Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DA HEMOGLOBINA S<br />
SIMONE MARTINS DE CASTRO; ANA PAULA SANTIN; SANDRINE COMPARSI WAGNER, CARINA ZALESKI,<br />
VANUSA MANFREDINI, MARA BENFATO.<br />
A hemoglobina S (HbS) resulta <strong>da</strong> troca <strong>de</strong> nucleotí<strong>de</strong>o (GAGàGTG) no códon 6 do gene <strong>da</strong> globina, levando à substituição do<br />
ácido glutâmico por valina na ca<strong>de</strong>ia beta <strong>da</strong> globina. A hemoglobina mutante possui proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s físico-químicas bastante<br />
diferentes <strong>da</strong> hemoglobina normal, <strong>de</strong>vido à per<strong>da</strong> <strong>de</strong> duas cargas elétricas. Apesar <strong>de</strong> ser possível a diferenciação pelos métodos<br />
eletroforéticos, algumas variantes apresentam comportamento eletroforético similar, por possuir proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s bioquímicas muito<br />
semelhantes, como é o caso <strong>da</strong>s hemoglobinas S e D, dificultando o correto diagnóstico. O presente estudo objetivou a<br />
padronização <strong>da</strong> técnica <strong>de</strong> PCR para a caracterização molecular <strong>da</strong> hemoglobina S. Para as análises moleculares, o DNA foi<br />
extraído pelo método <strong>de</strong> Miller e col.,1988 e o éxon 1 do gene <strong>da</strong> globina beta foi amplificado, através <strong>da</strong> reação em ca<strong>de</strong>ia <strong>da</strong><br />
polimerase. O produto amplificado <strong>de</strong> 382 pb foi digerido com a enzima <strong>de</strong> restrição D<strong>de</strong> I, e o produto <strong>da</strong> digestão submetido à<br />
eletroforese em gel <strong>de</strong> agarose 1,5%. Foram analisa<strong>da</strong>s 61 amostras <strong>de</strong> sangue periférico <strong>de</strong> pacientes proce<strong>de</strong>ntes do Laboratório<br />
<strong>de</strong> Hemoglobinopatias <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia-UFRGS com os seguintes perfis hemoglobínicos: Hb AS (37), Hb SS (16), Hb<br />
SC (6), Hb SD (1) e Hb AA(1). A mutação no códon 6, elimina um sítio <strong>de</strong> restrição <strong>da</strong> D<strong>de</strong> I, assim após a digestão o alelo<br />
normal gera três fragmentos <strong>de</strong> 78, 201 e 88 pb, enquanto o alelo mutante gera dois, um <strong>de</strong> 288 e outro <strong>de</strong> 87 pb. Ca<strong>da</strong><br />
metodologia utiliza<strong>da</strong> para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s variantes <strong>de</strong> hemoglobinas apresenta limitações. Desse modo, faz-se necessária a<br />
utilização <strong>de</strong> técnicas clássicas associa<strong>da</strong>s a estudos moleculares para a i<strong>de</strong>ntificação acura<strong>da</strong> <strong>de</strong>ssas hemoglobinas anormais,<br />
fornecendo suporte pra um diagnóstico correto e tratamento eficaz.<br />
AVALIAÇÃO DO USO DE CÉLULAS DE MEDULA EM MODELO ANIMAL DE LESÃO HEPÁTICA AGUDA INDUZIDA<br />
POR PARACETAMOL<br />
MARIA CRISTINA RAMOS BELARDINELLI; PEREIRA,F; BALDO,G; KIELING, CO; SILVEIRA,TR; DUARTE,ME;<br />
MEURER,L; GIUGLIANI,R; MATTE,U.<br />
Introdução: A Falência Hepática Fulminante (FHF) é uma grave complicação que acomete vários erros inatos do metabolismo<br />
(EIM), atingindo especialmente as crianças e neonatos. FHF é caracteriza<strong>da</strong> por uma per<strong>da</strong> rápi<strong>da</strong> <strong>da</strong> função hepática, com alta<br />
taxa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e morbi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Diversos estudos ocorrem <strong>de</strong>vido a <strong>da</strong>nos causados principalmente por medicamentos, entre eles<br />
o paracetamol, sendo o transplante <strong>de</strong> fígado necessário para estes pacientes. Trabalhos têm mostrado a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s células <strong>de</strong><br />
medula adultas <strong>de</strong> se diferenciar em hepatócitos, sugerindo seu uso para reverter quadros <strong>de</strong> lesão hepática. Objetivos: No estudo<br />
atual nós testamos o uso <strong>da</strong> fração mononuclear <strong>de</strong> células <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>da</strong> medula, melhorar a sobrevi<strong>da</strong> do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
acetaminofem (APAP) induzir FLF nos ratos. Materiais e Métodos: Fêmeas foram submeti<strong>da</strong>s a uma FHF através <strong>da</strong><br />
administração intraperitoneal <strong>de</strong> dose única <strong>de</strong> paracetamol (1g/kg), em animais submetidos a um tratamento prévio com<br />
fenobarbital. Células foram extraí<strong>da</strong>s <strong>da</strong> medula <strong>de</strong> ratos machos e a fração mononuclear foi separa<strong>da</strong> por gradiente <strong>de</strong> FICOLL,<br />
cora<strong>da</strong> com DAPI e injeta<strong>da</strong> na veia porta <strong>de</strong> 39 animais 24 horas após a lesão numa concentração <strong>de</strong> 1x107 células/mL. Como<br />
grupo controle 24 ratas receberam o mesmo volume <strong>de</strong> solução salina (grupo sham). Resultados: O grupo sham apresentou uma<br />
sobrevi<strong>da</strong> <strong>de</strong> 33%, enquanto o grupo tratado 64% no período <strong>de</strong> 72 horas pós lesão. A análise do tecido hepático do grupo tratado<br />
apresentou menores características histológicas <strong>de</strong> lesão hepática e maior índice mitótico, revelando também presença <strong>de</strong> células<br />
fluorescentes, DAPI positivas. A sobrevi<strong>da</strong> 72h após a lesão hepática foi <strong>de</strong> 33% para o grupo sham e 64% para o grupo tratado<br />
com células <strong>de</strong> medula. Conclusões: A eficácia e segurança <strong>de</strong>ste procedimento sugere a utilização <strong>de</strong> células <strong>de</strong> medula como<br />
uma possível alternativa terapêutica para o tratamento <strong>de</strong> falência hepática agu<strong>da</strong>.<br />
MONITORAMENTO DO NÍVEL SÉRICO DE TRANSFORMING GROWTH FACTOR BETA 1 (TGF BETA 1) EM UM<br />
MODELO ANIMAL DE FIBROGÊNESE HEPÁTICA<br />
FERNANDA DOS SANTOS DE OLIVEIRA; MARIAH RESENDE, CAIO MELO, CAROLINA URIBE, URULA MATTE,<br />
THEMIS REVERBEL DA SILVEIRA<br />
O Fator <strong>de</strong> Crescimento Transformante (Transforming Growth Factor Beta 1, TGF Beta 1) é uma citocina envolvi<strong>da</strong> em processos<br />
patogênicos cujo <strong>de</strong>sfecho envolva fibrose. Muitos estudos apontam esta molécula como sendo uma peça chave no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> fibrose hepática. O objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi monitorar os níveis séricos <strong>de</strong> TGF Beta 1 em um mo<strong>de</strong>lo<br />
animal <strong>de</strong> fibrogênese hepática por Tetracloreto <strong>de</strong> Carbono (CCl4). Ratos Wistar <strong>de</strong> 2 meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e pesando entre 250 e 300g<br />
foram submetidos ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> fibrose hepática por ingestão <strong>de</strong> CCl4 tetracloreto <strong>de</strong> carbono na proporção <strong>de</strong> ml/kg em presença<br />
<strong>de</strong> restrição alimentar ( 16,5 g <strong>de</strong> ração/rato/dia) e fenobarbital (350mg/L) na água <strong>de</strong> beber, que foi ofereci<strong>da</strong> ad libitum. Os<br />
animais foram sacrificados após 6, 10 e 12 semanas para coleta <strong>de</strong> sangue e tecido. Os níveis séricos <strong>de</strong> TGF Beta 1 foram<br />
quantificados por ELISA, utilizando kit comercial. Os fígados foram analisados por coloração <strong>de</strong> hematoxilina-eosina. Foi<br />
observado aumento <strong>de</strong> TGF Beta 1 na sexta e décima semana do mo<strong>de</strong>lo experimental. Na décima segun<strong>da</strong> semana, os níveis <strong>de</strong><br />
TGF Beta 1 diminuíram, aproximando-se dos valores normais, apesar <strong>de</strong> os animais apresentarem cirrose bem estabeleci<strong>da</strong> à<br />
análise histológica. Estes resultados po<strong>de</strong>m ser explicados pelo fato <strong>de</strong> que a cirrose leva à redução do número <strong>de</strong> células que<br />
compõem o parênquima hepático e secretam essa citocina.<br />
REVERSION OF ACTIVATED PHENOTYPE IN GRX CELLS USING RNAI FOR TGF-BETA1: PRELIMINARY RESULTS<br />
FERNANDA DOS SANTOS DE OLIVEIRA; URIBE C, REZENDE M, GIUGLIANI R, MEURER L, SILVEIRA TR, MATTE<br />
U<br />
TGF-Beta is a cytokine involved in cellular proliferation and differentiation. Its pro-fibrogenic role in liver is well established in<br />
the priming and maintenance of the activated phenotype hepatic stellate cells. In this study the cell line GRX was used as mo<strong>de</strong>l<br />
for activated hepatic stellate cells. To inhibit TGF-Beta1 expression a plasmid containing the short hairpin interfering RNA<br />
(shRNAi) for TGF-Beta1 (pSUPER-TGFb) was transferred to GRX cells using liposomes. Control plasmid (pSUPER without