14.09.2015 Views

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Cirurgia Urológica<br />

128<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA HEMATÚRIA PERSISTENTE.<br />

DIEGO BALDISSERA ; ALBERTO DA COSTA STEIN; KELLY CRITINA MILIONI; WILTON CÉSAR ECKERT;<br />

WALTER JOSÉ KOFF<br />

INTRODUÇÃO: Hematúria é presença <strong>de</strong> 3 ou mais hemácias na análise microscópica urinária em dois ou mais exames <strong>de</strong> urina.<br />

A hematúria microscópica é um achado aci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> uma rotina <strong>de</strong> exames. OBJETIVO: Revisar as recomen<strong>da</strong>ções para a<br />

investigação <strong>de</strong> hematúria microscópica assintomática por exames <strong>de</strong> imagem. METODOLOGIA: Revisão <strong>de</strong> artigos e pesquisa<br />

bibliográfica. RESULTADOS: Se não encontra<strong>da</strong> a causa básica, exames <strong>de</strong> imagem tornam-se necessários. Protocolos <strong>de</strong><br />

investigação <strong>de</strong> alguns anos recomen<strong>da</strong>m iniciar a investigação com ultrassom abdominal associado à cistoscopia. A cistoscopia é<br />

um bom exame para avaliar câncer ou lesões vesicais. A Ultrassonografia (US) é a<strong>de</strong>quado para i<strong>de</strong>ntificar massas císticas, mas<br />

não tão sensível para massas sóli<strong>da</strong>s menores <strong>de</strong> 3cm. Po<strong>de</strong>-se ain<strong>da</strong> lançar mão <strong>de</strong> exames <strong>de</strong> imagem mais sofisticados, como a<br />

Urografia Intravenosa (UIV) que apresenta boa sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para massas renais maiores <strong>de</strong> 3cm; porém não distingue massas<br />

sóli<strong>da</strong>s <strong>de</strong> cistos. A Tomografia Computadoriza<strong>da</strong> (TC) helicoi<strong>da</strong>l ganhou espaço como melhor exame na <strong>de</strong>tecção e<br />

caracterização <strong>de</strong> massas sóli<strong>da</strong>s (comparável à Ressonância Magnética, com a vantagem <strong>de</strong> ser mais barato), além <strong>de</strong> cálculos<br />

renais, infecções renais e perirenais. A sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> TC helicoi<strong>da</strong>l é <strong>de</strong> 94-98% no diagnóstico <strong>de</strong> cálculos urinários,<br />

comparado com 52-59% <strong>da</strong> UIV e 19% para US. Diversos trabalhos têm <strong>de</strong>monstrado nos últimos anos a alta sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

especifi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> TC helicoi<strong>da</strong>l em estudos comparativos. CONCLUSÃO: A Tomografia Computadoriza<strong>da</strong> helicoi<strong>da</strong>l tem<br />

<strong>de</strong>monstrado ser um ótimo exame <strong>de</strong> investigação em pacientes com hematúria persistente após <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> investigação inicial<br />

padrão. Contudo, po<strong>de</strong>-se utilizar ain<strong>da</strong> a urografia intravenosa embora possua menor eficácia.<br />

DIVERTÍCULO URETRAL OCULTO COMO CAUSA DE SINTOMAS UROGINECOLÓGICOS POR MAIS DE 5 ANOS:<br />

RELATO DE CASO.<br />

KARIN MARISE JAEGER ANZOLCH; CARLOS DANIEL DE OLIVEIRA JAEGER, RENAN DEPRÁ DE CAMARGO,<br />

MELINA BRAUDE CANTERJI, JERUZA LAVANHOLI NEYELOFF, MARCOS MOTTIN, LEONARDO WINKELMANN E<br />

WALTER JOSÉ KOFF.<br />

Introdução: Sintomas relacionados aos aparelhos urinário e reprodutor são comuns em mulheres e múltiplas são as causas.<br />

Habitualmente, uma história clínica <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> exame físico minucioso po<strong>de</strong>rá diagnosticar a maioria dos casos ou, ao<br />

menos, nortear os exames necessários para a investigação complementar. Objetivos: Relatar um caso <strong>de</strong> paciente com sintomas<br />

uroginecológicos crônicos cuja causa era um divertículo uretral oculto, relembrando o seu diagnóstico e tratamento. Material e<br />

Métodos: Caso: Mulher <strong>de</strong> 61 anos com história <strong>de</strong> dor uretral, vaginal e suprapúbica havia mais <strong>de</strong> 5 anos. Já realizara diversos<br />

tratamentos e exames ginecológicos, ultra-sonografias, urinálises e duas cistoscopias que na<strong>da</strong> constataram, tendo sido<br />

encaminha<strong>da</strong> à equipe <strong>da</strong> dor, esta a reencaminhou à urologia. Resultados: Ao exame físico: abaulamento sobre a uretra e dor na<br />

pare<strong>de</strong> vaginal anterior. Solicitados exames <strong>de</strong> urina fracionados (1º jato e jato médio), BK na urina e imunofluorescências para<br />

Chlamydia trachomatis, que <strong>de</strong>monstraram leucocitúria no l° jato (12 leuc/c) e IgG Chlamydia + 1:128. Trata<strong>da</strong> com Doxiciclina<br />

obteve alívio transitório dos sintomas. Realiza<strong>da</strong> cistoscopia, i<strong>de</strong>ntificou-se divertículo uretral a 1 cm do meato, óstio à direita <strong>da</strong><br />

linha média. Após ressecção do divertículo, a paciente tornou-se assintomática. Conclusão: Os divertículos <strong>de</strong> uretra po<strong>de</strong>m<br />

produzir quadros clínicos variados e <strong>de</strong>ve ser suspeitado quando houver abaulamento sobre a uretra com ou sem secreção uretral,<br />

dor na pare<strong>de</strong> vaginal anterior e leucocitúria predominante no jato inicial. O diagnóstico inclui, além <strong>da</strong> uretrocistoscopia<br />

minuciosa, a uretrocistografia e a ultra-sonografia trans-vaginal com enfoque para o aparelho urinário.<br />

CISTINÚRIA: UM RELATO DE CASO<br />

KARIN MARISE JAEGER ANZOLCH; CARLOS DANIEL DE OLIVEIRA JAEGER, MELINA BRAUDE CANTERJI,<br />

JERUZA LAVANHOLI NEYELOFF, RENAN DEPRÁ DE CAMARGO, MARCOS MOTTIN, LEONARDO WINKELMANN,<br />

FRANCISCO VERONESE E WALTER JOSÉ KOFF.<br />

Introdução: A cistinúria é uma doença rara, autossômica recessiva, que se caracteriza por um transporte <strong>de</strong>feituoso <strong>de</strong> cistina,<br />

lisina, ornitina e arginina nos túbulos proximais renais e nas células epiteliais do trato gastrointestinal, responsável por uro ou<br />

colelitíase. Da<strong>da</strong> a sua baixa incidência (até 1:100.000), é comum não ser diagnostica<strong>da</strong> inicialmente, po<strong>de</strong>ndo levar ao<br />

agravamento do quadro. Objetivos: Lembrar do diagnóstico, apresentando um caso <strong>de</strong> urolitíase secundário à cistinúria,<br />

acompanhado há 9 anos. Material e métodos / Caso: Paciente <strong>de</strong> 24 anos, com quadro <strong>de</strong> cólica renal e eliminação <strong>de</strong> 1 cálculo 1<br />

ano antes. À ultra-sonografia, inúmeros cálculos renais bilateralmente e 1 no ureter esquerdo com 1,0 cm. Realiza<strong>da</strong> litotripsia<br />

extracorpórea (LECO) com colocação <strong>de</strong> cateter duplo J. Na remoção do cateter, 40 dias após, verificou-se extensa calcificação<br />

do mesmo, dificultando a sua remoção. Encaminhado para análise cristalográfica, o diagnóstico foi cálculo 100 % composto por<br />

cistina. Resultados: Ao longo <strong>de</strong> nove anos, foram realizados 19 procedimentos urológicos, incluindo LECOs, nefrolitotripsias<br />

percutâneas, ureterolitotripsias transureteroscópicas, implante e remoção <strong>de</strong> duplo-Js. A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> tratamento uro e nefrológico<br />

rigoroso, ain<strong>da</strong> apresenta inúmeros cálculos bilateralmente, o maior com 0,7 cm no rim direito. Conclusão: A cistinúria, embora<br />

rara, é um diagnóstico a ser lembrado, sobretudo em casos <strong>de</strong> multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong> e/ou rápido crescimento <strong>de</strong> cálculos. O seu manejo,<br />

embora difícil, se baseia no aumento do pH urinário, ingestão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> líquidos e utilização <strong>de</strong> moléculas que<br />

formam ligações químicas com a cistina, diminuindo a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> livre na urina. Deve ser multidisciplinar, visando a erradicação<br />

e/ou diminuição <strong>da</strong> formação <strong>de</strong> cálculos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!