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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Pediatria B<br />

123<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

ÍNDICE DE MORTALIDADE PEDIÁTRICA E TEMPO DE PERMANÊNCIA EM UTI PEDIÁTRICA TERCIÁRIA<br />

EVANDRO BARBIERI; PAULO ROBERTO ANTONACCI CARVALHO, RICARDO MOMBELLI FILHO, ELIANA A.<br />

TROTTA<br />

Objetivos: Avaliar o risco <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> na admissão <strong>de</strong> pacientes <strong>da</strong> UTI pediátrica do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> em<br />

relação ao tempo <strong>de</strong> permanência na uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Métodos: Estudo transversal observacional baseado no registro <strong>de</strong> admissão <strong>de</strong><br />

pacientes e no banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> UTI, <strong>de</strong> característica multidisciplinar. Foram estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s as variáveis gerais dos pacientes<br />

admitidos no período <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2003 a 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005, bem como o tempo <strong>de</strong> permanência na UTI e o índice <strong>de</strong><br />

mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> pediátrica (PIM-2). A amostra foi dividi<strong>da</strong> em dois grupos, <strong>de</strong> acordo com a mediana <strong>de</strong> permanência na UTI: grupo<br />

1 – menor ou igual à mediana e grupo 2 – maior que a mediana. Os pacientes também foram classificados em 10 categorias <strong>de</strong><br />

risco <strong>de</strong> morte: 50%. Para comparação <strong>da</strong>s mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>s observa<strong>da</strong> e espera<strong>da</strong>, foi empregado o teste goodness-of-fit <strong>de</strong> Hosmer-<br />

Lemeshow (calibração) e a área sob a curva ROC (discriminação) para o PIM-2. A performance geral do índice foi avalia<strong>da</strong> pela<br />

SMR (Stan<strong>da</strong>rdized Mortality Ratio).Resultados: Foram avaliados 1155 pacientes, sendo 573 no grupo 1 e 582 no grupo 2, <strong>de</strong><br />

acordo com a mediana <strong>de</strong> permanência na UTI, <strong>de</strong> 3,8 dias (IQ 1,9 – 8,1 dias). A maioria dos pacientes (54%) foi do sexo<br />

masculino, com mediana <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 14 meses (IQ 4 – 61) e taxa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 10,8%. Na comparação entre os grupos, o<br />

teste <strong>de</strong> discriminação foi semelhante para ambos; o teste <strong>de</strong> calibração do grupo 1 mostrou melhor performance que o do grupo 2,<br />

corroborado pela SMR mais próxima <strong>de</strong> 1,0 naquele grupo. Conclusões: a discriminação entre os sobreviventes e nãosobreviventes<br />

<strong>da</strong> UTI foi mais próxima <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> no grupo 1, indicando que o risco <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (PIM-2) tem maior<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> predição quanto menor a permanência na UTI.<br />

INFLUÊNCIA DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) E SEDENTARISMO DOS PAIS E HISTÓRIA FAMILIAR DE<br />

HIPERTENSÃO (HAS) SOBRE O IMC E A PRESSÃO ARTERIAL (PA) DE CRIANÇAS SAUDÁVEIS DE 2-6 ANOS<br />

NOEMIA PERLI GOLDRAICH; CARMEN PILLA; MARCELA BIERNAT<br />

Objetivo: avaliar a influência no IMC e na PA <strong>de</strong> crianças saudáveis do: (1) IMC e se<strong>de</strong>ntarismo dos pais; (2) história familiar <strong>de</strong><br />

HAS; (3) IMC <strong>da</strong> criança. Material: 216 crianças (112 meninas, 104 meninos) e 359 pais (199 mães/160 pais). Método: o IMC foi<br />

calculado. Para a interpretação, foram usa<strong>da</strong>s as tabelas WHO-2006 para crianças < 60 meses e as do CDC-2000 para as > 60<br />

meses. Consi<strong>de</strong>rou-se num único grupo as crianças com sobrepeso e obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A história familiar <strong>de</strong> HAS (pais/avós) e <strong>da</strong>dos <strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física dos pais foram obtidos através <strong>de</strong> questionário objetivo. Resultados: IMC -Grupo com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> 24-60 meses<br />

(n=58): aumentado em 16 (28%) <strong>da</strong>s crianças e, em 25/53 (47%) <strong>da</strong>s mães e, em 22/48 (46%) dos pais. Grupo com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> 60-<br />

87meses (n=158): aumentado em 51 (32%) <strong>da</strong>s crianças e, em 60/135 (44%) <strong>da</strong>s mães e, em 76/112 (68%) dos pais. Médias <strong>da</strong><br />

PA (mmHg): Grupo com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> 24-60 meses com IMC normal: 91,09 + 5,71 (sistólica) e 55,51 + 8,33 (diastólica) – com IMC<br />

aumentado: 92,06 + 6,68 (sistólica) e 55,23 + 7,41 (diastólica). Grupo com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> 60-87meses com IMC normal: 92,63 + 5,79<br />

(sistólica) e 55,08 + 8,13 (diastólica) - com IMC aumentado: 100,15 + 6,02 (sistólica) e 58,98 + 7,76 (diastólica). Houve<br />

associação (p=0,032) entre aumento no IMC dos pais e aumento do IMC no grupo > 60meses. O se<strong>de</strong>ntarismo dos pais não<br />

influenciou o IMC <strong>da</strong>s crianças. Houve associação (p < 0,001) entre PA e IMC no grupo > 60 meses. A história familiar não<br />

influenciou a PA. Conclusão: para agir positivamente nos níveis <strong>de</strong> PA <strong>da</strong>s crianças é necessário prevenir o aumento do IMC<br />

antes dos 60 meses.<br />

AVALIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA EDUCATIVA PARA PROMOÇÃO DE PRÁTICAS ADEQUADAS EM RELAÇÃO<br />

AO POSICIONAMENTO DO BEBÊ NO BERÇO<br />

ROBERTO MÁRIO SILVEIRA ISSLER; ELSA REGINA JUSTO GIUGLIANI, PAULO JOSÉ CAUDURO MARÓSTICA,<br />

ADRIANA ROSA MILANI, ANELISE SCHIFINO WOLMEISTER, BIANCA FERNANDES SARTURI, DANIELA<br />

OLIVERIA PIRES, DANUSA GRAEFF CHAGAS PINTO, LUIS FELIPE SILVA SMIDT, MANOELA CHITOLINA<br />

VILETTI, MATEUS BREITENBACH SCHERER<br />

A Síndrome <strong>da</strong> Morte Súbita do Lactente (SMSL) é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como a morte no leito <strong>de</strong> um bebê menor <strong>de</strong> um ano, sem motivo<br />

aparente e com necropsia inespecífica. A prevalência <strong>da</strong> SMSL no Brasil é estima<strong>da</strong> em 1,5 /1000 bebês nascidos vivos. Sabe-se<br />

que o posicionamento do bebê no berço é um fator associado à mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por SMSL. Em diversos países do mundo as mães são<br />

orienta<strong>da</strong>s para colocar seus bebês para dormir em seus berços em posição supina. Em nosso país pouco é feito para a prevenção<br />

<strong>da</strong> SMSL. Objetivos Avaliar o impacto <strong>de</strong> uma estratégia educativa para promover conhecimentos e práticas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s sobre<br />

posição correta do bebê no berço. Material e métodos De setembro <strong>de</strong> 2005 a setembro <strong>de</strong> 2006 foram aloca<strong>da</strong>s 233 mães <strong>de</strong><br />

recém-nascidos normais na Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. As mães eram randomiza<strong>da</strong>s para dois grupos.<br />

O grupo intervenção recebia, além <strong>da</strong> orientação rotineira, uma orientação verbal e um folheto sobre a posição correta do bebe no<br />

berço – em posição supina.O grupo controle recebia a orientação rotineira <strong>da</strong> equipe <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. No 3º. e 6º. mês <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do bebê<br />

era feita uma visita domiciliar, quando a mãe <strong>de</strong>monstrava qual a posição que o bebê era colocado para dormir. Resultados e<br />

conclusões Após análise estatística, apenas a orientação recebi<strong>da</strong> no hospital foi a variável que se mostrou significativa em relação<br />

à posição do bebê no berço. Na visita <strong>de</strong> 3º. mês, 43% <strong>da</strong>s mães do grupo intervenção colocavam o bebê para dormir em posição<br />

supina, contra 24% do grupo controles (p = 0,009). As mães que receberam orientação e o folheto tinham uma chance 1,6 vez<br />

maior <strong>de</strong> colocar seus bebês para dormir na posição supina do que as mães que receberam a orientação <strong>da</strong> Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> do HCPA.<br />

Concluímos que a intervenção promoveu mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> conhecimentos e práticas <strong>da</strong>s mães sobre como posicionar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente o<br />

bebê no berço.

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