Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
do uso <strong>de</strong> medicamentos profiláticos para LMRE em pacientes <strong>da</strong>s UTIPs <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. Materiais e Métodos: estudo<br />
multicêntrico, prospectivo, transversal, observacional, em cinco UTIPs <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. Foram avaliados os pacientes internados<br />
nas UTI, no período <strong>de</strong> seis meses. Foram avaliados i<strong>da</strong><strong>de</strong>, sexo, gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> doença, uso <strong>de</strong> medicamentos profiláticos para<br />
LMRE e presença <strong>de</strong> sangramento digestivo prévio à avaliação. Pacientes excluídos: avaliação prévia ou HDA na<br />
admissão.Resultados e conclusões: foram avaliados 331 pacientes, 54% do sexo masculino, com mediana <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> 16 meses; 76%<br />
estavam em uso <strong>de</strong> medicamento profilático, sendo a ranitidina o mais empregado (83%). A principal indicação <strong>de</strong> profilaxia foi<br />
ventilação mecânica (21%), igualmente à rotina informal (21%). Quanto à gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, 19% dos pacientes apresentavam falência <strong>de</strong><br />
um sistema (17% sem profilaxia), 26% <strong>de</strong> dois sistemas (7% sem profilaxia), 9,5% <strong>de</strong> três sistemas e 0,3% falência <strong>de</strong> quatro<br />
sistemas, até o momento <strong>da</strong> avaliação. Três por cento dos pacientes tinham indícios <strong>de</strong> sangramento digestivo não-significativo. O<br />
uso <strong>de</strong> medicamentos profiláticos para HDA é prática freqüente nas UTI avalia<strong>da</strong>s, com indicações nem sempre bem<br />
estabeleci<strong>da</strong>s. Sugerem-se novos estudos que avaliem a relação risco/custo – benefício na indicação <strong>de</strong>sses medicamentos, <strong>de</strong>vido<br />
aos conhecidos eventos adversos e implicações infecciosas <strong>de</strong> seu uso abusivo nas UTI.<br />
COMPLICAÇÕES BILIARES PÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO INFANTIL<br />
JULIANA GHISLENI DE OLIVEIRA; MARIANA ORLANDINI; ANA CRISTINA DUARTE DUPRAT; LUCIA GUTHEIL<br />
GONÇALVEZ; CARLOS OSCAR KIELING; CRISTINA HELENA TARGA FERREIRA, SANDRA MARIA GONLÇALVES<br />
VIEIRA; GUIDO PIO CANTISANI; MARIA LUCIA ZANOTELLI; THEMIS REVERBEL DA SILVEIRA<br />
Introdução: As doenças hepáticas pediátricas são responsáveis por significativa parcela <strong>de</strong> óbitos em lactentes e pré-escolares. O<br />
transplante hepático (TxH) é o tratamento <strong>de</strong> escolha para diversas hepatopatias agu<strong>da</strong>s ou crônicas tanto nos adultos como nas<br />
crianças. As complicações biliares são uma significativa causa <strong>de</strong> morbimortali<strong>da</strong><strong>de</strong> após o TxH, especialmente em crianças, com<br />
prevalência variando <strong>de</strong> 15 a 30% dos TxH. Objetivo: Analisar e <strong>de</strong>screver a prevalência <strong>da</strong>s complicações biliares pós TxH<br />
pediátrico no nosso centro. Resultados: Foram analisados retrospectivamente 106 TxH pediátricos realizados no <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong><br />
Clinicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>, no período <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1995 a julho <strong>de</strong> 2007 (GPPG 03-136). Complicações biliares foram<br />
i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s em 15 casos ( 14,1 %). A principal indicação do TxH nesses pacientes foi cirrose criptogênica. Treze pacientes<br />
receberam enxerto <strong>de</strong> doador cadáver e 2 <strong>de</strong> doador vivo. A colédoco-jejunoanastomose foi tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivação biliar mais<br />
observa<strong>da</strong> (33,3%), segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> anatomose colédoco-colédoco (26,6%). Doze pacientes apresentaram estenose <strong>da</strong> via biliar, sendo<br />
que 91,6% <strong>da</strong>s estenoses estavam localiza<strong>da</strong>s na área <strong>da</strong> anastomose. Três pacientes apresentaram lago biliar e um paciente<br />
apresentou cálculo biliar. Os diagnósticos foram feitos por exames <strong>de</strong> imagem (Ecografia/ Tomografia Abdominal e/ou<br />
Colangioressonância). Em 66,6% dos pacientes a Colangiografia Transparietal foi utiliza<strong>da</strong> como recurso terapêutico. Somente 3<br />
pacientes necessitaram intervenção cirúrgica. Conclusao: O diagnóstico precoce e tratamento a<strong>de</strong>quado <strong>da</strong>s complicações biliares<br />
pós-TxH são elementos importantes para aumentar a sobrevi<strong>da</strong> do enxerto e do paciente. Manejo endoscópico e/ou radiológico é<br />
efetivo na maioria dos casos.<br />
Oftalmologia<br />
SÉRIE DE CASOS: RETINOCOROIDITE TOXOPLÁSMICA MULTIFOCAL ADQUIRIDA<br />
ALEXANDRE TAKAYOSHI ISHIZAKI; MELAMED, J<br />
Introdução: A Toxoplasmose é uma infecção parasitária que em indivíduos sadios se apresenta na maioria <strong>da</strong>s vezes <strong>de</strong> forma<br />
subclínica, sendo que uma porcentagem variável dos indivíduos afetados <strong>de</strong>senvolve lesões oculares. Assim,o Toxoplasma gondii<br />
é conhecido como a principal causa <strong>de</strong> uveíte posterior no mundo. Manifestações incomuns <strong>de</strong>sta doença incluem retinocoroidite<br />
externa puntata, vasculite retiniana, oclusões vasculares retinianas, <strong>de</strong>scolamento retiniano regmatogênico e/ou seroso, retinopatia<br />
unilateral pigmentar imitando retinite pigmentosa, neurorretinite e várias formas <strong>de</strong> neuropatia óptica. Pacientes<br />
imunocomprometidos ou idosos po<strong>de</strong>m apresentar lesões extensas, múltiplas e/ou bilaterais. Em raros casos, po<strong>de</strong>m-se encontrar<br />
vários focos ativos simultâneos ocorrendo em pacientes imunocompetentes. Objetivos: Caracterizar as lesões <strong>de</strong> retinocoroidite<br />
multifocais por toxoplasmose adquiri<strong>da</strong> em uma série <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> pacientes imunocompetentes. Materiais e Métodos: Relato <strong>de</strong><br />
quatro casos clínicos <strong>de</strong> pacientes imunocompetentes portadores <strong>de</strong> retinocoroidite multifocal toxoplásmica adquiri<strong>da</strong>. Resultados<br />
e Conclusões: Foram encontrados 4 artigos com as palavras “acquired toxoplasmosis AND multifocal retinochoroiditis” no<br />
Pubmed e 1 artigo no BIREME/LILACS, mas todos em pacientes portadores <strong>de</strong> AIDS. Retinocoroidite multifocal é um evento<br />
incomum em pacientes imunocompetentes portadores <strong>de</strong> toxoplasmose adquiri<strong>da</strong>. Encontram-se casos semelhantes apenas em<br />
pacientes idosos ou imunocomprometidos. Não foram encontrados casos parecidos <strong>de</strong>scritos na literatura revisa<strong>da</strong> [Pubmed,<br />
SciELO, Bireme, Cochrane, LILACS] com estes termos .<br />
PROJETO COMUNITÁRIO- UNIVERSITÁRIO DE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA: PRÓ-VISÃO<br />
STÉFANO BLESSMANN MILANO; JORGE ESTEVES; JAIRO GUARIENTI; CAROLINA DA ROSA; JOSÉ LAMBERT<br />
Introdução Apesar dos avanços <strong>da</strong> medicina, a cegueira continua afligindo diversas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s carentes. Ao lado <strong>da</strong>s limitações<br />
sócio-econômicas, verifica-se, como um agravante <strong>da</strong> situação, o <strong>de</strong>spreparo <strong>de</strong> muitos profissionais <strong>da</strong> área médica na adoção <strong>de</strong><br />
medi<strong>da</strong>s que visem à prevenção <strong>da</strong> cegueira. Tal constatação justifica, pois, a criação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> medicina preventiva que<br />
auxiliem na formação <strong>de</strong> médicos capazes <strong>de</strong> atuar prevenindo e diagnosticando a doença. Objetivos Estimular a formação <strong>de</strong><br />
médicos capazes <strong>de</strong> atuar em saú<strong>de</strong> preventiva em oftalmologia. A<strong>de</strong>mais, é feita a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> pacientes com cegueira legal<br />
(CL) reversível com a participação voluntária <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes e do professor <strong>de</strong> oftalmologia, encaminhando os casos passíveis <strong>de</strong><br />
correção a serviços especializados. Os acadêmicos são incentivados a participar e a apren<strong>de</strong>r, atuando ativamente no an<strong>da</strong>mento<br />
do projeto. Materiais e Métodos Projeto que realiza viagens ao interior do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, nos quais é realizado atendimento<br />
oftalmológico básico na forma <strong>de</strong> mutirão. Através <strong>da</strong> tabela <strong>de</strong> Snellen é avalia<strong>da</strong> a acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual <strong>de</strong> todos indivíduos que