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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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276<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

Psicologia do Desenvolvimento Humano<br />

AVALIAÇÃO DA CONFLITIVA EDÍPICA EM PRÉ-ESCOLARES<br />

FERNANDO BASSO; MARIA LUCIA TIELLET NUNES<br />

A fase pré-escolar é fun<strong>da</strong>mental para a inserção <strong>da</strong> criança no mundo social. Segundo o referencial psicanalítico, a criança<br />

enfrenta a conflitiva edípica, sendo a mesma o organizador primário <strong>de</strong> todo o processo <strong>de</strong> socialização. Durante esse processo <strong>da</strong><br />

conflitiva edípica, a menina consi<strong>de</strong>ra-se aquilo que seu pai mais ama, o menino enxerga a mãe como sendo exclusivi<strong>da</strong><strong>de</strong> sua; a<br />

criança apresenta impulsos amorosos com relação ao genitor do sexo oposto e impulsos agressivos em direção aquele do mesmo<br />

sexo, temendo punição por tais <strong>de</strong>sejos. Essa vivência <strong>da</strong> criança com seus pais influencia sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> posterior <strong>de</strong> estabelecer<br />

relacionamentos afetivos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o fenômeno <strong>da</strong> conflitiva edípica em pré-escolares e para<br />

estu<strong>da</strong>r este conflito psíquico é possível utilizar testes psicológicos projetivos, através do qual o estímulo externo – o teste- po<strong>de</strong><br />

produzir verbalizações reveladoras <strong>de</strong> fantasias e <strong>de</strong>fesas. O Teste <strong>da</strong>s Fábulas é a<strong>de</strong>quado visto <strong>de</strong>tectar o <strong>de</strong>senvolvimento típico<br />

e crises situacionais, através <strong>de</strong> curtas historietas <strong>de</strong> fim aberto. A pesquisa contempla 142 sujeitos pré-escolares escolhidos por<br />

conveniência, constituído por 68 meninos e 74 meninas com i<strong>da</strong><strong>de</strong> que estão na faixa <strong>de</strong> três anos a seis anos e onze meses. Para a<br />

análise <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, os cálculos envolvem levantamento <strong>de</strong> freqüências <strong>de</strong> respostas, sendo que as verbalizações recebem valores<br />

para <strong>de</strong>signar em que ponto do processo a criança se encontra: tema do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> união familiar (valor 1), tema <strong>da</strong> vivência <strong>da</strong><br />

impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tal união (valor 2) e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> reparação (valor 3). Os resultados encontrados apresentam diferença<br />

significativa entre grupos etários: crianças <strong>de</strong> mais i<strong>da</strong><strong>de</strong> (5 anos a 6 anos e 11 meses) estão mais adianta<strong>da</strong>s na vivência edípica<br />

do que crianças <strong>de</strong> menor i<strong>da</strong><strong>de</strong> (3 anos a 4 anos e 11 meses) (Mann Whitney Test = 0,1568 p= 0,08), o que está <strong>de</strong> acordo com os<br />

pressupostos psicanalíticos acerca do Complexo <strong>de</strong> Édipo.<br />

TESTE GESTÁLTICO VISOMOTOR BENDER INFANTIL E TIPOS DE ERROS MAIS COMUNS EM CRIANÇAS<br />

CRISTIANE FRIEDRICH FEIL; ROSELAINE BERENICE FERREIRA DA SILVA; MARIA LUCIA TIELLET NUNES<br />

Introdução: O Teste Gestáltico Visomotor <strong>de</strong> Ben<strong>de</strong>r foi construído por Lauretta Ben<strong>de</strong>r, em 1938, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar a<br />

maturação neurológica <strong>da</strong> criança. Elisabeth Koppitz (1989) padronizou um sistema <strong>de</strong> correção. Esse sistema <strong>de</strong> correção<br />

prioriza a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> criança, tentando i<strong>de</strong>ntificar a maturação visomotora. Objetivos: Os objetivos <strong>de</strong>sse estudo é verificar os tipos<br />

<strong>de</strong> erros mais comuns cometidos pelas crianças nas figuras do teste. Material e Método: Os <strong>da</strong>dos são oriundos <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong><br />

arquivo <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> avaliação psicológica, com uma amostra <strong>de</strong> 608 crianças, meninos e meninas, com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre 5 anos e<br />

11 anos e 6 meses. Foram analisa<strong>da</strong>s as aplicações do instrumento, com vistas a i<strong>de</strong>ntificar os erros mais comuns ocorridos nas<br />

figuras do Teste Ben<strong>de</strong>r. Os <strong>da</strong>dos foram analisados por estatística <strong>de</strong>scritiva <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong> erros mais comuns. Resultados: Os<br />

erros significativos mais encontrados foram nas Figuras 7 (distorção <strong>da</strong> forma) com 79,9%, a figura 8 (distorção <strong>da</strong> forma) com<br />

74,5% e a figura 7 (rotação) com 73,8%. A variável i<strong>da</strong><strong>de</strong> parece ser importante na realização do teste, pois crianças entre 5 e 6<br />

anos apresentaram maior percentual <strong>de</strong> erros quando compara<strong>da</strong>s a crianças maiores <strong>de</strong> 10 e 11 anos que apresentam menor<br />

número <strong>de</strong> erros (x²= 0,92509; p=0,000).Conclusão: Concluímos acerca <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> que algumas crianças têm na cópia <strong>de</strong><br />

figuras que envolvam ângulos <strong>de</strong>vido à maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> visomotora não estar completa.<br />

PENSANDO A PRÁTICA PSICOLÓGICA NA UNIDADE DE ONCO-PEDIATRIA: LIMITAÇÕES DO FAZER<br />

TERAPÊUTICO<br />

ADRIANE GONÇALVES SALLE; ALINE MOCELIN; CAROLINA GASI; JOANA PLENTZ; JÚLIA HERMEL; PAULA<br />

MOUSQUER<br />

Diante do contexto hospitalar, no qual questões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m médica são prioritárias, o psicólogo se <strong>de</strong>para com situações que po<strong>de</strong>m<br />

ou não se tornar obstáculos em sua prática clínica (MORETTO, 2001). Este trabalho tem como objetivo refletir acerca <strong>de</strong><br />

limitações psicoterápicas encontra<strong>da</strong>s no quotidiano <strong>de</strong>sta prática em uma Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Oncologia Pediátrica <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um hospital<br />

geral. Baseando-se na análise <strong>de</strong> conteúdo (Bardin, 1977), utilizou-se <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong> experiência e entrevistas para categorizar os<br />

principais <strong>de</strong>safios. Assim, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>screver a ausência <strong>de</strong> setting estruturado, a freqüência e duração <strong>de</strong> internações do paciente,<br />

a interferência <strong>de</strong> procediamentos médicos no atendimento, a influência do terapeuta na associação livre do paciente e, em última<br />

instância, a morte do paciente. Conclui-se que o psicólogo po<strong>de</strong> trabalhar mesmo com as limitações existentes no hospital,<br />

a<strong>da</strong>ptando sua prática sem, entretanto, abandonar seus preceitos éticos e teóricos.<br />

PSICOTERAPIA NA ADOLESCÊNCIA: DESAFIOS<br />

ADRIANE GONÇALVES SALLE; SILVA, CAROLINA SCHNEIDER; HERMEL, JÚLIA SCHNEIDER; PINTO, BRUNA<br />

CAMPOS<br />

A adolescência é um período do <strong>de</strong>senvolvimento humano caracterizado por mu<strong>da</strong>nças físicas, psicológicas e sociais que<br />

permitem ao indivíduo amadurecer e construir uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> para a vi<strong>da</strong> adulta. A psicoterapia na adolescência possibilita a<br />

organização <strong>de</strong>ssas mu<strong>da</strong>nças e as transformações dos conceitos infantis (Bee,1997; Osório,1992; Zimerman,1999). O presente<br />

trabalho visa uma reflexão acerca dos <strong>de</strong>safios encontrados na psicoterapia com adolescentes. Essa reflexão está basea<strong>da</strong> nos<br />

atendimentos <strong>de</strong> adolescentes com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre 12 e 20 anos, que freqüentam o ambulatório <strong>de</strong> psicoterapia <strong>de</strong> um hospital geral<br />

<strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. Utilizou-se entrevistas <strong>de</strong> psicoterapia, e relatos <strong>de</strong> experiências para realizar a análise <strong>de</strong><br />

conteúdo(Bardin,1977), categorizando os <strong>da</strong>dos obtidos em quatro eixos: indicação terapêutica, a<strong>de</strong>são, freqüência e abandono.<br />

Esses eixos se interligam, na medi<strong>da</strong> em que se sobrepõem e se complementam, mostrando os <strong>de</strong>safios na psicoterapia com<br />

adolescentes. Assim, uma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> indicação terapêutica pressupõe uma tendência a uma boa a<strong>de</strong>são, diminuindo o número <strong>de</strong>

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