14.09.2015 Views

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

197<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

O RISCO DE DEFEITOS CONGÊNITOS NO USO GESTACIONAL DE INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA<br />

SEROTONINA<br />

LARA MOMBELLI; VITOR BOSCHI; JULIANO PERUZZO; LAVÍNIA SCHÜLER-FACCINI; MARIA TERESA V.<br />

SANSEVERINO; ALBERTO MANTOVANI ABECHE<br />

INTRODUÇÃO: Os transtornos <strong>de</strong>pressivos ocorrem com prevalência alta em mulheres durante a i<strong>da</strong><strong>de</strong> reprodutiva. O uso <strong>de</strong><br />

inibidores seletivos <strong>da</strong> recaptação <strong>da</strong> serotonina (ISRS) tem se difundido como uma alternativa terapêutica eficaz e segura. Seu<br />

uso na gravi<strong>de</strong>z, entretanto, é sempre motivo <strong>de</strong> preocupação tanto do médico como <strong>da</strong> gestante. OBJETIVOS: O objetivo <strong>de</strong>ste<br />

trabalho foi avaliar prospectivamente consultas ao SIAT (Serviço Nacional <strong>de</strong> Informações sobre Agentes Teratógenos) em<br />

<strong>de</strong>corrência do uso <strong>de</strong> ISRS durante a gravi<strong>de</strong>z no período <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2003 a Dezembro <strong>de</strong> 2006. METODOLOGIA: Os<br />

seguimentos <strong>da</strong>s consultas foram realizados pessoalmente ou através <strong>de</strong> telefonemas, e-mails e fax aos respectivos consulentes.<br />

Os <strong>da</strong>dos colhidos foram referentes ao resultado <strong>da</strong> gestação, às características <strong>da</strong> criança ao nascimento (peso, estatura, perímetro<br />

cefálico e torácico, apgar no 1º e no 5º minutos), a possíveis complicações, intercorrências e malformações. Foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s<br />

perdi<strong>da</strong>s as consultas nas quais não foi possível obter os <strong>da</strong>dos, seja através <strong>da</strong>s pacientes ou dos médicos. RESULTADOS: Neste<br />

período foram registra<strong>da</strong>s 157 consultas sobre ISRS na gravi<strong>de</strong>z, <strong>da</strong>s quais 54 seguimentos foram bem sucedidos, 83 estão em<br />

an<strong>da</strong>mento e 20 foram perdidos. Nenhuma malformação foi relata<strong>da</strong>. CONCLUSÃO: Apesar <strong>da</strong> amostra ain<strong>da</strong> ser pequena, não<br />

há evi<strong>de</strong>ncias <strong>de</strong> um risco teratogênico maior <strong>de</strong>corrente do uso <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> medicações na gravi<strong>de</strong>z. A literatura médica atual<br />

discute os riscos e benefícios dos tratamentos <strong>de</strong> transtornos psiquiátrico na gravi<strong>de</strong>z, mas a maioria <strong>de</strong>stes aponta os ISRS como<br />

medicações <strong>de</strong> escolha para tratamento <strong>de</strong> transtornos <strong>de</strong>pressivos.<br />

Cirurgia Gastroenterológica<br />

COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS PRECOCES E TARDIAS EM PACIENTES COM CÂNCER DE ESÔFAGO<br />

SUBMETIDOS À ESOFAGECTOMIA<br />

RICARDO FILIPE ROMANI; FELIPE VÉRAS ARSEGO; ALICE FISCHER; RAFAEL SANTANA MELO; MARIANA<br />

BLANCK ZILIO; CLEBER ROSITO PINTO KRUEL; ANDRÉ RICARDO PEREIRA DA ROSA; RICHARD<br />

RICACHENEVSKY GURSKI; CARLOS CAUDURO SCHIRMER; CLEBER DARIO PINTO KRUEL<br />

Introdução. A esofagectomia para o câncer <strong>de</strong> esôfago apresenta eleva<strong>da</strong> morbi-mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>. O conhecimento <strong>de</strong> suas<br />

complicações é importante para preveni-las e também para intervir precocemente no seu curso clínico. Objetivo. I<strong>de</strong>ntificar as<br />

principais complicações pós-operatórias precoces e tardias nos pacientes com câncer do esôfago torácico submetidos à<br />

esofagectomia. Materiais e métodos. Nos anos <strong>de</strong> 2004 a 2006, 41 pacientes consecutivos com diagnóstico <strong>de</strong> câncer do esôfago<br />

torácico foram submetidos à esofagectomia. Foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s complicações pós-operatórias precoces aquelas relaciona<strong>da</strong>s com<br />

o procedimento cirúrgico ocorri<strong>da</strong>s durante a internação hospitalar e complicações pós-operatórias tardias aquelas diagnostica<strong>da</strong>s<br />

durante o seguimento ambulatorial, após a alta hospitalar. Resultados. Dos 41 pacientes, 9,8% foram submetidos à esofagectomia<br />

transtorácica e 90,2% à esofagectomia transiatal. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média foi 59,4 anos, sendo 32 pacientes do sexo masculino e 9 do sexo<br />

feminino. O tipo histológico mais freqüente foi o epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> (68,3%) e o a<strong>de</strong>nocarcinoma (31,7%). A principal causa <strong>de</strong> morte<br />

pós-operatória foi sepse secundária à infecção respiratória e mediastinite. As complicações pós-operatórias precoces mais<br />

freqüentes foram: infecção respiratória simples (43,9%), fístula <strong>da</strong> anastomose esôfago-gástrica cervical (43,9%), infecção do<br />

trato urinário (22%) e infecção <strong>de</strong> feri<strong>da</strong> operatória (17,1%). A complicação pós-operatória tardia mais encontra<strong>da</strong> foi estenose <strong>da</strong><br />

anastomose esôfago-gástrica cervical (55,5%). Conclusão. A esofagectomia para o câncer <strong>de</strong> esôfago apresenta complicações pósoperatórias<br />

precoces e tardias passíveis <strong>de</strong> serem preveni<strong>da</strong>s e diagnostica<strong>da</strong>s precocemente. Chama a atenção que as<br />

complicações pós-operatórias mais freqüentes não estão associa<strong>da</strong>s à mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por outro lado, a sepse é a causa mais<br />

significativa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

RESULTADOS PRECOCES E TARDIOS DA ANASTOMOSE ESÔFAGO-GÁSTRICA CERVICAL NAS<br />

ESOFAGECTOMIAS POR CÂNCER DE ESÔFAGO<br />

ALICE FISCHER; FELIPE VÉRAS ARSEGO; RICARDO FILIPE ROMANI; RAFAEL SANTANA MELO; MARIANA<br />

BLANCK ZILIO; CLEBER ROSITO PINTO KRUEL; ANDRÉ RICARDO PEREIRA DA ROSA; RICHARD<br />

RICACHENEVSKY GURSKI; CARLOS CAUDURO SCHIRMER; CLEBER DARIO PINTO KRUEL<br />

Introdução: A <strong>de</strong>iscência <strong>da</strong> anastomose esôfago-gástrica cervical após esofagectomia para o câncer <strong>de</strong> esôfago torácico constitui<br />

uma complicação freqüente, causando <strong>de</strong>sconforto para o paciente e retar<strong>da</strong>ndo o início <strong>da</strong> dieta por via oral. Objetivos: Os<br />

principais objetivos <strong>de</strong>sse estudo foram verificar a incidência precoce e tardia <strong>de</strong>ssa complicação e i<strong>de</strong>ntificar fatores associados a<br />

ela. Materiais e métodos: Nos anos <strong>de</strong> 2004 a 2006, 41 pacientes consecutivos com diagnóstico <strong>de</strong> câncer do esôfago torácico<br />

foram submetidos à esofagectomia transtorácica com gastroplastia cervical ou à esofagectomia transiatal com gastroplastia<br />

cervical. Preferencialmente, foi realiza<strong>da</strong> a anastomose primária. A anastomose retar<strong>da</strong><strong>da</strong> foi utiliza<strong>da</strong> nos casos em que havia<br />

dúvi<strong>da</strong> quanto à irrigação sangüínea do fundo gástrico após a transposição do estômago para a região cervical. Resultados: Dos 41<br />

pacientes, 9,8% foram submetidos à esofagectomia transtorácica e 90,2% à esofagectomia transiatal. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média foi <strong>de</strong> 59,4<br />

anos, sendo 32 pacientes do sexo masculino e 9 do sexo feminino. O tipo histológico mais freqüente foi o epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> (68,3%),<br />

seguido pelo a<strong>de</strong>nocarcinoma (31,7%). Os pacientes foram classificados em estágios I (12,2%), II (34,1%), III (48,8%) e IV<br />

(4,9%). A mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> pós-operatória foi <strong>de</strong> 12,2% e, entre os pacientes em estágios I e II, foi <strong>de</strong> 5,26%. A incidência <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>iscência diagnostica<strong>da</strong> clinicamente foi <strong>de</strong> 60% após anastomose primária e <strong>de</strong> 28,6% após anastomose retar<strong>da</strong><strong>da</strong>. A estenose<br />

tardia ocorreu em 58,8% e em 52,6% <strong>da</strong>s anastomoses primária e retar<strong>da</strong><strong>da</strong>, respectivamente. Conclusão: A <strong>de</strong>iscência <strong>da</strong><br />

anastomose esôfago-gástrica cervical após esofagectomia constitui um problema <strong>de</strong> difícil prevenção e manejo. A utilização <strong>da</strong><br />

anastomose retar<strong>da</strong><strong>da</strong> reduz a incidência <strong>de</strong> fístulas e <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como opção cirúrgica.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!