Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
Introdução: A Sistematização <strong>da</strong> Assistência <strong>de</strong> Enfermagem (SAE) tem contribuído para o <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> um corpo <strong>de</strong><br />
conhecimentos específicos <strong>da</strong> profissão, possibilitando o uso <strong>de</strong> uma linguagem comum para i<strong>de</strong>ntificar os problemas do paciente<br />
e auxiliar na escolha <strong>da</strong>s intervenções <strong>de</strong> enfermagem, promovendo uma melhor comunicação entre os profissionais. Objetivo:<br />
Aplicar a SAE a um paciente que sofreu amputação <strong>de</strong> membro secundária à intervenção cirúrgica. Método: Estudo <strong>de</strong> caso, com<br />
coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos junto ao paciente, ao seu prontuário e revisão <strong>da</strong> literatura, realizados durante estágio <strong>da</strong> disciplina <strong>de</strong><br />
Enfermagem no Cui<strong>da</strong>do ao Adulto I. Resultados: Paciente “V”, 50 anos, negro, casado, história prévia <strong>de</strong> DM2, HAS, etilismo e<br />
tabagismo. Internado para realização <strong>de</strong> by pass em membro inferior direito. A cirurgia resulta em paraplegia e evolui para<br />
amputação do membro. “V” apresentava histórico <strong>de</strong> não a<strong>de</strong>rência à terapia não farmacológica, como dieta, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física e<br />
hábitos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> saudáveis. Como principais diagnósticos <strong>de</strong> enfermagem <strong>de</strong>stacamos: controle ineficaz do regime terapêutico,<br />
risco <strong>de</strong> comprometimento <strong>da</strong> integri<strong>da</strong><strong>de</strong> cutânea, retenção urinária, distúrbio <strong>da</strong> imagem corporal, déficit no autocui<strong>da</strong>do:<br />
alimentação, higiene e vestir-se, e constipação. Conclusões: Acompanhamos o paciente durante o estágio, prescrevendo<br />
intervenções visando o conforto, prevenção <strong>de</strong> feri<strong>da</strong>s, exercícios respiratórios, encorajando autonomia e autocui<strong>da</strong>do e<br />
estimulando o uso <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>s. Em relação à família orientamos quanto à passagem <strong>de</strong> cateter vesical <strong>de</strong> alívio e<br />
oferecemos apoio emocional. A partir <strong>da</strong> SAE apren<strong>de</strong>mos a cui<strong>da</strong>r do paciente como um todo, valorizando as intervenções <strong>de</strong><br />
enfermagem e não somente os procedimentos e diagnósticos médicos.<br />
APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM PACIENTE PÓS ANGIOPLASTIA CORONARIANA<br />
TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA (ACTP)<br />
LARISSA GUSSATSCHENKO; LISIANE VIEIRA DOS SANTOS<br />
Introdução: Apesar dos avanços <strong>da</strong> ciência na área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, com o aperfeiçoamento <strong>da</strong>s técnicas e o surgimento <strong>de</strong> novas<br />
tecnologias/equipamentos, as doenças isquêmicas do coração acometem 47% <strong>da</strong> população brasileira, sendo que no Rio Gran<strong>de</strong><br />
do Sul este índice é ain<strong>da</strong> maior, chegando à média <strong>de</strong> 70%, segundo Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>/Datasus (2004). Knobel (2006) relata<br />
que cerca <strong>de</strong> 16 á 20% dos pacientes com angina instável terão Infarto do Miocárdio, sendo em muitos casos indispensável à<br />
realização <strong>da</strong> ACTP. Objetivo: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é i<strong>de</strong>ntificar os diagnósticos <strong>de</strong> enfermagem e o plano <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos<br />
estabelecido para este paciente submetido ACTP, através <strong>da</strong> aplicação do processo <strong>de</strong> enfermagem.Metodologia: Este trabalho se<br />
caracteriza por ser um relato <strong>de</strong> experiências vivencia<strong>da</strong>s em uma instituição hospitalar priva<strong>da</strong>, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> – RS. Após a aplicação integral <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> enfermagem foi realiza<strong>da</strong> uma análise sistemática <strong>da</strong> teoria, sendo<br />
possível assim analisarmos <strong>de</strong> forma mais efetiva a relevância <strong>da</strong> aplicação do processo <strong>de</strong> enfermagem no cotidiano do trabalho.<br />
Conclusão: Baseando-se nos referenciais utilizados, enten<strong>de</strong>mos que a aplicação do processo <strong>de</strong> enfermagem se faz necessária<br />
para otimizar a atuação do profissional atuante nessa área, bem como para nortear seu ato <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r. Esse estudo <strong>de</strong> caso é um<br />
exemplo <strong>de</strong> como é possível avaliar e registrar o cui<strong>da</strong>do individualizado ao paciente, bem como fornecer um feedback sobre o<br />
resultado <strong>da</strong> assistência <strong>de</strong> enfermagem.<br />
Enfermagem Obstétrica<br />
INSERÇÃO DA FAMÍLIA NO PRÉ-NATAL<br />
DAIANA DA SILVA LÚCIO; MARIA LUIZA SOARES SCHMIDT<br />
Introdução: O ensino em enfermagem materno-infantil procura sempre abor<strong>da</strong>r paciente, casal e família. Espírito Santo e Berni<br />
(2006) nos falam que a assistência pré-natal presta<strong>da</strong> pelo enfermeiro busca aten<strong>de</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> cliente e <strong>de</strong> sua família <strong>de</strong><br />
maneira individualiza<strong>da</strong> e humaniza<strong>da</strong>. Estas ações contribuem para quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> assistência, fortalecendo o vínculo entre o<br />
cui<strong>da</strong>dor e as pessoas que recebem o cui<strong>da</strong>do. Objetivo: Fazer um levantamento bibliográfico sobre o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> enfermagem à<br />
gestante e suas famílias, relacionando à experiência prática em consulta <strong>de</strong> enfermagem. Materiais e Métodos: Revisão <strong>da</strong><br />
literatura sobre a inserção <strong>da</strong> família no pré-natal relacionando com a percepção <strong>da</strong>s consultas <strong>de</strong> enfermagem no Ambulatório <strong>de</strong><br />
um <strong>Hospital</strong> Universitário. Resultados: O pré-natal constitui um recurso <strong>de</strong> apoio e orientação, buscando o bem-estar materno e<br />
fetal. O olhar <strong>da</strong> enfermeira sobre a gestante <strong>de</strong>ve ser voltado ao cui<strong>da</strong>do, na prevenção e i<strong>de</strong>ntificação precoce <strong>de</strong> situações <strong>de</strong><br />
risco. A gestante tem o direito <strong>de</strong> escolher quem irá acompanhá-la na consulta. Cabe à enfermagem estimular a presença e incluir<br />
o acompanhante na consulta. A ausculta dos batimentos cardíacos fetais é um momento marcante para gestante e família, pois<br />
representa a concretização <strong>da</strong> existência fetal e a certificação <strong>de</strong> seu bem-estar. Compartilhar este momento com a família é <strong>de</strong><br />
extrema significância, mas <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>seja<strong>da</strong> pela mulher. Familiares que participam <strong>da</strong> consulta <strong>de</strong> enfermagem junto à gestante,<br />
representam um suporte na manutenção do auto-cui<strong>da</strong>do e manejo <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> risco. Consi<strong>de</strong>rações Finais: Cabe ao<br />
enfermeiro propiciar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> interação familiar através do acolhimento, respeito e cui<strong>da</strong>do, valorizando a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> gestante e <strong>da</strong> família.<br />
AUTONOMIA NA ANTICONCEPÇÃO: EXPERIÊNCIAS DE MULHERES POBRES MULTÍPARAS<br />
GILDA MARIA DE CARVALHO ABIB; CIBELI DE SOUZA PRATES, DORA LUCIA LEIDENS CORREA DE OLIVEIRA<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa sobre as experiências <strong>de</strong> anticoncepção <strong>de</strong> mulheres multíparas pobres, atendi<strong>da</strong>s em uma UBS <strong>da</strong><br />
região metropolitana <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. A pesquisa problematizou estas experiências levando em conta os fatores que condicionam<br />
a autonomia <strong>de</strong>stas mulheres para escolher o número <strong>de</strong> filhos, o momento <strong>de</strong> engravi<strong>da</strong>r e estratégias <strong>de</strong> anticoncepção.<br />
Participaram <strong>da</strong> pesquisa 13 mulheres entre 21 e 43 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, com três filhos ou mais, possuindo ren<strong>da</strong> familiar <strong>de</strong> até R$<br />
400,00 e resi<strong>de</strong>ntes numa <strong>da</strong>s áreas assisti<strong>da</strong>s pela equipe <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Família e Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ULBRA. A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos<br />
foi realiza<strong>da</strong> entre junho e julho <strong>de</strong> 2005 através <strong>da</strong> técnica <strong>de</strong> grupo focal. Dois grupos <strong>de</strong> mulheres foram constituídos e foram<br />
realizados com ca<strong>da</strong> grupo 5 grupos focais. A análise dos <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> pesquisa foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> através <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo<br />
proposta por Minayo (2004). Os resultados <strong>de</strong>monstraram que a retórica oficial produzi<strong>da</strong> no campo do planejamento familiar e