Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
população estu<strong>da</strong><strong>da</strong> consumia medicações analgésicas. É provável, assim, que parte dos sintomas dispépticos esteja sendo causa<strong>da</strong><br />
ou agrava<strong>da</strong> pelo consumo <strong>de</strong>stes medicamentos.<br />
QUALIDADE DE VIDA PRÉ E PÓS DILATAÇÃO PNEUMÁTICA ESOFÁGICA EM PACIENTES COM ACALÁSIA<br />
FERNANDA DE QUADROS ONOFRIO; CRISTINA ANTONINI ARRUDA; SERGIO GABRIEL SILVA DE BARROS;<br />
HELENA AYAKO SUENO GOLDANI; CARMEN PÉREZ DE FREITAS FREITAG; ANTONIO DE BARROS LOPES<br />
Introdução: A acalásia é um distúrbio motor esofágico que se manifesta por disfagia, regurgitação, dor torácica e emagrecimento,<br />
interferindo significativamente na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. As atuais opções <strong>de</strong> tratamento não são capazes <strong>de</strong> reverter a anormali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
fisiopatológica <strong>de</strong>ssa doença. Po<strong>de</strong>-se avaliar a eficácia do tratamento usando questionários <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> relaciona<strong>da</strong> à<br />
saú<strong>de</strong>. Objetivo: Comparar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> relaciona<strong>da</strong> à saú<strong>de</strong> pré e pós-dilatação pneumática esofágica em pacientes com<br />
acalásia. Métodos: 17 pacientes com acalásia encaminhados ao Ambulatório <strong>de</strong> Doenças do Esôfago do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong><br />
<strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> com indicação clínica <strong>de</strong> dilatação pneumática esofágica respon<strong>de</strong>ram ao questionário SF-36 (Medical Outcomes<br />
Study 36-item short form health survey), antes do procedimento, 30, 90 e 180 dias após. O SF-36 é composto por 36 questões<br />
agrupa<strong>da</strong>s em 8 domínios. Resultados: A média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> foi 51 anos e 58% eram mulheres. Todos os domínios (capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
funcional, aspectos físicos, dor, estado geral <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, vitali<strong>da</strong><strong>de</strong>, aspectos sociais, aspectos emocionais e saú<strong>de</strong> mental)<br />
apresentaram aumento dos escores após a dilatação pneumática, sendo estatisticamente significativo (pConclusões: A dilatação<br />
pneumática esofágica, neste grupo <strong>de</strong> pacientes com acalásia, esteve associa<strong>da</strong> a uma melhora significativa na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong><br />
relaciona<strong>da</strong> à saú<strong>de</strong>.<br />
QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE EM PACIENTES COM REFLUXO ÁCIDO PATOLÓGICO NA<br />
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO NÃO-EROSIVA (NERD)<br />
ROBERTA REICHERT; MÁRCIA DA SILVA VARGAS; HELENA A. S. GOLDANI; CRISTINA A. ARRUDA; SÉRGIO G.<br />
S. DE BARROS<br />
RACIONAL: Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> Relaciona<strong>da</strong> à Saú<strong>de</strong> (QVRS) é diminuí<strong>da</strong> na doença do refluxo gastresofágico não-erosiva<br />
(NERD) mas a sua associação com refluxo ácido patológico é <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>. OBJETIVOS: Medir a QVRS em pacientes com<br />
NERD e <strong>de</strong>terminar a sua associação com refluxo ácido patológico. PACIENTES E MÉTODOS: Pacientes com sintomas típicos<br />
e/ou atípicos compatíveis com refluxo gastresofágico e endoscopia digestiva alta não-erosiva assinaram um termo <strong>de</strong><br />
consentimento livre e esclarecido e respon<strong>de</strong>ram, prospectivamente, ao questionário genérico SF-36 antes <strong>de</strong> exame por pHmetria<br />
esofágica prolonga<strong>da</strong>. Refluxo ácido patológico foi consi<strong>de</strong>rado positivo, quando o tempo <strong>de</strong> exposição áci<strong>da</strong> intraesofágica foi<br />
superior a 4,2 % do tempo total. Após exclusão <strong>de</strong> indivíduos que receberam medicações anti-refluxo e/ou anti<strong>de</strong>pressivas nos<br />
últimos 180 dias, os escores do SF-36 foram comparados entre indivíduos com e sem refluxo ácido patológico e com os <strong>de</strong> um<br />
grupo controle histórico <strong>da</strong> população geral. RESULTADOS: entre 179 indivíduos, 42 foram incluídos no estudo e os seus<br />
escores no SF-36 não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre indivíduos com refluxo ácido patológico (n=21)<br />
ou sem refluxo patológico (n=21) mas foram inferiores aos do grupo controle histórico em cinco domínios. CONCLUSÕES:<br />
nesse estudo, a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> relaciona<strong>da</strong> à saú<strong>de</strong> em indivíduos com doença do refluxo gastresofágico não-erosiva foi<br />
semelhante entre indivíduos com refluxo ácido patológico e não patológico mas inferior ao <strong>de</strong> um grupo controle <strong>da</strong> população<br />
geral.<br />
CAUSAS DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA EM PACIENTES DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO<br />
EM PORTO ALEGRE - BRASIL<br />
NADJA MACHADO VOLPATO; RAFAELA KOMOROWSKI DAL MOLIN; ALEXANDRE RAMPAZZO; LENISE<br />
VALLER; MARCIANE MARIA ROVER; ANA PAULA CAVALHEIRO; NICOLE CAMPAGNOLO<br />
Introdução: Hemorragia Digestiva Alta (HDA) é uma causa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> significativa (6-10%), com úlcera péptica (UP)<br />
respon<strong>de</strong>ndo por 50% dos casos. Objetivo: Evi<strong>de</strong>nciar as causas <strong>de</strong> HDA em um hospital público terciário no sul do Brasil.<br />
Métodos: Retrospectivamente analisaram-se as EDA's realiza<strong>da</strong>s por HDA entre março e julho <strong>de</strong> 2007. Resultados: 128<br />
endoscopias foram realiza<strong>da</strong>s por indicação <strong>de</strong> hematêmese e/ou melena. A média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> dos pacientes foi <strong>de</strong> 59,6 anos;<br />
mulheres representaram 43,75% e os homens 56,25% <strong>da</strong> amostra. Os achados endoscópicos foram: úlcera gástrica 32,8%; úlcera<br />
duo<strong>de</strong>nal 14%; gastropatia hemorrágica 3,9%; varizes esofágicas 26,5%; lacerações <strong>de</strong> Mallory-Weiss 3,1%; esofagite acentua<strong>da</strong><br />
14,8%; gastrite/duo<strong>de</strong>nite erosiva severa 3,1%; angiodisplasia gástrica 1,5%. Em 23 pacientes (17,9%), mais <strong>de</strong> uma causa <strong>de</strong><br />
sangramento foi encontra<strong>da</strong> na EDA: 4 pacientes apresentavam concomitantemente úlcera gástrica, úlcera duo<strong>de</strong>nal e varizes<br />
esofágicas. Em 22,6% dos casos analisados, nenhuma causa <strong>de</strong> sangramento foi i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>, incluindo EDA's normais e EDA's<br />
com gastrite enantematosa <strong>de</strong> qualquer grau, gastrite erosiva leve, esofagite <strong>de</strong> refluxo graus A-C <strong>de</strong> Los Angeles e úlcera<br />
cicatriza<strong>da</strong>. Segundo a classificação <strong>de</strong> Forrest para úlcera péptica, encontrou-se: Forrest Ia 0%; Ib 13,3%; IIa 10%; IIb 6,6%; IIc<br />
16,6%; III 53,3%. Conforme a classificação japonesa para tamanho <strong>de</strong> varizes esofágicas: F1 17,6%; F2 41,1%; F3 41,1%.<br />
Realizado tratamento endoscópico em 21% dos pacientes. Conclusão: Os achados locais confirmam <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> literatura quanto à<br />
meta<strong>de</strong> dos casos <strong>de</strong> HDA <strong>de</strong>verem-se à UP. Verificou-se percentual significativo <strong>de</strong> HDA por varizes esofágicas, o que po<strong>de</strong><br />
estar relacionado a um alto número <strong>de</strong> pacientes com cirrose hepática em nosso meio.