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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

lipídica (LAP), que utiliza a combinação <strong>da</strong> circunferência <strong>da</strong> cintura e triglicerí<strong>de</strong>os em jejum, po<strong>de</strong> ser um método simples e<br />

seguro para rastreamento <strong>de</strong> RI em pacientes com PCOS. Objetivos: 1) Avaliar se o LAP se associa com variáveis metabólicas e<br />

hormonais relaciona<strong>da</strong>s com RI em pacientes obesas com e sem PCOS; 2) <strong>de</strong>terminar a correlação do LAP com outras medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

adiposi<strong>da</strong><strong>de</strong> central, utilizando absormetria <strong>de</strong> raio-X <strong>de</strong> dupla energia (DXA) como padrão ouro.Metodologia: Foram estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

37 mulheres obesas (24 com PCOS e 13 com Hirsutismo Idiopático (HI) com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s e IMC similares. Foram realizados exame<br />

físico, avaliação antropométrica (circunferência <strong>da</strong> cintura, dobras cutâneas e DXA), e exames laboratoriais hormonais e<br />

metabólicos. Resultados e conclusão: O LAP foi mais elevado nas PCOS comparado ao grupo HI (56,43 (23,88 – 83,18) e 33,35<br />

(21,08 – 44,47); p=0,015), assim como o índice <strong>de</strong> androgênio livre, insulina, HOMA e percentual <strong>de</strong> gordura do tronco por DXA<br />

(p < 0,05). Observou-se forte e significativa correlação entre LAP e insulina em jejum (r = 0,514, p = 0,01) ou HOMA (r = 0,504,<br />

p = 0,012) apenas nas pacientes com PCOS. Além disso, o LAP apresentou forte e significativa correlação com gordura do tronco<br />

por DXA tanto nas pacientes com PCOS quanto nas HI (r = 0,733 e r = 0,841, p = 0,0001). Em conclusão, o LAP mostrou-se bom<br />

marcador <strong>de</strong> RI em pacientes obesas com PCOS, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> dosagem <strong>de</strong> insulina ou cálculo <strong>de</strong> índices como HOMA.<br />

TESTOSTERONA ENDÓGENA ESTÁ ASSOCIADA COM ENDOTELINA-1 E PROTEÍNA C-REATIVA ULTRA-<br />

SENSÍVEL NA PÓS-MENOPAUSA<br />

VITOR CARLOS THUMÉ BREDA; MARIA AUGUSTA MATURANA; FRANCISCO LHULLIER; POLI MARA SPRITZER<br />

Introdução: A doença cardiovascular é a principal causa <strong>de</strong> morte em mulheres na pós-menopausa. Níveis <strong>de</strong> androgênios têm<br />

sido associados a fatores <strong>de</strong> risco cardiovascular em mulheres na pré e pós-menopausa, e à disfunção endotelial em mulheres<br />

hiperandrogênicas na menacme. Objetivos: Determinar se níveis <strong>de</strong> testosterona associam-se com marcadores inflamatórios e <strong>de</strong><br />

função endotelial, medi<strong>da</strong>s antropométricas e perfil metabólico em pacientes na pós-menopausa. Métodos: Incluí<strong>da</strong>s 53 mulheres<br />

na pós-menopausa com no mínimo 1 ano <strong>de</strong> amenorréia, excluí<strong>da</strong>s diabéticas, tabagistas ou usuárias <strong>de</strong> terapia hormonal nos 3<br />

meses que antece<strong>de</strong>ram o estudo. Realiza<strong>da</strong> avaliação clínica e <strong>de</strong>terminados os níveis <strong>de</strong> testosterona (T), globulina carreadora <strong>de</strong><br />

hormônios sexuais (SHBG), proteína C-reativa ultra-sensível (PCR-us), fibrinogênio e endotelina-1 (ET-1), e perfil metabólico e<br />

antropométrico. As pacientes foram estratifica<strong>da</strong>s em 2 grupos <strong>de</strong> acordo com a média dos níveis <strong>de</strong> testosterona. Resultados: A<br />

média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 55±5 anos, e a mediana <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a menopausa foi <strong>de</strong> 5,5(3-8) anos. A média <strong>de</strong> T foi 0,49ng/mL. O<br />

índice <strong>de</strong> massa corporal e a circunferência <strong>da</strong> cintura foram significativamente superiores no grupo com T≥0,49ng/mL. A<br />

mediana <strong>de</strong> PCR-us foi superior no grupo com T≥0,49ng/mL [1,17(0,175-2,36) versus 0,175(0,175-0,610)mg/L, p=0,039].<br />

Também a mediana <strong>de</strong> ET-1 foi superior em mulheres com T≥0,49ng/mL [0,84(0,81-0,97) versus 0,81(0,74-0,84)pg/mL,<br />

p=0,023]. Foram observa<strong>da</strong>s associações positivas e significativas entre testosterona com PCR-us (r=0,421, p=0,008) e com ET-1<br />

(r=0,365, p=0,024). Estas correlações foram in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do tempo <strong>de</strong> amenorréia e <strong>da</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> central. Conclusão: Os<br />

resultados <strong>de</strong>monstram uma associação positiva entre testosterona e marcadores <strong>de</strong> disfunção endotelial e sugerem que a<br />

testosterona endógena, mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> limites normais, po<strong>de</strong> ser parte <strong>de</strong> um perfil pró-aterogênico em mulheres na pósmenopausa<br />

recente.<br />

RETINOPATIA DIABÉTICA ESTÁ ASSOCIADA À REDUÇÃO DA RESPOSTA DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA AO<br />

EXERCÍCIO<br />

LANA CATANI FERREIRA PINTO; CAROLINE K. KRAMER; CRISTIANE B. LEITÃO; MIRELA J. AZEVEDO;<br />

FABIANA B. VALIATTI; TICIANA C. RODRIGUES; ELIZA RICARDO; LUÍS H. CANANI; JORGE L. GROSS<br />

Introdução: Pequenas alterações na homeostase pressórica já estão associa<strong>da</strong>s à retinopatia diabética (RD), possivelmente por<br />

disautonomia na regulação <strong>da</strong> pressão arterial. O objetivo <strong>de</strong>sse estudo foi analisar a possível associação <strong>de</strong> RD com disfunção<br />

autonômica cardíaca avalia<strong>da</strong> através <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> freqüência cardíaca (FC) durante eletrocardiograma <strong>de</strong> esforço.<br />

Materiais e métodos: Foram estu<strong>da</strong>dos 112 pacientes diabéticos (72 DM tipo 2; 40 DM tipo 1) sem evidência <strong>de</strong> isquemia<br />

miocárdica em teste ergométrico (protocolo <strong>de</strong> Bruce) e avaliados por oftalmologista quanto à presença <strong>de</strong> RD. O aumento<br />

máximo <strong>da</strong> FC durante o teste <strong>de</strong> esforço foi <strong>de</strong>finido como a diferença <strong>da</strong> FC máxima no pico do esforço e a FC em repouso e a<br />

recuperação <strong>da</strong> FC foi <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como a redução <strong>da</strong> FC em relação à FC no pico do esforço 1, 2 e 4 minutos após o término do<br />

exercício. Resultados: Qualquer grau <strong>de</strong> RD ocorreu em 30,5% e 47,5% dos pacientes com DM tipo 1 e 2, respectivamente. Nos<br />

pacientes DM tipo 2 o aumento máximo na FC (?OR 0,43; IC95% 0,22-0,84; P = 0,014)?, a recuperação <strong>da</strong> FC aos 2 minutos<br />

(OR 0,47; IC 95% 0,26-0,82; P = 0,009) e aos 4 minutos após término do esforço (OR 0,35; IC 95% 0,18-0,68; P = 0,002) foram<br />

associados com a presença <strong>de</strong> RD, ajustados para teste A1C, duração do DM, pressão arterial sistólica, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, excreção urinária <strong>de</strong><br />

albumina (log) e MET. O mesmo padrão foi observado nos pacientes DM tipo 1: para ca<strong>da</strong> aumento <strong>de</strong> 10 bpm no aumento<br />

máximo <strong>da</strong> FC durante exercício a chance <strong>de</strong> apresentar RD foi reduzi<strong>da</strong> em 40% (OR 0,60; IC 95% 0,38-0,96; P = 0,03). Estes<br />

achados correlacionaram-se com os resultados <strong>de</strong> testes cardiovasculares para avaliação <strong>de</strong> neuropatia autonômica.Conclusão: Em<br />

conclusão, em pacientes com DM a RD está associa<strong>da</strong> à menor variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> freqüência cardíaca durante o exercício, po<strong>de</strong>ndo<br />

esta associação refletir alterações precoces <strong>da</strong> função autonômica.<br />

ASSOCIAÇÃO DO ENALAPRIL MAIS DIETA DE GALINHA: EFEITO A LONGO-PRAZO EM PACIENTES COM DM<br />

TIPO 2 MICROALBUMINÚRICOS.<br />

MAÍRA PEREIRA PEREZ; LÍVIA BONILHA; MARIANA BAUER; BIANCA ALVES; TATIANA DE PAULA; VANESSA<br />

D. MELLO; THEMIS ZELMANOVITZ; JORGE LUIZ GROSS; MIRELA JOBIM DE AZEVEDO.<br />

Os inibidores <strong>da</strong> ECA são indicados no tratamento <strong>de</strong> microalbuminúria. Demonstramos que a substituição <strong>da</strong> carne vermelha <strong>da</strong><br />

dieta usual por carne <strong>de</strong> galinha (DG) reduz a excreção urinária <strong>de</strong> albumina (EUA) e o colesterol em pacientes com diabete<br />

melito tipo 2 (DM2) microalbuminúricos. O objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi avaliar se os efeitos sobre a EUA e perfil lipídico <strong>da</strong><br />

associação do enalapril com a DG são diferentes <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um dos tratamentos isolados. Os pacientes foram randomizados para DG<br />

[mais placebo ativo (verapamil ou hidralazina)] ou tratamento com enalapril (10 mg/dia + dieta usual), por 12 meses. Após washout<br />

<strong>de</strong> 8 semanas, todos pacientes receberam o tratamento combinado por mais 12 meses: enalapril + DG. Foram avaliados

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