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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

anos, <strong>de</strong> ambos os sexos. RESULTADOS: Foram incluídos 80 pacientes. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média foi <strong>de</strong> 66±14 anos, 84% brancos, 56% do<br />

sexo masculino, etiologias prevalentes: hipertensiva (44%) segui<strong>da</strong> pela isquêmica (32,5%) e FEVE <strong>de</strong> 29±8,5%. Na admissão, os<br />

principais sinais e sintomas apresentados foram: dispnéia (89%), cansaço (60%), e<strong>de</strong>ma (55%), dispnéia paroxística noturna<br />

(84%), ortopnéia (51,3%) e turgência <strong>da</strong> veia jugular (26,3%). Quanto aos cui<strong>da</strong>dos NF prescritos, restrição <strong>de</strong> sal apareceu em<br />

96% <strong>da</strong>s prescrições; controle <strong>de</strong> peso em 37,5%; controle <strong>de</strong> diurese em 25%; balanço hídrico (BH) em 17,5% e restrição hídrica<br />

(RH) em 15%. Somente 64% dos BH, 75% dos controles <strong>de</strong> diurese e 83% dos controles <strong>de</strong> peso prescritos foram realizados.<br />

CONCLUSÃO: Apesar <strong>de</strong> o manejo NF ser preconizado no tratamento <strong>da</strong> IC, este ain<strong>da</strong> não está totalmente incorporado nas<br />

prescrições médicas. Embora mais <strong>de</strong> 50% do pacientes apresentassem algum critério <strong>de</strong> congestão, houve, nas prescrições<br />

médicas, pouco reflexo <strong>da</strong>queles cui<strong>da</strong>dos que evitam a evolução <strong>da</strong> congestão e que guiam a terapêutica diurética (RH e controle<br />

<strong>de</strong> peso). Mesmo quando prescritos, não foram realizados na sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong> pela enfermagem.<br />

FATORES PRECIPITANTES DE DESCOMPENSAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA IDENTIFICADOS NA<br />

EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO<br />

JOELZA CELESÍLVIA CHISTÉ LINHARES; GRAZIELLA ALITI, ; MARCO AURÉLIO SAFFI; FERNANDA BANDEIRA<br />

DOMINGUES; SOLANGE BRAUN GONZALEZ; ENEIDA REJANE RABELO<br />

INTRODUÇÃO: Estudos têm reforçado a importância <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar causas <strong>de</strong> internações e reinternações por Insuficiência<br />

Cardíaca (IC). Dentre estas estão o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s não-farmacológicas, a má a<strong>de</strong>são ao tratamento ou a<br />

incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos sinais <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompensação. Tais aspectos são responsáveis por 15-64% <strong>da</strong>s reinternações.<br />

OBJETIVOS: I<strong>de</strong>ntificar fatores <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompensação <strong>da</strong> IC e relacioná-los com o conhecimento sobre a síndrome e seus sinais e<br />

sintomas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompensação. MÉTODOS: Estudo <strong>de</strong> coorte contemporâneo. Foram incluídos pacientes com IC classe III e IV,<br />

conforme a New York Heart Association, <strong>de</strong> qualquer etiologia, com fração <strong>de</strong> ejeção (FEVE) ≤ 45%, i<strong>da</strong><strong>de</strong> ≥18 anos e <strong>de</strong> ambos<br />

os sexos. RESULTADOS: Análise preliminar <strong>de</strong> 80 pacientes mostrou i<strong>da</strong><strong>de</strong> média <strong>de</strong> 66±14 anos, 84% <strong>de</strong> brancos, 56% do sexo<br />

masculino, mediana 5(1-5) dos anos <strong>de</strong> estudo, ren<strong>da</strong> familiar não superior a 2 salários mínimos (72%), etiologias prevalentes:<br />

hipertensiva (44%) segui<strong>da</strong> pela isquêmica (32,5%) e FEVE média <strong>de</strong> 29±8,5%. Má a<strong>de</strong>são ao tratamento foi a principal causa <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scompensação (64%), segui<strong>da</strong> por infecção (16%). Os principais sinais e sintomas apresentados foram: dispnéia (89%), cansaço<br />

(60%) e e<strong>de</strong>ma (55%). 48% já haviam internado 2 ou mais vezes por IC no último ano. 77,5% relacionaram os sintomas<br />

apresentados com a IC <strong>de</strong>scompensa<strong>da</strong>. Quanto às orientações prévias à hospitalização, 90% foi orientado para controle do sal,<br />

69% para realização <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física, 62,5% para restrição hídrica e 46,5% para controle <strong>de</strong> peso. CONCLUSÃO: Neste estudo,<br />

a razoável compreensão <strong>da</strong> IC, o conhecimento sobre medi<strong>da</strong>s não-farmacológicas e a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar sinais <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scompensação não se traduziu na redução <strong>de</strong> internações, tampouco facilitou a a<strong>de</strong>são ao tratamento.<br />

Enfermagem Saú<strong>de</strong> Pública A<br />

MULHER HIV POSITIVO: SUA PECEPÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO<br />

THAIS DE OLIVEIRA PLÁ; DAGMAR ELAINE KAISER; MUNIQUE BARNASQUE FERREIRA<br />

A feminização do HIV apontou o aleitamento materno como um risco adicional <strong>de</strong> transmissão que se renova a ca<strong>da</strong> exposição à<br />

mama<strong>da</strong>, tornando o aleitamento materno terminantemente <strong>de</strong>saconselhado, por ser fonte <strong>de</strong> contaminação do vírus (BRASIL,<br />

2001). A não amamentação e as cobranças sócio-culturais, impostas pela maciça divulgação em prol do aleitamento materno<br />

exclusivo fazem com que as mães sejam intensamente cobra<strong>da</strong>s, tanto pela família quanto pela socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em si, para que<br />

amamentem seus filhos; constituem mais uma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> entre as inúmeras que as gestantes HIV tem que enfrentar em seu dia-adia<br />

(PREUSSLER, 2005). Nesta investigação <strong>de</strong>scritivo-exploratória qualitativa, visamos conhecer as percepções relaciona<strong>da</strong>s à<br />

impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aleitamento <strong>da</strong>s puérperas soropositivas para o vírus HIV, no Serviço <strong>de</strong> Assistência Especializado em<br />

DST/Aids <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. Os <strong>da</strong>dos foram interpretados segundo a Análise <strong>de</strong> Conteúdo <strong>de</strong> Bardin (1997). Foram estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s 10<br />

mulheres em estado puerperal, portadoras do vírus HIV, seleciona<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acordo com o número <strong>de</strong> consultas <strong>de</strong> pré-natal (mínimo<br />

seis consultas), que respon<strong>de</strong>ram a entrevista semi-estrutura<strong>da</strong> com questões <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong>mográfico e norteador. Os <strong>da</strong>dos<br />

coletados reafirmam o ato <strong>de</strong> amamentar como uma manifestação <strong>de</strong> amor e carinho materno; a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar<br />

representa a falta <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exercer a materni<strong>da</strong><strong>de</strong> em sua integrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, evi<strong>de</strong>nciando o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> enfrentar<br />

limitações impostas pela própria condição <strong>da</strong> presença do HIV. O leite materno foi concebido pelas mulheres soropositivas para o<br />

vírus HIV como um veneno que po<strong>de</strong> con<strong>de</strong>nar seus filhos à morte. A participação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ao apresentar<br />

alternativas <strong>de</strong> solução, foi visto como essencial à a<strong>da</strong>ptação <strong>de</strong>sta impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

PERCEPÇÃO DA PUÉRPERA HIV POSITIVO FRENTE AO PRÉ-NATAL<br />

THAIS DE OLIVEIRA PLÁ; DAGMAR ELAINE KAISER; MUNIQUE BARNASQUE FERREIRA<br />

Preconiza o Programa <strong>de</strong> Acompanhamento Pré-Natal que <strong>de</strong>ve ser oferecido o exame anti-HIV para to<strong>da</strong>s as mulheres a partir <strong>da</strong><br />

vigésima semana <strong>de</strong> gestação ou assim que a gestante procurar o serviço (BRASIL, 2005). A recomen<strong>da</strong>ção para profilaxia <strong>da</strong><br />

transmissão vertical do HIV consta basicamente no uso <strong>de</strong> anti-retrovirais pela gestante durante a gestação e no trabalho <strong>de</strong> parto;<br />

pelo bebê, durante suas 6 primeiras semanas; não amamentação com leite materno; uso <strong>de</strong> preservativo; testagem do<br />

companheiro; acompanhamento <strong>da</strong> criança até o resultado confirmatório. Além disso, se faz necessário suporte emocional à<br />

mulher (BRASIL, 2004). Por meio <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>scritivo-exploratória qualitativa, preten<strong>de</strong>mos conhecer as vivências <strong>de</strong><br />

puérperas portadoras do Vírus <strong>da</strong> Imuno<strong>de</strong>ficiência Humana(HIV) sobre o atendimento <strong>de</strong> pré-natal especializado no Serviço <strong>de</strong><br />

Assistência Especializado em DST/Aids <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> (SAE/POA), tendo <strong>da</strong>dos analisados segundo Bardin (1997). Foram<br />

entrevista<strong>da</strong>s 10 mulheres em estado puerperal portadoras do vírus HIV, que houvessem realizado um mínimo <strong>de</strong> seis consultas <strong>de</strong><br />

pré-natal especializado, por meio <strong>de</strong> entrevista semi-estrutura<strong>da</strong> contendo questões <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong>mográfico e norteador.

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