Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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201<br />
Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
foi utilizado o método <strong>de</strong> cosinor que faz um ajuste à função sinoi<strong>da</strong>l, avaliando os parâmetros <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong>, acrofase (fase do<br />
ritmo) e percentual <strong>de</strong> ritmici<strong>da</strong><strong>de</strong>. A comparação entre os períodos foi analisa<strong>da</strong> através <strong>de</strong> ANOVA e tukey. Resultados: Os<br />
<strong>da</strong>dos mostram que após a cirurgia houve quebra <strong>de</strong> ritmo, caracteriza<strong>da</strong> pela diminuição do percentual <strong>de</strong> ritmici<strong>da</strong><strong>de</strong> (F=13,6;<br />
p=46,6; p=2,5; pConclusão: Nossos <strong>da</strong>dos mostram uma que<strong>da</strong> <strong>de</strong>sses dois parâmetros rítmicos <strong>de</strong>terminados possivelmente pelo<br />
estresse perioperatório, o que sugere uma alteração no sistema temporizador. Evidências incipientes sugerem que a mu<strong>da</strong>nça<br />
nesses parâmetros po<strong>de</strong> relacionar-se ao estado <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional dos sujeitos. No entanto, ain<strong>da</strong> não se conhece o impacto<br />
<strong>de</strong>ssa ruptura no ritmo circadiano no curso <strong>da</strong> recuperação pós-operatória. Caso se confirme a hipótese <strong>de</strong> que o aumento <strong>da</strong><br />
amplitu<strong>de</strong> e do percentual <strong>de</strong> ritmici<strong>da</strong><strong>de</strong> são expressão <strong>de</strong> melhor condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, essas medi<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>rão ser úteis como<br />
indicadores funcionais no cenário clínico.<br />
AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO TEMPORAL ENTRE O MOMENTO DA ADMINISTRAÇÃO DA BUPIVACAÍNA<br />
ASSOCIADA AO FENTANIL NA RESPOSTA ANALGÉSICA EM OBSTETRÍCIA.<br />
MARIA PAZ LOAYZA HIDALGO; WALESKA SCHNEIDER, MARIA PAZ HIDALGO, WOLNEI CAUMO<br />
Introdução: A cronofarmacodinâmica estu<strong>da</strong> a resposta aos fármacos no curso do dia. Estudos experimentais <strong>de</strong>monstraram que a<br />
toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> e sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> aos anestésicos locais apresentam um padrão tempo-<strong>de</strong>penente. Portanto, nessa coorte avaliou-se a<br />
intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> reposta analgésica no curso <strong>da</strong>s 24 h à bupivacaína 0,5% associa<strong>da</strong> ao fentanil 25 mg por via subaracnói<strong>de</strong>a (BSA)<br />
na analgesia obstétrica. Métodos: Foram incluí<strong>da</strong>s 41 pacientes acima <strong>de</strong> 18 anos, nulíparas, com 37 semanas <strong>de</strong> gestação ou mais<br />
atendi<strong>da</strong>s no CO do HCPA. O <strong>de</strong>sfecho foi a variação nos escores <strong>de</strong> dor na Escala Análogo-Visual. Também se aferiu o tempo<br />
para solicitar a primeira <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> analgésico após o BSA pela mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> patient-controlled analgesia. Resultados e<br />
conclusão: O tempo <strong>de</strong> dor do parto prévio à analgesia 375,63±422,38 min e a EAV <strong>de</strong> dor no baseline 9,04±1,50. O tempo <strong>de</strong><br />
latência entre o BSA e a primeira <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> analgésico foi 59,63±33,96 min. A análise <strong>de</strong> regressão linear múltipla pelo método<br />
stepwise evi<strong>de</strong>nciou que a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta analgésica foi correlaciona<strong>da</strong> com o nível <strong>de</strong> sonolência após o BSA (β= 0,31,<br />
IC 95%= 0,02 a 0,50) e com o horário do BSA (β= -0,30, IC <strong>de</strong> 95% = -0,24 a -0,001). A percentagem <strong>da</strong> variância do <strong>de</strong>sfecho<br />
explica<strong>da</strong> por essas variáveis foi 16% (R2= 0,16; F=4,82; P=0,01). Tendo-se em conta que a hora zero foi à meia-noite, observouse,<br />
portanto, que quando o BSA foi realizado mais precocemente no curso temporal <strong>de</strong> 24 h, maior foi a resposta analgésica. Esse<br />
achado confirma a hipótese <strong>de</strong> que a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> resposta analgésica aos anestésicos locais apresenta um padrão tempo<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />
AVALIAÇÃO DAS QUEIXAS APRESENTADAS POR PUERPERAS NAS PRIMEIRAS 24 HORAS APÓS PARTO<br />
CESÁREO SOB RAQUIANESTESIA<br />
NADIMA VIEIRA TOSCANI; ANA PAULA DA ROSA RODRIGUES; CARLOS EDUARDO BATISTA MARTINS;<br />
LUCIANE FRÖHLICH SILVA; LAURA CRISTINA ELY ZIBETTI; GUSTAVO HENNEMANN; FÁBIO BERTAGNOLLI<br />
LONDERO; FLORENTINO FERNANDES MENDES<br />
INTRODUÇÃO: Dentre as técnicas disponíveis a raquianestesia é técnica anestésica segura e eficiente para ser utiliza<strong>da</strong> durante o<br />
parto por cesariana. Contudo, tratando-se <strong>de</strong> um procedimento invasivo, são esperados efeitos adversos, além <strong>de</strong> recuperação pósparto<br />
mais lenta que a verifica<strong>da</strong> na via vaginal. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>screver as queixas apresenta<strong>da</strong>s por gestantes<br />
submeti<strong>da</strong>s á cesariana sob raquianestesia durante as primeiras 24h após o parto. MÉTODOS: De janeiro a julho <strong>de</strong> 2007, foram<br />
entrevista<strong>da</strong>s 197 pacientes, asa I e II, a entrevista foi realiza<strong>da</strong> entre 18 e 28 horas após a realização <strong>da</strong> cirurgia. O questionário<br />
inquiria inicialmente a presença <strong>de</strong> queixas genéricas e, <strong>de</strong>pois, a presença dos principais sintomas esperados: dor, náuseas,<br />
vômitos, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> respiratória, cefaléia e prurido. RESULTADOS: As pacientes estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s apresentaram média <strong>de</strong> 26,4 ± 6,3<br />
anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. A indicação <strong>de</strong> parto cesário se <strong>de</strong>u principalmente por: <strong>de</strong>sproporção cefalo-pélvica (16,6%), cesárea prévia (15,3<br />
%) falha <strong>da</strong> indução (14,6%), sofrimento fetal (13,7%), outros (40,1%). A raquianestesia foi efetua<strong>da</strong> com morfina (dose média <strong>de</strong><br />
0,096mg) e bupivacaína 0,5% pesa<strong>da</strong> (dose média <strong>de</strong> 12,7mg). A maioria <strong>da</strong>s pacientes não apresentava queixa espontânea<br />
(97,5%). A dor avalia<strong>da</strong> pela escala análogo-visual <strong>de</strong> 0 -10 teve escore médio <strong>de</strong> 2,46 ± 2,27. As náuseas estavam presentes em<br />
33,5% e vômitos em 22,3% casos, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> respiratória não foi referi<strong>da</strong> por nenhuma paciente. A cefaléia foi relata<strong>da</strong> por<br />
17,2% <strong>da</strong>s pacientes. O prurido foi a queixa mais freqüente aparecendo em 53,8% <strong>da</strong>s entrevista<strong>da</strong>s. DISCUSSÃO: Apesar <strong>da</strong> alta<br />
incidência <strong>de</strong> efeitos adversos, as mulheres entrevista<strong>da</strong>s não apresentavam queixas espontâneas. O principal achado foi o prurido,<br />
que é efeito adverso comum após o uso <strong>de</strong> morfina no neuroeixo. A dor relata<strong>da</strong> não foi importante, o que se refletiu na ausência<br />
<strong>de</strong> queixas espontâneas.<br />
ADAPTAÇÃO E VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO NA LÍNGUA PORTUGUESA DO QUESTIONÁRIO DE<br />
COMPORTAMENTO PÓS-HOSPITALAR<br />
DANIELA TCHERNIN WOFCHUK; MAIRA ISIS STANGLER; NADIMA VIEIRA TOSCANI; ANA PAULA DA ROSA<br />
RODRIGUES; CARLOS EDUARDO BATISTA MARTINS; MARIA PAZ LOAYZA HIDALGO; WOLNEI CAUMO<br />
Introdução: No período perioperatório em crianças, a ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> pré-operatória e o surgimento <strong>de</strong> sintomas mal-a<strong>da</strong>ptativos estão<br />
bastante associados, <strong>de</strong>vendo o manejo anestésico visar ambos os <strong>de</strong>sfechos. Existem poucos estudos com tal preocupação em<br />
nosso meio. Com o intuito <strong>de</strong> obter um instrumento que avaliasse os <strong>da</strong>nos psicológicos em crianças após hospitalização, Vernon<br />
et al <strong>de</strong>senvolveram um questionário abrangendo aspectos comportamentais <strong>da</strong> criança: o Posthospital Behavior Questionaire.<br />
Justificativa: Trata-se <strong>de</strong> um instrumento amplamente utilizado em estudos que avaliam <strong>de</strong>sfechos pós-operatórios em crianças.<br />
Portanto, se faz necessária sua tradução e vali<strong>da</strong>ção ao português, para que possamos realizar estudos em nosso meio, visando<br />
melhorar tais aspectos. Objetivo: Produzir um instrumento a<strong>da</strong>ptado e vali<strong>da</strong>do ao português do Brasil, com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para<br />
avaliar corretamente alterações comportamentais em crianças no período pós-operatório. Materiais e Métodos: As quatro<br />
primeiras etapas eram parte do protocolo sugerido por Reichenheim et al para tradução e a<strong>da</strong>ptação <strong>de</strong> instrumentos. Decidimos<br />
também proce<strong>de</strong>r a uma quinta etapa, estabeleci<strong>da</strong> por Grossi et al, na qual é realiza<strong>da</strong> a vali<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> escala frente aos seus<br />
usuários. Nesta etapa, 30 familiares <strong>de</strong> pacientes pediátricos, em consulta ambulatorial, preencheram uma escala análogo-visual