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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

ROSMÉRI ELAINE ESSY HOCH; ANAMARTA SBEGHEN CERVO; CLÁUDIA R. PERICO LAVICH; HELENA<br />

CAROLINA NOAL; IZABEL CRISTINA HOFFMANN; MARGARETH CAETANO FREO; PATRÍCIA VERAS NEVES DE<br />

OLIVEIRA<br />

A educação permanente é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> instrumento para mu<strong>da</strong>nças no enfrentamento dos <strong>de</strong>safios na área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> alia<strong>da</strong>s a<br />

competência técnica, política e ética dos profissionais que estão em serviço. Neste contexto, a Política Nacional <strong>de</strong> Educação<br />

Permanente em Saú<strong>de</strong> (Brasil/MS, 2004) é proposta do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) objetivando viabilizar e disseminar<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> pe<strong>da</strong>gógica por to<strong>da</strong> a re<strong>de</strong> do SUS e <strong>de</strong>scentralizar a gestão <strong>de</strong>ste processo, para uma base locorregional. Assim, o<br />

Núcleo <strong>de</strong> Educação Permanente em Saú<strong>de</strong> (NEPE) vêm construindo sua prática <strong>de</strong> educação permanente em Enfermagem em um<br />

hospital público <strong>de</strong> Santa Maria, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro semestre <strong>de</strong> 2007, como política <strong>de</strong> capacitação e aperfeiçoamento <strong>de</strong> recursos<br />

humanos. A metodologia <strong>de</strong> trabalho do NEPE tem sido sustenta<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> reflexões em referenciais teóricos <strong>da</strong> política<br />

preconiza<strong>da</strong> no contexto nacional, educação na saú<strong>de</strong> e no trabalho e como integração <strong>de</strong> serviço e educação como eixos<br />

norteadores para consoli<strong>da</strong>r com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos serviços <strong>de</strong> enfermagem. Esta prática tem possibilitado espaços coletivos <strong>de</strong><br />

feedback para (re)programar novos processos <strong>de</strong> trabalho no cotidiano. Concluímos que iniciativas como esta contemplam as<br />

prerrogativas <strong>da</strong> Política Nacional, porém é lento e requer sensibilização, problematização às diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s inerentes ao processo<br />

educativo em saú<strong>de</strong> para mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> paradigmas.<br />

OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA PARA TRATAMENTO DE CISTITE HEMORRÁGICA PÓS-TCTH ALOGÊNICO<br />

FABIANE DE ÁVILA MAREK; CLEOCIR MARTA TECCHIO E LÚCIA MARIANO DA ROCHA SILLA<br />

Introdução: a oxigenioterapia hiperbárica é usa<strong>da</strong> atualmente para tratamento <strong>de</strong> feri<strong>da</strong>s e infecções em cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s pobres em<br />

oxigênio. Delineamento: relato <strong>de</strong> caso. Objetivo: relatar primeiro tratamento com oxigenioterapia hiperbárica para cistite<br />

hemorrágica pós-TCTH alogênico realizado em hospital universitário do sul do país. Caso: paciente masculino, 47 anos, LLA 2ª<br />

remissão, condicionou com CTX + TBI, recebeu 2 infusões <strong>de</strong> CD34 com uma semana <strong>de</strong> intervalo. No D+62 reinternou com<br />

quadro <strong>de</strong> cistite hemorrágica, ITU por Klebsiella, E.coli e JCV. Além <strong>de</strong> antibioticoterapia, realizou pielografia, colocação <strong>de</strong><br />

duplo J e SVD 3 vias para irrigação contínua. No D+96 recebeu nova infusão <strong>de</strong> CD34 por neutropenia severa e apresentou<br />

DECH agu<strong>da</strong> no dia posterior. Tratou com metilprednisolona 2mg/Kg/dia. No D+142 recebeu a última dose, <strong>da</strong>s 20 indica<strong>da</strong>s, <strong>de</strong><br />

oxigenioterapia hiperbárica. Resultados: durante o tratamento foi possível observar melhora do quadro. Após as 20 sessões, houve<br />

resolução <strong>da</strong> cistite hemorrágica. Conclusões: a oxigenioterapia hiperbárica <strong>de</strong>monstrou um gran<strong>de</strong> avanço no tratamento <strong>de</strong> uma<br />

complicação grave do TCTH. Esta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento vem para somar na busca <strong>de</strong> sucesso nesta terapêutica complexa,<br />

diminuindo significativamente os altos índices <strong>de</strong> morbi-mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por cistite hemorrágica e promovendo a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong><br />

do transplantado.<br />

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM TCTH DUPLO CORDÃO EM ADULTO<br />

FABIANE DE ÁVILA MAREK; DENISE PEREIRA NETO E QUENIA CAMILLE MARTINS BARTH<br />

Introdução: o TCTH <strong>de</strong> cordão umbilical é pouco realizado em adultos pelos riscos <strong>de</strong> não enxertia. Associar dois cordões é<br />

alternativa quando outras terapêuticas falharam. Delineamento: relato <strong>de</strong> caso. Objetivo: relatar a interface dos cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong>ste<br />

paciente frente aos aspectos peculiares neste TCTH, baseando-se na Sistematização <strong>da</strong> Assistência <strong>de</strong> Enfermagem (SAE). Caso:<br />

paciente masculino, 43 anos, LMC há 12 anos, fase acelera<strong>da</strong>. Condicionamento: BUCY + ATG. Neutropenia do D+7 até D+35.<br />

Síndrome <strong>da</strong> pega, usou corticói<strong>de</strong> e Basiliximab®. Realizou TCTH não-aparentado <strong>de</strong> duplo cordão. Diagnósticos <strong>de</strong><br />

enfermagem: Diarréia; Déficit no auto-cui<strong>da</strong>do; Nutrição <strong>de</strong>sequilibra<strong>da</strong> para menos; Proteção altera<strong>da</strong>; Risco para infecção;<br />

Risco para prejuízo <strong>da</strong> integri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pele. Resultados: paciente permaneceu com cateter venoso semi-implantado sem infecções<br />

por 68 dias. Usou NPT por 44 dias na mucosite G II e DECH TGI GIII. DECH pele GII. Apresentou <strong>de</strong>rrame pleural infeccioso,<br />

CMV+ e cistite hemorrágica por vírus BK, per<strong>da</strong> pon<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 10% e astenia severa. Alta no D+56. Conclusões: o TCTH <strong>de</strong> duplo<br />

cordão revelou-se um tratamento complexo e específico. Neste cenário, o julgamento clínico expresso pelos diagnósticos <strong>de</strong><br />

enfermagem aqui levantados possibilitou condutas mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s. Além disto, a SAE facilitou o fluxo e acesso <strong>da</strong>s informações<br />

no âmbito <strong>da</strong> equipe interdisciplinar.<br />

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE RENAL EM HEMODIÁLISE (TRABALHO DE CONCLUSÃO<br />

DE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA<br />

UFRGS-2006)<br />

MARI ANGELA VICTORIA LOURENCI; JOSÉ ALBERTO RODRIGUES PEDROSO; VANDERLEI CARRARO<br />

Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC), em seus estágios avançados, caracteriza-se como uma doença terminal, e o<br />

portador <strong>de</strong>sta passa por significativas mu<strong>da</strong>nças que normalmente interferem na sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, acarretam diversos<br />

conflitos e estados <strong>de</strong> agressivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, sendo a doença e seu tratamento <strong>de</strong> difícil aceitação. Objetivo: Reconhecer as atribuições do<br />

Enfermeiro em Nefrologia, no que tange ao cui<strong>da</strong>do ao paciente em hemodiálise, no contexto multidisciplinar do cui<strong>da</strong>do.<br />

Material e Métodos: Revisão Bibliográfica sistematiza<strong>da</strong> com busca em acervo <strong>da</strong>s Bibliotecas <strong>da</strong> EEnf-UFRGS e FAMED-<br />

PUCRS; busca em base <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos on-line junto ao Medline/Pubmed e Scielo dos unitermos: Enfermeiro, hemodiálise,<br />

Insuficiência renal Crônica, Cui<strong>da</strong>do, Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong>. Resultados: O Enfermeiro em Nefrologia utiliza os Processos <strong>de</strong><br />

Enfermagem para estabelecer cui<strong>da</strong>dos a pacientes portadores <strong>de</strong> doença renal. A IRC causa severo prejuízo orgânico, mas seu<br />

tratamento tornou-se amplamente disponível, tendo em vista seu acesso também através do SUS. Como resultado, houve<br />

incremento no número <strong>de</strong> Enfermeiros nesta área, cujo trabalho envolve a prevenção <strong>da</strong> doença, i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> dos pacientes e seus familiares, orientação contínua, acompanhamento e realização <strong>de</strong> procedimentos técnicos,<br />

proporcionando apoio emocional nos momentos <strong>de</strong> crise. Conclusão: O trabalho em Enfermagem junto a portadores <strong>de</strong> IRC<br />

requer profissionais com a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> formação, altamente aplicados e motivados. Envolve o cui<strong>da</strong>do com outros sistemas orgânicos,<br />

<strong>de</strong> forma que a abor<strong>da</strong>gem holística ao paciente seja <strong>de</strong>safiadora e recompensadora. Devido aos avanços educacionais e<br />

tecnológicos, este continua a ser um campo dinâmico, com ampla possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> implementar cui<strong>da</strong>dos em todos os níveis.

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