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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

ATIVIDADE ATPÁSICA NA RECONSTRUÇÃO ÓSSEA EM CALOTA CRANIANA DE RATOS COM USO DE OSSO<br />

LIOFILIZADO E CÉLULAS EMBRIONÁRIAS<br />

CARMEN PILLA; RICARDOSCHNEIDER , CIRO PORTINHO<br />

Estudos experimentais para reconstrução <strong>de</strong> enxertos ósseos, <strong>de</strong>vido a per<strong>da</strong> por ressecções ou malformações congênitas, são um<br />

<strong>de</strong>safio na cirurgia reparadora. A formação do tecido ósseo é complexa e está associa<strong>da</strong> à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fosfatase alcalina e por isso<br />

tem sido usa<strong>da</strong> com marcador do processo <strong>de</strong> calcificação. Este processo é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> ATP e sugere que uma<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ATPásica po<strong>de</strong> participar <strong>de</strong>ste processo. O objetivo foi verificar se calotas cranianas <strong>de</strong> ratos transplanta<strong>da</strong>s com<br />

células embrionárias apresentam uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ATPásica. A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ATPásica foi <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> com a medi<strong>da</strong> do fosfato<br />

inorgânico liberado após a hidrólise do ATP pelo método <strong>de</strong> Chan e colaboradores e a fosfatase alcilna com kit comercial Sera<br />

Pak® . Como material foram utiliza<strong>da</strong>s calotas cranianas trata<strong>da</strong>s com células embrionárias antes e após serem enxerta<strong>da</strong>s. A<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ATPásica foi avalia<strong>da</strong> em 23 amostras <strong>de</strong> calotas cranianas, dividi<strong>da</strong>s em dois grupos, 12 com osso liofilizado prétratados<br />

com células tronco (0,92 mU/mg <strong>de</strong> proteína; ± 1,54) e 11 amostras, após oito semanas <strong>de</strong> enxerto (12,16 mU/mg <strong>de</strong><br />

proteína; ± 11,64). Os resultados mostraram diferença significativa entre as amostras pré e pós enxerto em 8 semanas. Não foi<br />

encontra<strong>da</strong> correlação entre a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ATPásica e a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fosfatase alcalina. O uso <strong>de</strong> osso liofilizado adicionado <strong>de</strong><br />

células embrionárias, já havia sido <strong>de</strong>monstrado anteriormente que houve melhora significativa na resposta <strong>da</strong> regeneração óssea<br />

quando compara<strong>da</strong> ao uso do osso liofilizado.Este estudo piloto mostrou uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ATPásica significativamente maior na<br />

calota óssea após oito semanas <strong>de</strong> enxerto indicando que também po<strong>de</strong> estar envolvi<strong>da</strong> no processo <strong>de</strong> calcificação do osso.<br />

Estudos posteriores <strong>de</strong>vem ser feitos para caracterizar esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> como ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> apirásica e conhecer o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro papel <strong>de</strong>sta<br />

enzima na formação do tecido ósseo.<br />

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MÉTODO MOLECULAR (REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE) E MÉTODOS<br />

CULTURAIS (RADIOMÉTRICO E FLUORIMÉTRICO) PARA DIAGNÓSTICO DE MICOBACTÉRIAS.<br />

ALICE BEATRIZ MOMBACH PINHEIRO MACHADO; ALVES, DIRCE M.; WILLERS, DENISE M. C.; DE-PARIS, F.;<br />

BARTH, AFONSO L.<br />

Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa <strong>de</strong> alta morbi-mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>. A co-infecção pelo vírus HIV representa o<br />

principal fator do aumento <strong>da</strong> incidência <strong>da</strong> doença. O gênero Mycobacterium é dividido em dois grupos principais: complexo<br />

Mycobacterium tuberculosis e micobactérias não tuberculosas (NTM). Objetivo: Comparar duas metodologias Bactec® 460 TB<br />

(radiométrico) e Bactec MGIT® 960 (fluorimétrico) com técnica molecular (reação em ca<strong>de</strong>ia <strong>da</strong> polimerase PCR). Materiais e<br />

Métodos: Foram estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s 174 amostras (lavado broncoalveolar, lavado gástrico, <strong>de</strong>rrame pleural, líquido <strong>de</strong> ascite, liquor,<br />

linfonodo, fragmento <strong>de</strong> biópsia, abcesso, líquido sinovial, <strong>de</strong>rrame pericárdico, aspirado brônquico), encaminha<strong>da</strong>s ao Serviço <strong>de</strong><br />

Patologia Clínica do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> (HCPA). To<strong>da</strong>s as amostras foram submeti<strong>da</strong>s ao nested-PCR com o<br />

primer 65KDa comum a diversas micobactérias e nas que apresentaram positivi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi usado o primer IS6110, específico para<br />

Mycobacterium tuberculosis. Em relação aos métodos culturais, 55 amostras foram avalia<strong>da</strong>s somente pelo método cultural<br />

radiométrico, outras 55 pelo método fluorimétrico e 64 foram analisa<strong>da</strong>s por ambos. Resultados: Na comparação dos métodos<br />

culturais houve 100% <strong>de</strong> concordância. A PCR apresentou sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 72,7% e especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 100% em relação ao<br />

método radiométrico e sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 80% e especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 98,2% em relação ao método fluorimétrico. Discussão: O método<br />

cultural apresenta como <strong>de</strong>svantagem o tempo necessário para seu resultado. A técnica nested PCR padroniza<strong>da</strong> no HCPA,<br />

apresentou resultados <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> compatíveis com <strong>da</strong>dos citados pela literatura, no entanto, casos negativos<br />

na técnica <strong>da</strong> PCR necessitam ser confirmado por método cultural.<br />

DISSEMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS β-LACTÂMICOS MEDIADA PELO GENE MECA NOS<br />

STAPHYLOCOCCUS SPP COAGULASE NEGATIVA<br />

ALICE BEATRIZ MOMBACH PINHEIRO MACHADO; KELI CRISTINA REITER: RODRIGO MINUTO PAIVA, AFONSO<br />

LUÍS BARTH<br />

Introdução: Staphylococcus spp coagulase-negativa (SCoN) são causa comum <strong>de</strong> bacteremias. Apresentam tendência a<br />

<strong>de</strong>senvolver resistência a múltiplos antibióticos e quando resistentes à meticilina são consi<strong>de</strong>rados resistentes a todos antibióticos<br />

β lactâmicos. Objetivos: Determinar a resistência a meticilina media<strong>da</strong> pelo gene mecA e a eficiência dos discos <strong>de</strong> cefoxitina e<br />

oxacilina para caracterizar a resistência à meticilina em SCoN. Materiais e Métodos: 181 SCoN <strong>de</strong> hemoculturas consecutivas<br />

provenientes do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> foram analisa<strong>da</strong>s para <strong>de</strong>tecção <strong>da</strong> resistência à meticilina por PCR para o<br />

gene mecA e teste <strong>de</strong> disco difusão (DD) <strong>de</strong> cefoxitina e oxacilina. As espécies foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s por PCR (gene tuf) para o<br />

S.epi<strong>de</strong>rmidis e pelo MINI-API BioMerieux®. Resultados: A prevalência do gene mecA foi <strong>de</strong> 71,3%. A sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do teste<br />

DD <strong>de</strong> cefoxitina e oxacilina para to<strong>da</strong>s espécies <strong>de</strong> SCoN foi <strong>de</strong> 100% e 98,4%, respectivamente e a especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 93% e<br />

89,3%. Entre os isolados obteve-se 64% <strong>de</strong> S.epi<strong>de</strong>rmidis, 10% S.hominis, 8,8% S. haemolyticus e 7,7% S. capitis. A<br />

percentagem <strong>de</strong> isolados positivos para o gene mecA foi maior para S.haemolyticus, seguido pelo S. epi<strong>de</strong>rmidis e S. hominis. Os<br />

SCoN resistentes à meticilina apresentaram um nível <strong>de</strong> resistência maior a todos os antibióticos não β-lactâmicos quando<br />

comparados com os SCoN sensíveis à meticilina, exceto para doxiciclina.Discussão: O teste DD com cefoxitina apresentou<br />

melhor resultado para <strong>de</strong>terminar a resistência media<strong>da</strong> pelo gene mecA. A distribuição do gene mecA entre as espécies indicou<br />

que o S.haemolyticus foi a espécie mais resistente aos antibióticos β-lactâmicos. Isolados com gene mecA são mais resistentes aos<br />

antibióticos não β-lactâmicos que os sem o gene mecA.

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