14.09.2015 Views

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

274<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

PROGRAMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE RISCOS E EVENTOS ADVERSOS DO GRUPO DE PESQUISA<br />

E PÓS-GRADUAÇÃO DO HCPA (PMAREA)<br />

ANA PAULA DA SILVA PEDROSO ; VANESSA DA SILVA FAY; LUCAS WOLLMANN; LICIANE DA SILVA COSTA;<br />

JENNIFER BRAATHEN SALGUEIRO; MARCIA MOCELLIN RAYMUNDO; JOSÉ ROBERTO GOLDIM<br />

O Programa <strong>de</strong> Monitoramento e Avaliação <strong>de</strong> Risco e Eventos Adversos (MAREA) foi implantado no GPPG do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong><br />

Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> (HCPA) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001, e tem como objetivo a proteção do participante <strong>de</strong> pesquisa, através do<br />

monitoramento e avaliação dos riscos e eventos adversos (EAs) ocorridos nas pesquisas clínicas. O Programa MAREA recebe e<br />

avalia riscos e relatos <strong>de</strong> EAs dos projetos <strong>de</strong> Pesquisa Clínica aprovados pelo CEP/HCPA. Esses EAs são acompanhados dos<br />

Formulários <strong>de</strong> Monitoramento e relato completo (relatório CIOMS). Os relatos e formulários são ca<strong>da</strong>strados num banco <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>dos próprio do GPPG e posteriormente avaliados. Esse processo tem como base as Boas Práticas Clínicas (Good Clinical<br />

Practice - GCP) e as Diretrizes e Resoluções vigentes no Brasil. Para ca<strong>da</strong> EA são analisa<strong>da</strong>s a classificação, a conseqüência, a<br />

sua relação causal e previsibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do mesmo. Estas informações são coteja<strong>da</strong>s com o Módulo <strong>de</strong> Risco, constituído a partir <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>dos do próprio Projeto, do Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e do Manual do Investigador, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> associar os riscos <strong>de</strong>scritos com os EA relatados. Se forem i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s situações <strong>de</strong> risco para os participantes <strong>de</strong> pesquisa, o<br />

pesquisador responsável é solicitado a esclarecer esses EAs e as medi<strong>da</strong>s que estão sendo toma<strong>da</strong>s. Por fim, os relatos <strong>de</strong> EAs, os<br />

formulários e o resultado do Processo <strong>de</strong> Monitoramento e Avaliação <strong>de</strong> EAs são reportados à CONEP. De janeiro <strong>de</strong> 2001 a<br />

junho <strong>de</strong> 2007 foram avaliados e ca<strong>da</strong>strados no sistema 8.684 EAs. O PMAREA avalia os riscos e a ocorrência <strong>de</strong> EAs nas<br />

pesquisas, e contribui para o monitoramento <strong>da</strong>s pesquisas clínicas ocorri<strong>da</strong>s no HCPA. Objetiva-se maior interação entre<br />

GPPG/CEP e pesquisadores, e principalmente a proteção dos participantes <strong>de</strong> pesquisa.<br />

O USO DO INDICADOR BIOÉTICA NO BANCO DE DISSERTAÇÕES E TESES DA CAPES<br />

ANA PAULA DA SILVA PEDROSO ; JENNIFER BRAATHEN SALGUEIRO; JOSÉ ROBERTO GOLDIM<br />

O tema bioética tem sido usado ao longo do tempo com seu significado nem sempre a<strong>de</strong>quado. Por sua característica<br />

interdisciplinar é tema presente em diversas dissertações e teses <strong>de</strong> diferentes áreas do conhecimento. Consi<strong>de</strong>rou-se neste<br />

trabalho o conceito <strong>de</strong> Bioética <strong>de</strong> Goldim (2006): Bioética é uma reflexão compartilha<strong>da</strong>, complexa e interdisciplinar sobre a<br />

a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong>s ações que envolvem a vi<strong>da</strong> e o viver. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi verificar a utilização do tema e do termo<br />

bioética nos trabalhos ca<strong>da</strong>strados no banco <strong>de</strong> teses <strong>da</strong> CAPES. Foi realiza<strong>da</strong> uma busca ativa neste banco do período <strong>de</strong> 1993 a<br />

2004, inserindo como palavra chave bioética. Encontrou-se 212 trabalhos, que tiveram seus resumos lidos e classificados em 4<br />

grupos, tendo como base a presença do tema e/ou termo analisado no corpo do resumo: 1) termo bioética - tema bioética; 2) tema<br />

bioética - sem utilização do termo; 3) presença do termo - outro assunto e 4) outro assunto. Os resultados obtidos foram: 139<br />

trabalhos no grupo 1, 14 no grupo 2, 30 no grupo 3 e 22 no grupo 4. Sete trabalhos tiveram <strong>de</strong> ser retirados <strong>da</strong> amostra porque não<br />

continham o resumo publicado. O termo bioética tem sido utilizado <strong>de</strong> forma indiscrimina<strong>da</strong> nas diversas áreas do conhecimento,<br />

refletindo um certo modismo e um <strong>de</strong>sconhecimento por parte dos profissionais. Em muitos trabalhos os temas não se<br />

caracterizam como bioética, porém na maioria dos resumos lidos observou-se a utilização a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> do tema, conforme o conceito<br />

expresso neste trabalho.<br />

AVALIAÇÃO DE ENSAIOS CLÍNICOS QUANTO AO RISCO DE EVENTOS ADVERSOS<br />

GABRIELA MARODIN; DIANA MONTI ATIK; DANIELLE BEHEREGARAY SCHULZ; JOSÉ ROBERTO GOLDIM<br />

O processo <strong>de</strong> avaliação do risco tem como propósito prevenir os <strong>da</strong>nos à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à exposição ao fármaco. O risco elevado<br />

está diretamente associado com uma probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> maior <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> eventos adversos (EAs). De acordo com a gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência dos EAs, <strong>de</strong>termina-se se o risco previsto é negligenciável, tolerável ou intolerável. Portanto, a<br />

caracterização do risco representa um importante elo entre os <strong>da</strong>dos científicos obtidos nos diferentes estudos e as toma<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisões, ao monitoramento e à comunicação do risco. O objetivo <strong>de</strong>ste estudo é verificar os riscos <strong>de</strong> EAs previstos nos projetos<br />

<strong>de</strong> pesquisa <strong>da</strong> indústria farmacêutica, através <strong>da</strong> análise do Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), do manual do<br />

pesquisador e do projeto. Realizou-se um estudo <strong>de</strong> casos inci<strong>de</strong>ntes, com uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> observação nos EAs, através do<br />

levantamento <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa farmacológica, com patrocínio privado, aprovados pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em<br />

Pesquisa (CEP) do HCPA. De 61 projetos analisados, i<strong>de</strong>ntificou-se 8543 referências <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> EAs. Dessas, 1716 (20,1%) são<br />

apresenta<strong>da</strong>s ao participante através do TCLE, porém não estão relata<strong>da</strong>s no manual do pesquisador e projeto. Apenas, 708<br />

(8,29%) referências <strong>de</strong> riscos estão <strong>de</strong>scritas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente no TCLE, projeto e manual, como informação compartilha<strong>da</strong> e<br />

documenta<strong>da</strong>, para o participante e pesquisador. As <strong>de</strong>mais, 6119 (71,6%) estão relata<strong>da</strong>s somente para o pesquisador no manual<br />

ou projeto. Os riscos estavam quantificados, na sua maioria, apenas no manual. No TCLE parte dos riscos estavam <strong>de</strong>scritos,<br />

porém não quantificados. O projeto e manual são <strong>de</strong> acesso restrito ao pesquisador. O participante tem acesso apenas ao TCLE.<br />

Somente o que consta no termo <strong>de</strong> consentimento é transposto para o meio externo. Isso <strong>de</strong>monstra a importância <strong>da</strong> leitura atenta<br />

<strong>da</strong> documentação encaminha<strong>da</strong> para avaliação pelo CEP visando à proteção ativa do participante.<br />

CONFUSÕES E AMBIGÜIDADES NA CLASSIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS<br />

GABRIELA MARODIN; DIANA MONTI ATIK; DANIELLE BEHEREGARAY SCHULZ; JOSÉ ROBERTO GOLDIM<br />

É comum consi<strong>de</strong>rar ambíguo como sinônimo <strong>de</strong> confuso. Em uma informação confusa, várias informações têm um mesmo<br />

significado. Na informação ambígua, ao contrário, vários significados são atribuídos a uma mesma palavra. Informações<br />

excessivas também geram ambigüi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong>í a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concisão e clareza na linguagem. O termo evento adverso(EA) é<br />

<strong>de</strong>finido como qualquer ocorrência médica inconveniente, sofri<strong>da</strong> por um indivíduo em investigação clínica. A confusão e a<br />

ambigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> no uso <strong>de</strong> palavras po<strong>de</strong>m gerar conseqüências importantes na valorização <strong>de</strong> EAs. Nosso objetivo é harmonizar o<br />

vocabulário na comunicação <strong>de</strong> EAs. Os EAs po<strong>de</strong>m ser classificados quanto à gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, serie<strong>da</strong><strong>de</strong>, previsibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, causali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e ocorrência. Os EAs, quanto a gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, são classificados em leves, mo<strong>de</strong>rados, graves e letais, <strong>de</strong> acordo com a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

intercorrências verifica<strong>da</strong>s. Diferentes autores confun<strong>de</strong>m essa classificação com a <strong>de</strong> serie<strong>da</strong><strong>de</strong> que engloba os EAs sérios e não-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!