scritiva. A partir do consentimento informado, os<br />

entrevistadores conduziram a coleta dos <strong>da</strong>dos nas ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> pesquisa<strong>da</strong>, entre os meses <strong>de</strong> Março e Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Resultados: foram entrevista<strong>da</strong>s 22 mulheres profissionais do sexo na faixa etária <strong>de</strong> 18 a 38 anos (média <strong>de</strong> 26,4 anos), porém o<br />

estudo teve uma per<strong>da</strong> amostral <strong>de</strong> 6 participantes. Nas questões referentes ao consumo <strong>de</strong> álcool, 12,5% <strong>da</strong>s participantes<br />

afirmou o consumir enquanto trabalha e 43,8%, nos momentos <strong>de</strong> folga, <strong>de</strong>stas, to<strong>da</strong>s informaram que consomem cerveja. A<br />

maioria (81,3%) <strong>da</strong>s participantes afirmou não fazer uso <strong>de</strong> drogas ilícitas, porém 46,2% <strong>de</strong>stas, afirmou já ter consumido algum<br />

tipo. Das entrevista<strong>da</strong>s, 31,3% consumia algum tipo <strong>de</strong> medicamento. Os motivos listados pelo consumo <strong>de</strong> medicamentos foram:<br />

hipertensão, dores no corpo, enxaqueca, gastrite. Por fim, quanto ao fumo, 50,1% afirmou ser fumante, sendo que 31,3% afirmou<br />

ser fumante pesado (20 cigarros por dia ou mais). Conclusão: a partir dos <strong>da</strong>dos coletados, percebe-se que há uma necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

intervenções para a promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas profissionais.<br />

A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ADOLESCÊNCIA COMO INSTRUMENTO DE FORTALECIMENTO INDIVIDUAL E<br />

COLETIVO<br />

MARISA CAMARGO; PAULA PEREIRA DE FIGUEIREDO; KARINE MARIA PAGGI; BETINE PINTO ISER; MICHELLE<br />

PAIVA MENDONÇA<br />

Introdução: O trabalho versa sobre a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> realiza<strong>da</strong> com adolescentes estu<strong>da</strong>ntes do ensino<br />

fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> uma escola estadual <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>/RS no ano <strong>de</strong> 2005, pela equipe multidisciplinar <strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> III do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>-Escola Murialdo e Escola <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública/RS; durante a formação em serviço em<br />

Atenção Básica em Saú<strong>de</strong> Coletiva. Objetivo: Instrumentalizar os adolescentes enquanto sujeitos sociais responsáveis pelo<br />

processo <strong>de</strong> prevenção, promoção e o auto-cui<strong>da</strong>do em saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ando ações que viabilizem o acesso e a efetivação do<br />

direito à saú<strong>de</strong> individual e coletiva. Metodologia: A proposta <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> quinzenalmente com estu<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> 7ª e 8ª<br />

séries, enfatizou a participação coletiva na escolha <strong>da</strong>s temáticas a serem discuti<strong>da</strong>s, consi<strong>de</strong>rando-se as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s vivencia<strong>da</strong>s<br />

no seu cotidiano. As discussões foram organiza<strong>da</strong>s em módulos <strong>de</strong> informações e produção coletiva em saú<strong>de</strong>, predominando<br />

temas relacionados à sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> e aspectos relativos às mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s na adolescência. Para a execução <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

utilizaram-se dinâmicas <strong>de</strong> grupo, discussões expositivas e participativas, recursos audiovisuais e avaliação do trabalho.<br />

Resultados: A avaliação <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciou o aumento dos conhecimentos, o esclarecimento <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s e a forma <strong>de</strong><br />

abor<strong>da</strong>gem como aspectos positivos. Como pontos a serem melhorados, emergiram questões relaciona<strong>da</strong>s à freqüência dos<br />

encontros, a proposição <strong>de</strong> novas temáticas e outras dinâmicas <strong>de</strong> grupo. Conclusões: A realização <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> possibilitou a<br />

troca <strong>de</strong> experiências sobre diversos aspectos entre os adolescentes, <strong>de</strong>stes com a equipe multidisciplinar e entre as áreas<br />

envolvi<strong>da</strong>s: Enfermagem, Medicina, Odontologia e Serviço Social.

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