Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE EM CRIANÇAS ASMÁTICAS: VALIDAÇÃO EM CAMPO DOS<br />
QUESTIONÁRIOS PAQLQ E PEDSQL<br />
EDGAR E. SARRIA I.; RITA MATTIELLO, SILVANA P. FURLAN, GILBERTO B. FISCHER, NEUSA S. ROCHA, VANIA<br />
NAOMI HIRAKATA<br />
Introdução: A avaliação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> complementa a abor<strong>da</strong>gem clínica tradicional, a partir <strong>da</strong> opinião do próprio<br />
paciente. Objetivo: Avaliar as versões para o português feitas pelo MAPI Research Institute dois questionários pediátricos:<br />
PAQLQ (Juniper, 1996) e PedsQL (Varni, 1999). Métodos: Ambos instrumentos foram aplicados duas vezes a 125 crianças<br />
asmáticas entre 8-17 anos, que acompanham no programa <strong>de</strong> asma <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. A confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> foi testa<strong>da</strong>, estu<strong>da</strong>ndo o<br />
coeficiente <strong>de</strong> consistência interna <strong>de</strong> Cronbach (AC) e a Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> às Mu<strong>da</strong>nças (TE) nos pacientes que relataram mu<strong>da</strong>nças<br />
entre a primeira e a segun<strong>da</strong> entrevista. Também avaliamos a correlação entre os questionários (r <strong>de</strong> Pearson), pareando escalas<br />
similares. Resultados: I<strong>da</strong><strong>de</strong> média <strong>de</strong> 11,1 anos, 60% meninos. Todos estavam classificados como Asma Episódica Freqüente.<br />
Houve diferenças significativas entre as pontuações nas escalas dos questionários quando comparados Teste/Re-teste. Nas<br />
pontuações globais (Teste/Reteste) o PAQLQ <strong>de</strong>monstrou um AC <strong>de</strong> 0,94/0,95; Sintomas 0,88/0,90 ; Emoções 0,86/0,89; e<br />
Limitação Física 0,68/0,77. A sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> às mu<strong>da</strong>nças teve um TE global <strong>de</strong> 0,74; Sintomas 0,50; Emoções 0,62; Limitação<br />
física 0,88. As pontuações Globais para o PedsQL tiveram um CAC <strong>de</strong> 0,80/0,81; escala Física 0,60/0,62; e a psicosocial<br />
0,75/0,76. O TE Global foi <strong>de</strong> 0,33; a escala Física 0,22 e a psicosocial 0,32. Correlações foram: Globais, r=0,36/0,39; para as<br />
escalas Físicas r=0,33/0,31; para Emoções r=0,39/0,37. Conclusões: ambos instrumentos <strong>de</strong>monstraram boa consistência interna e<br />
<strong>de</strong>sempenho similar ao <strong>da</strong>s suas versões originais no inglês. A sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> às Mu<strong>da</strong>nças foi significante apenas para o PAQLQ<br />
tal e como esperado. Recomen<strong>da</strong>-se seu uso simultâneo como instrumentos complementares.<br />
DIFERENÇAS DA ANATOMIA CARDIOPULMONAR E VARIÁVEIS HEMODINÂMICAS E RESPIRATÓRIAS DOS<br />
SUÍNOS RELEVANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS EXPERIMENTAIS COM ESTA ESPÉCIE.<br />
SHEILA BEATRIZ LAURINDO BERNARDES; FERNANDO BARRETO MARTENS; GUILHERME CAPELETO DE<br />
ANDRADE; JULIANO OLIVEIRA BELATO; RODRIGO GUELLNER GUEDINI; ROGÉRIO GASTAL XAVIER; ELAINE<br />
APARECIDA FELIX FORTIS (ORIENTADORA).<br />
Os suínos vêm sendo utilizados como mo<strong>de</strong>lo experimental para uma gran<strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos e seus resultados têm sido<br />
amplamente extrapolados para os humanos em razão <strong>da</strong> similari<strong>da</strong><strong>de</strong> tão cita<strong>da</strong> entre as duas espécies. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é<br />
<strong>de</strong>screver as peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> anatomia cardiopulmonar e as variáveis fisiológicas hemodinâmicas e respiratórias do suíno para<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo experimental em estudos cardiorrespiratórios. Após comparação dos <strong>da</strong>dos fisiológicos relevantes<br />
dos suínos em diversas fontes bibliográficas, foram seleciona<strong>da</strong>s as mo<strong>da</strong>s dos valores pesquisados. Achados anatômicos<br />
cardiopulmonares relevantes são a presença <strong>de</strong> uma veia ázigos esquer<strong>da</strong> <strong>de</strong>sembocando no seio coronário e a emissão <strong>de</strong> um<br />
brônquio traqueal ao nível <strong>da</strong> 3ª costela. Os <strong>da</strong>dos hemodinâmicos foram: freqüência cardíaca 70-120 bpm; temperatura corporal<br />
38,5-39,5 °C; pressão arterial sistólica 140 mmHg; pressão arterial diastólica 80 mmHg; pressão arterial média 110 mmHg;<br />
pressão venosa central 8,5-9 cmH2O; índice cardíaco 4,5-5 L/min/m2; pressão <strong>da</strong> artéria pulmonar 20-26 mmHg. Os <strong>da</strong>dos<br />
respiratórios foram: freqüência respiratória 20-24 mpm; volume corrente 10-15 mL/Kg; relação I:E 1:2-1:4,5; pressão inspiratória<br />
15-20 cmH2O; resistência do sistema respiratório 5-8 cmH2O/s/L; complacência do sistema respiratório 25-30 mL/cmH2O; P50<br />
(mmHg) 36. Para os pesquisadores, é indispensável conhecer as diferenças entre os <strong>da</strong>dos biológicos dos suínos em relação aos<br />
humanos. Tais diferenças, se não leva<strong>da</strong>s em consi<strong>de</strong>ração, po<strong>de</strong>m resultar em conclusões equivoca<strong>da</strong>s na extrapolação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos<br />
<strong>de</strong> uma espécie para outra.<br />
O VALOR DIAGNÓSTICO DAS QUEIXAS CLÍNICAS NO BRONCOESPASMO INDUZIDO POR EXERCÍCIO<br />
PAULINE ZANIN; MARIA ÂNGELA MOREIRA; RICARDO MENEZES; RENATA HECK; SÉRGIO SALDANHA MENNA<br />
BARRETO<br />
Introdução: A queixas clínicas nem sempre correspon<strong>de</strong>m ao broncoespasmo induzido por exercício, um fenômeno transitório e<br />
atinge cerca <strong>de</strong> 90% dos pacientes com asma. Objetivo: Avaliar se, baseando-se em <strong>da</strong>dos clínicos, po<strong>de</strong>-se inferir o resultado <strong>de</strong><br />
um teste <strong>de</strong> provocação brônquica com exercício. Metodologia: Avaliamos pacientes do HCPA, com i<strong>da</strong><strong>de</strong> e IMC médios <strong>de</strong> 10<br />
anos e 18,9 Kg/m2, respectivamente, com asma confirma<strong>da</strong> ou suspeita, espirometria normal e estáveis. O teste <strong>de</strong><br />
broncoprovocação foi realizado em uma esteira ergométrica e o VEF1(Volume Expiratório Forçado - 1º segundo) obtido <strong>de</strong> um<br />
espirômetro (antes, logo após e 5, 10, 15 e 20 minutos pós-teste). Avaliação inicial consta anamnese, ausculta pulmonar, SpO2 e<br />
aplicação <strong>de</strong> um questionário relacionando sintomas e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas, gerando um escore máximo <strong>de</strong> 3 - maior limitação. Após<br />
espirometria inicial normal, fez-se teste <strong>de</strong> caminha<strong>da</strong> com 6 minutos na veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong> se atingiu a FC submáxima, inclinação<br />
fixa <strong>de</strong> 5%. Controle <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> e temperatura rigoroso. Resultados: Amostra com 58 crianças com VEF1 médio <strong>de</strong> 98%.<br />
Obteve-se 26 testes positivos, os quais 52% usavam corticói<strong>de</strong> inalatório (CI) e 39% não. A resposta à pergunta sobre sintomas ao<br />
fazer exercício foi positiva em 37 pacientes; <strong>de</strong>stes, 8 tinham teste positivo. Interrupção do exercício foi relata<strong>da</strong> por 24 pacientes;<br />
<strong>de</strong>stes, 13 tiveram teste positivo. No grupo positivo e no negativo obtivemos escore médio <strong>de</strong> 1,05 e 0,81, respectivamente, e<br />
18,78% e 4,79% no percentual <strong>de</strong> que<strong>da</strong> do VEF1 (p< 0,05). Não encontramos correlação significativa entre os escores e a que<strong>da</strong><br />
do VEF1. Conclusões: Viu-se que não é possível só por queixas clínicas inferir o resultado do teste <strong>de</strong> broncoprovocação por<br />
exercício. Uso do CI não interferiu no resultado do teste.<br />
EDUCANDO PACIENTES ADULTOS COM ASMA: UM PROGRAMA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO<br />
ALEGRE<br />
HENRIQUE GIACOMOLLI DARTORA; ALICE FISHER; LAURA LAGO; MARIANA PAIM; PAULINE ZANIN; RENATA<br />
RECK; XIMENA FERRUGEM; VERA BEATRIZ GUIRLAND VIEIRA; MARIA ANGELA FONTOURA MOREIRA<br />
Introdução: A asma, uma doença inflamatória <strong>da</strong>s vias aéreas, não tem apresentado redução em sua morbimortali<strong>da</strong><strong>de</strong>, apesar dos<br />
avanços no conhecimento <strong>da</strong> doença e terapêutica. Os pacientes geralmente tratam os sintomas <strong>da</strong> fase agu<strong>da</strong> <strong>da</strong> doença, mas não