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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

PREVALÊNCIA DOS ALELOS MAIS COMUNS DA DEFICIÊNCIA DE ALFA-1-ANTITRIPSINA EM PACIENTES DO<br />

SERVIÇO DE GASTROPEDIATRIA<br />

SARAH LUCHESE PERUZZI; GUILHERME BALDO; MATIAS MELENDEZ; SANDRA MARIA GONÇALVES VIEIRA;<br />

CARLOS KIELING; CRISTINA FERREIRA; ROBERTO GIUGLIANI; THEMIS REVERBEL SILVEIRA; URSULA MATTE<br />

A <strong>de</strong>ficiência <strong>da</strong> enzima Alfa-1-Antitripsina (A1AT) é her<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong> maneira autossômica co-dominante e está relaciona<strong>da</strong> a<br />

doenças hepáticas, como colestase neonatal e cirrose. A alfa-1-antitripsina é uma glicoproteína produzi<strong>da</strong> pelos hepatócitos, que<br />

tem como função principal inibir a ação indiscrimina<strong>da</strong> <strong>da</strong>s proteases hepáticas. Seu gene localiza-se no cromossomo 14q31-32 e<br />

apresenta 12,2 Kb, divididos em 7 exons. Os alelos mais freqüentes encontra<strong>da</strong>s em pacientes com <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> A1AT são o<br />

Pi*S e o Pi*Z. Neste trabalho foram analisa<strong>da</strong>s as freqüências <strong>da</strong>s mutações E264V (Pi*S) e E342K (Pi*Z) em 210 pacientes<br />

triados clinicamente na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Gastropediatria do HCPA e que apresentavam um quadro clínico suspeito para a doença, bem<br />

como em 150 voluntários sadios. As amostras <strong>de</strong> DNA foram amplifica<strong>da</strong>s pela técnica <strong>de</strong> Reação em Ca<strong>de</strong>ia <strong>da</strong> Polimerase<br />

(PCR) para os exons 3 (Pi*S) e 5 (Pi*Z). Os produtos <strong>de</strong> amplificação por PCR foram submetidos à análise <strong>de</strong> restrição com as<br />

enzimas XmnI (New England Biolabs) e TaqI (Invitrogen), respectivamente. Entre os voluntários sadios, as freqüências alélicas<br />

foram 0,33% para o alelo Pi*Z e 6,66% para o Pi*S. A presença do alelo Pi*Z (9,04%) foi significativamente maior nos<br />

hepatopatas que nos controles (p< 0,01), o mesmo não foi encontrado para o alelo Pi*S (6,19%). Para o alelo Pi*Z, entre os<br />

hepatopatas, 13 (6,19%) pacientes eram heterozigotos e 12 (5,71%) homozigotos, além <strong>de</strong> um heterozigoto composto Pi*S/Pi*Z.<br />

Já para o alelo Pi*S, foram encontrados 21 (10,00 %) pacientes heterozigotos e 2 (0,95%) homozigotos. Estes resultados<br />

<strong>de</strong>monstram que a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> alfa-1-antitripsina <strong>de</strong>vido ao alelo Pi*Z é uma causa freqüente <strong>de</strong> doença hepática em crianças,<br />

mas o alelo Pi*S não parece conferir um risco aumentado <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns. Apoio: FIPE/HCPA<br />

MISOPROSTOL NA GESTAÇÃO E SEU RISCO TERATOGÊNICO<br />

CELIA NICKEL; CAMILA J. LOPES; CRISTINA R. KATH; CÉZAR H. K. VARGAS; MARIA TERESA V. SANSEVERINO;<br />

CRISTINA B. O. NETTO, LAVÍNIA SCHÜLER-FACCINI<br />

O misoprostol é um fármaco análogo sintético <strong>da</strong> prostaglandina E1, inicialmente utilizado para tratamento <strong>de</strong> úlceras gástricas, e<br />

que tem também efeito abortivo. Em países como o Brasil, on<strong>de</strong> o aborto é ilegal, esse fármaco é muito usado por mulheres que<br />

<strong>de</strong>sejam interromper a gestação. Sua eficácia abortiva porém é baixa, e assim muitas <strong>da</strong>s gestações não são perdi<strong>da</strong>s, o que<br />

justifica a preocupação com seus potencias efeitos teratogênicos. Inúmeros estudos já associaram o uso <strong>de</strong> misoprostol a <strong>de</strong>feitos<br />

congênitos como a Seqüência <strong>de</strong> Möebius (paralisia congênita do VII nervo craniano), <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> membros,<br />

artrogripose e problemas neurológicos, porém ain<strong>da</strong> não se conhece o risco exato <strong>de</strong>sta exposição. Estamos realizando um estudo<br />

<strong>de</strong> série <strong>de</strong> casos, nos quais são incluí<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as consultas realiza<strong>da</strong>s ao SIAT (Sistema Nacional <strong>de</strong> Informação sobre Agentes<br />

Teratogênicos) a partir <strong>de</strong> 1996 referentes a mulheres que utilizaram misoprostol durante a gestação. Para avaliação <strong>da</strong> taxa e dos<br />

tipos <strong>de</strong> malformações apresenta<strong>da</strong>s pelos fetos expostos realizamos o seguimento <strong>da</strong>s pacientes após o término <strong>da</strong> gestação. Até o<br />

momento foram incluí<strong>da</strong>s 71 consultas realiza<strong>da</strong>s durante a gestação. Destas foi possível realizar seguimento <strong>de</strong> 43 pacientes; em<br />

22 não foi possível contato; e 6 seguimentos ain<strong>da</strong> estão em an<strong>da</strong>mento. Foi observado 1 caso <strong>de</strong> criança com <strong>de</strong>feitos congênitos<br />

maiores, tratando-se <strong>de</strong> um caso <strong>de</strong> Seqüência <strong>de</strong> Moebius. Essa é uma condição clínica muito rara, <strong>de</strong> incidência em torno <strong>de</strong> 1<br />

em ca<strong>da</strong> 50.000 nascimentos. A observação <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>feito, já comprova<strong>da</strong>mente associado à Síndrome do Misoprostol Fetal, indica<br />

que sua incidência em nascidos expostos a este medicamento durante a gravi<strong>de</strong>z po<strong>de</strong> chegar até 2%.<br />

ASPECTOS FARMACOGENÉTICOS DO TRATAMENTO HORMONAL NA MENOPAUSA: INFLUÊNCIA DA<br />

VARIANTE DO GENE DA ENZIMA SULFOTRANSFERASE 1A1 E OS MARCADORES DE RISCO CARDIOVASCULAR.<br />

ANANDA CRISTINE SANTOS GALVÃO; ALMEIDA, S., OSÓRIO-WENDER, M.C., HUTZ, M.H.<br />

O efeito do tratamento hormonal na menopausa (TH) sobre o sistema cardiovascular ain<strong>da</strong> é obscuro, variações genéticas po<strong>de</strong>m<br />

influenciar a resposta ao TH. Polimorfismos em genes que codificam proteínas envolvi<strong>da</strong>s no mecanismo <strong>de</strong> ação e<br />

biotransformação dos estrogênios po<strong>de</strong>m ter uma influência importante sobre características influencia<strong>da</strong>s pelo TH, como os<br />

níveis lipídicos. A enzima sulfotransferase 1A1 (SULT1A1) possui um papel importante durante na biotransformação do<br />

estrogênio. O polimorfismo Arg213His no gene SULT1A1 influencia as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s transcricional e enzimática <strong>de</strong>sta enzima,<br />

porém nunca foi analisado para os aspectos farmacogenéticos do TH. Para investigar sua possível associação com o perfil lipídico<br />

e índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) em mulheres usuárias <strong>de</strong> TH (TH+) e não usuárias <strong>de</strong> TH (TH-) foram analisa<strong>da</strong>s mulheres na<br />

pós-menopausa, <strong>da</strong>s quais 126 estavam utilizando TH por via oral por ao menos 4 meses, e 155 não usuárias <strong>de</strong> TH, to<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> europeus. Os níveis lipídicos foram <strong>de</strong>terminados por métodos padronizados e ajustados por i<strong>da</strong><strong>de</strong> e IMC por<br />

regressão múltipla para as análises. O polimorfismo SULT1A1 foi analisado por PCR-RFLP. As médias <strong>de</strong> IMC, colesterol total,<br />

HDL, LDL e triglicerí<strong>de</strong>os foram comparados separa<strong>da</strong>mente nos grupos TH+ e TH- por ANOVA. As médias dos níveis lipidicos<br />

em mulheres TH+ e TH- não foram estatisticamente diferentes <strong>de</strong> acordo com os genótipos. Os <strong>da</strong>dos obtidos no presente estudo<br />

propõem que a variante Arg213His no gene SULT1A1 não está associa<strong>da</strong> com variações no perfil lipídico em mulheres pósmenopausicas<br />

usuárias e não usuárias <strong>de</strong> tratamento hormonal.<br />

ANÁLISE DE MUTAÇÕES COMUNS EM ALELOS DE PACIENTES BRASILEIROS COM GANGLIOSIDOSE GM1<br />

FABIANA QUOOS MAYER; FERNANDA DOS SANTOS PEREIRA, MARIANA DE SOUZA GOLDIM, URSULA<br />

SILVEIRA MATTE, ROBERTO GIUGLIANI<br />

INTRODUÇÃO: A gangliosidose GM1 é uma doença <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito lisossomal que ocorre <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>ficiência <strong>da</strong> enzima betagalactosi<strong>da</strong>se,<br />

codifica<strong>da</strong> pelo gene GLB1.Este gene está localizado no cromossomo 3p21.33 e contém 16 éxons. Estudos<br />

moleculares têm revelado que, <strong>de</strong>ntre as mutações que po<strong>de</strong>m ocasionar a <strong>de</strong>ficiência, duas são comuns em pacientes brasileiros:<br />

R59H (éxon 2) e 1622-1627insG (éxon 15). O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é verificar a prevalência <strong>de</strong>ssas mutações nos alelos <strong>de</strong><br />

pacientes brasileiros. METODOLOGIA: Neste estudo, foram analisados os alelos <strong>de</strong> 8 pacientes não relacionados, diagnosticados<br />

bioquimicamente como portadores <strong>de</strong> GM1. Os éxons 2 e 15 foram amplificados pela técnica <strong>da</strong> PCR. Para análise <strong>da</strong> mutação

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