Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
AVALIAÇÃO ELETROMIOGRAFICA DOS MÚSCULOS DA CINTURA ESCAPULAR DURANTE A REALIZAÇÃO DE<br />
EXERCÍCIO DE EXTERMIDADE DISTAL FIXA EM BASE MÓVEL<br />
KELLY GREGIS; JULIANA FRAGA SCHARLAU<br />
Este estudo teve como objetivo analisar a diferença <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Eletromiográfica entre os músculos Trapézio Superior, Deltói<strong>de</strong><br />
Anterior, Peitoral Maior Porção Clavicular e Serrátil Anterior durante a realização <strong>de</strong> 2 exercícios com Extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> Distal Fixa<br />
em Base Móvel. A amostra foi composta <strong>de</strong> 15 indivíduos do sexo masculino, com i<strong>da</strong><strong>de</strong> média <strong>de</strong> 24,6 anos, peso médio <strong>de</strong> 75<br />
Kg, e Índice <strong>de</strong> Massa Corporal médio <strong>de</strong> 24,1 Kgm²., sem história <strong>de</strong> patologia no ombro. A pesquisa foi realiza<strong>da</strong> no<br />
Laboratório <strong>de</strong> Bases, Métodos e Técnicas <strong>de</strong> Avaliação (BMTA) <strong>da</strong> ULBRA. Para a realização <strong>de</strong>stes exercícios, o voluntário<br />
<strong>de</strong>scarregou <strong>de</strong> maneira máxima o peso corporal, realizando o esforço <strong>de</strong> empurrar o esfigmomanômetro contra a pare<strong>de</strong> durante,<br />
no mínimo, os 6 segundos <strong>de</strong> coleta, alterando a pressão que estava regula<strong>da</strong> em 30 mmHg, até atingir 60 mmHg no Exercício 1 e<br />
90mmHg no Exercício 2. Para o registro eletromiográfico foi utilizado o equipamento Miotool 400 <strong>da</strong> marca Miotec, com 4<br />
canais <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> aquisição simultânea. O Software MIOGRAPH 1.5. Para a realização <strong>de</strong>ste estudo, foram utilizados<br />
eletrodos <strong>de</strong> superfície, estando conectado a esses eletrodos um pré-amplificador. No exercício 1 observou-se maior ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
elétrica do músculo Deltói<strong>de</strong> Anterior, segui<strong>da</strong> pelos músculos Serrátil Anterior, Trapézio Superior e Peitoral Maior. Portanto, os<br />
resultados <strong>de</strong>ste estudo <strong>de</strong>monstraram diferença estatisticamente significante na comparação dos músculos Deltói<strong>de</strong> Anterior,<br />
Serrátil Anterior e Trapézio Superior com o músculo Peitoral Maior.<br />
REABILITAÇÃO NA FASE HOSPITALAR EM PACIENTES QUE REALIZARAM CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO DO<br />
LCA: ESTUDO DE CASOS<br />
ANISE BUENO DA SILVA; JULIANA COLARES VANASSI, NENGUIRÚ LUCAS MARTINS, MARCELO FARIA DA<br />
SILVA<br />
O ligamento cruzado anterior (LCA) é um elemento importante na estabilização do joelho. O mecanismo <strong>de</strong> lesão envolve<br />
classicamente um movimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>saceleração, utilizando o membro como pivô. Neste estudo temos como objetivo acompanhar<br />
a evolução do PO imediato até o momento <strong>da</strong> alta hospitalar <strong>de</strong> pacientes que realizaram reconstrução <strong>de</strong> LCA com enxerto <strong>de</strong><br />
tendão patelar. A amostra é <strong>de</strong> 3 indivíduos do sexo masculino, tendo i<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> 20, 32 e 40 anos, sendo 2 lesões isola<strong>da</strong>s <strong>de</strong> LCA<br />
e um lesão condral associa<strong>da</strong>, respectivamente. Todos apresentaram o mesmo mecanismo <strong>de</strong> lesão, com testes Gaveta Anterior,<br />
Lachman e Pivot Shift positivos. As variáveis analisa<strong>da</strong>s foram tempo <strong>de</strong> internação pós-operatória, dor pela escala <strong>de</strong> Likert,<br />
amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento passiva (ADMP) e perimetria <strong>de</strong> 10cm suprapatelar. Foi realizado crioterapia, com aparelho Cryo cuff<br />
no pós-operatório imediato por 3 horas com intervalos <strong>de</strong> 30 minutos entre ca<strong>da</strong> hora <strong>de</strong> aplicação. No 1º dia <strong>de</strong> PO foi realiza<strong>da</strong><br />
crioterapia 1 hora antes do atendimento, após mobilização passiva continua manual, isometria <strong>de</strong> quadríceps e íquiostibiais, e<br />
colocação do paciente em ortostase por 5 minutos, com apoios do membro afetado conforme a tolerância á dor. Nos dois casos <strong>de</strong><br />
lesão <strong>de</strong> LCA isola<strong>da</strong> o tempo <strong>de</strong> internação pós operatória foi <strong>de</strong> 30 horas, a escala <strong>de</strong> likert foi <strong>de</strong> Zero (ausência <strong>de</strong> dor),<br />
apresentavam ADMP em 90º-0º-0º, e<strong>de</strong>ma em 5 cm no membro afetado. O paciente com lesão condral, o tempo <strong>de</strong> internação <strong>de</strong><br />
72 horas, a escala <strong>de</strong> Likert apresentou grau 3 (gran<strong>de</strong> dor), com ADMP <strong>de</strong> 45ºf-0º-10º e aumento <strong>de</strong> 5 cm do membro operado.<br />
Conclusão, o atendimento no pós-operatório imediato em lesão isola<strong>da</strong> <strong>de</strong> LCA <strong>de</strong>monstrou ter maior efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> no controle <strong>de</strong><br />
dor, retorno a ADM e diminuição do tempo <strong>de</strong> internação, do que no caso on<strong>de</strong> houve lesão condral associa<strong>da</strong>.<br />
EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO: UMA QUESTÃO DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO<br />
MICHELE KREUZ; EUNICE BEATRIZ MARTIN CHAVES; MARIA CARLOTA BORBA BRUM; GUSTAVO WISSMANN<br />
NETO; DIRCE MACIEL; BERNADETE SÔNIA THIELI FELIPE; JEAN ALEXANDRE CORRÊA VIEIRA; ROBSON<br />
PEREIRA; DAMÁSIO MACEDO TRINDADE; MARIA CECÍLIA VERÇOZA VIANA; ZAIRA BALEM YATES; DVORA<br />
JOVELEVITHS<br />
Introdução: Os aci<strong>de</strong>ntes com material biológico constituem um sério problema nas instituições hospitalares. Ao analisar<br />
<strong>de</strong>talha<strong>da</strong>mente as fontes <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes com agulhas e outros objetos perfuro-cortantes, percebemos que a manutenção <strong>de</strong><br />
práticas <strong>de</strong> risco é a responsável por gran<strong>de</strong> parte dos aci<strong>de</strong>ntes. Objetivos: Determinar a incidência e o fator <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong> risco<br />
<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes com material biológico ocorridos entre os funcionários do HCPA durante o período <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006.<br />
Material e Métodos: Estudo transversal, <strong>de</strong>scritivo, <strong>de</strong> incidência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes com material biológico ocorridos no HCPA. A<br />
coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi feita mediante revisão <strong>da</strong>s fichas-padrão utiliza<strong>da</strong>s pelo hospital, para atendimento <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes com risco<br />
biológico. Todos os aci<strong>de</strong>ntados são orientados a fazer o seguimento por 6 meses. Este estudo analisou os <strong>da</strong>dos referentes ao<br />
fator <strong>de</strong>terminante do risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte ocorrido com ca<strong>da</strong> profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Resultados: No ano <strong>de</strong> 2006 ocorreram 184<br />
aci<strong>de</strong>ntes com exposição a material biológico, sendo 6,35% dos 2897 funcionários expostos a material biológico, sendo que 70%<br />
<strong>de</strong>stes aci<strong>de</strong>ntes ocorreram <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>scarte ina<strong>de</strong>quado, 8,6% por respingo em mucosas, 7,1% no manuseio <strong>de</strong> agulha <strong>de</strong><br />
sutura, 6,7% por manuseio <strong>de</strong> material cirúrgico ou vidro, 6,2% por <strong>de</strong>scoor<strong>de</strong>nação ou agitação do paciente e 1,4 % por<br />
exposição <strong>de</strong> pele não íntegra. Conclusão: Devido a um percentual tão elevado <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes por <strong>de</strong>scarte ina<strong>de</strong>quado torna-se<br />
fun<strong>da</strong>mental a conscientização dos funcionários para o manejo a<strong>de</strong>quado do material perfuro-cortante e para o uso dos<br />
equipamentos <strong>de</strong> proteção individual. Propomos o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Capacitação em Material Biológico, junto<br />
às áreas mais prevalente <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.