Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
Estado Mental. Os coeficientes <strong>de</strong> correlação entre os escores totais <strong>de</strong> freqüência X gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sintomas (r=0,859; p=0,01)<br />
(gráfico 1) e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste (r=0,876; p=0,01) causado aos cui<strong>da</strong>dores (gráfico 2) entre as duas aplicações do INP foram<br />
significativos e fortes. O sintoma neuropsiquiátrico mais freqüente <strong>de</strong>sta amostra foi o <strong>de</strong> apatia, tanto no teste, como no re-teste.<br />
Conclusão: A versão do INP para a língua portuguesa <strong>de</strong>monstrou ser um instrumento confiável na aferição dos sintomas<br />
neuropsiquiátricos <strong>de</strong> pacientes com <strong>de</strong>mência <strong>de</strong> Alzheimer.<br />
USO DE AZITROMICINA ENDOVENOSA NO HCPA (UM ESTUDO DE UTILIZAÇÃO)<br />
PAOLA PANAZZOLO MACIEL; BIANCA MICHEL SPINDLER,JAQUELINE MARTINBIANCO,LUIZ ALFREDO<br />
CENTENO LEISTNER,PAULO CORREA SILVA NETO,DAIANDY DA SILVA, LUCIANA DOS SANTOS E MÔNICA<br />
VINHAS DE SOUZA<br />
INTRODUÇÃO:A azitromicina é um macrolí<strong>de</strong>o,utilizado em infecções respiratórias,cutâneas e ginecológicas.E faz parte do<br />
protocolo <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> BCP comunitária do HCPA.Na maioria <strong>da</strong>s indicações <strong>de</strong> uso,o tratamento é <strong>de</strong> 3 a 5 dias.Uma<br />
importante característica <strong>de</strong>sta medicação é sua excelente biodisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> oral.No HCPA o custo <strong>da</strong> formulação IV é muito<br />
superior ao <strong>da</strong> oral.Este estudo <strong>da</strong> COMEDI e UNAF propõe-se a avaliar a utilização <strong>da</strong> azitromicina IV.OBJETIVO:Verificar a<br />
a<strong>de</strong>quação do uso intravenoso <strong>de</strong> azitromicina no HCPA.MATERIAIS E MÉTODOS:Estudo<br />
longitudinal,prospectivo,observacional.Serão avalia<strong>da</strong>s 100% <strong>da</strong>s prescrições <strong>de</strong> azitromicina IV nas CTIs,internação e<br />
emergência <strong>de</strong> adultos por 2 meses.As prescrições serão avalia<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> prontuários quanto à indicação,à<br />
impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso VO,número <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> tratamento IV,a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> transição para VO e número total <strong>de</strong> dias <strong>de</strong><br />
tratamento.RESULTADOSNo primeiro mês do estudo 43 pacientes foram avaliados.Destes,27(62,6%) eram pacientes <strong>da</strong><br />
emergência e 7(16,3%) <strong>da</strong>s CTIs. 34(79,1%) dos casos fizeram uso <strong>da</strong> medicação para tratamento <strong>de</strong> BCP.Houve solicitação <strong>de</strong><br />
culturais em 39,5% dos indivíduos.Dos que fizeram utilização IV, 9,3 % estavam em NPO e 18,6% estavam em VM quando a<br />
iniciaram.Apenas dos 11,6% pacientes avaliados tinham impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso enteral quando iniciaram o tratamento.Em 72,1%<br />
dos casos avaliados utilizou-se a via IV durante todo o período do tratamento com azitromicina.A dose inicial foi <strong>de</strong> 500mg em<br />
95,3% dos casos.A duração <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> medicação por IV variou <strong>de</strong> 1 a 12 dias,sendo que a média <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> uso IV foi <strong>de</strong><br />
4,4dias(±2,5); 27,9%dos casos utilizou a medicação IV por mais <strong>de</strong> 5 dias.A duração média total do tratamento foi<br />
5,1dias(±2,3).A CCIH em 63,6% dos casos avaliou a utilização e sugeriu o uso VO.CONCLUSÃO:A utilização <strong>da</strong> azitromicina<br />
IV na maioria dos casos ocorreu em pacientes com BCP e em condições <strong>de</strong> uso VO, o uso IV em média por um período superior a<br />
3 dias.<br />
INCIDÊNCIA DE LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS EM ATLETAS DE FUTEBOL DE CAMPO DA CATEGORIA<br />
JÚNIOR DO ESPORTE CLUBE JUVENTUDE NO ANO DE 2006<br />
ALEXANDRE SCHIO FAY; ANDRIUS BERARDI; GUSTAVO NORA CALCAGNOTTO; JULIANA RAZADORI<br />
O futebol é o esporte mais popular do Brasil, <strong>de</strong>spertando gran<strong>de</strong> interesse na população. Devido ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> a<strong>de</strong>ptos e o<br />
elevado índice <strong>de</strong> lesões causa<strong>da</strong>s pela sua prática, constatou-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar a incidência <strong>de</strong> lesões nesse esporte. Este<br />
estudo tem como objetivo verificar o tipo <strong>de</strong> lesão mais freqüente, a ocorrência, se em jogo competitivo ou treinamento, e<br />
relacionar esses <strong>da</strong>dos com a posição do atleta em campo. A amostra foi forma<strong>da</strong> por 41 atletas <strong>de</strong> futebol <strong>de</strong> campo, com i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
entre 18 a 20 anos, <strong>da</strong> categoria júnior do Esporte Clube Juventu<strong>de</strong>. Os atletas passaram inicialmente por uma avaliação médica,<br />
sendo selecionados aqueles com lesões músculo-esqueléticas que necessitariam <strong>de</strong> afastamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s esportivas. Foi<br />
realiza<strong>da</strong> uma análise <strong>de</strong>scritiva sobre os <strong>da</strong>dos dos atletas, sua posição no campo e se a lesão ocorreu em treinamento ou jogo<br />
competitivo. Observou-se que em um total <strong>de</strong> 65 lesões, a <strong>de</strong> maior prevalência foi a <strong>de</strong> caráter articular, correspon<strong>de</strong>ndo por<br />
46,15% dos casos, segui<strong>da</strong> pela lesão muscular com 35,8% dos casos e a inflamatória com 13,8%. Juntamente com isso,<br />
constatou-se que a posição <strong>de</strong> meio campo é a mais atingi<strong>da</strong>, sofrendo 31,4% <strong>da</strong>s lesões, laterais com 24,3% vem em segui<strong>da</strong>,<br />
zagueiros, atacantes e goleiros nesta or<strong>de</strong>m completam os casos. Por fim, encontrou-se que 53,85% dos traumas ocorrem em<br />
treinamentos e 46,15% em jogos <strong>de</strong> competição. O presente trabalho assim constatou que as lesões articulares e musculares,<br />
representam 81,95% dos traumas nos jogadores, sendo a posição <strong>de</strong> meio-campo a mais atingi<strong>da</strong> e o treinamento o período <strong>de</strong><br />
maior ocorrência <strong>da</strong>s lesões. Portanto, cabe ao <strong>de</strong>partamento médico e físico, uma atenção especial para a reestruturação do<br />
treinamento físico, visando à prevenção <strong>de</strong> futuras lesões.<br />
A INFLUÊNCIA DA POLUIÇÃO DO AR SOBRE OS DEFEITOS CONGÊNITOS<br />
CAROLINA RIBAS DO NASCIMENTO; LAVÍNIA SCULER-FACCINI; MARIA TERESA SANSEVERINO; JÚLIO CÉSAR<br />
LEITE<br />
Exposição crônica a poluentes ambientais afeta a saú<strong>de</strong> reprodutiva através <strong>da</strong> morte ou <strong>da</strong>no celular. Po<strong>de</strong> causar infertili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
per<strong>da</strong>s fetais, restrição do crescimento intra-uterino e <strong>de</strong>feitos congênitos, estruturais,ou funcionais na progênie. Analisamos a<br />
taxa <strong>de</strong> malformações congênitas, pois são <strong>de</strong> mais fácil diagnóstico do que as funcionais. O objetivo foi avaliar o impacto <strong>da</strong><br />
exposição a contaminantes ambientais na saú<strong>de</strong> reprodutiva <strong>da</strong> população moradora <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>, utilizando-se parâmetros <strong>de</strong><br />
contaminação aérea. Foi um estudo <strong>de</strong> caso-controle, avaliando os nascimentos monitorizados pelo ECLAMC. Um questionário<br />
estruturado foi aplicado nas mães dos casos e dos controles. A poluição do ar foi medi<strong>da</strong> por uma re<strong>de</strong> com 4 estações, on<strong>de</strong> o<br />
tráfego intenso/industrialização era consi<strong>de</strong>rado maior do que em outras áreas. O efeito <strong>da</strong> poluição ambiental aérea nos <strong>de</strong>feitos<br />
congênitos foi estima<strong>da</strong> por regressão logística. Foram tidos como casos todos os nascidos vivos e mortes fetais diagnostica<strong>da</strong>s<br />
após 19 semanas <strong>de</strong> gestação, com peso maior do que 500g e com malformações isola<strong>da</strong>s; e como controles, o primeiro nascido<br />
vivo do mesmo sexo, nascido imediatamente após o caso. Foram analisados 88.215 nascimentos, nas duas materni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
monitoriza<strong>da</strong>s pelo ECLAMC, <strong>de</strong> 1991 a 2002. A chance <strong>de</strong> uma criança nasci<strong>da</strong> <strong>de</strong> mãe moradora <strong>de</strong> regiões com maior poluição<br />
nascer malforma<strong>da</strong> foi 2,26 vezes maior do que <strong>da</strong>quelas cujas mães residiam em áreas menos poluí<strong>da</strong>s (IC95% 1,76-2,92) Há<br />
vários estudos analisando <strong>de</strong>sfechos gestacionais <strong>de</strong>sfavoráveis como baixo peso, prematuri<strong>da</strong><strong>de</strong>, abortos, natimortali<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas