Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
SULFATO FERROSO: AVALIAÇÃO DAS PRESCRIÇÕES DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS QUANTO ÀS<br />
ORIENTAÇÕES SOBRE ADMINISTRAÇÃO COM ALIMENTOS<br />
MARIANE MARTINS DA SILVA; LUCIANA DOS SANTOS; JACQUELINE K MARTINBIANCHO<br />
Introdução: O tratamento <strong>da</strong> anemia ferropênica se dá através <strong>da</strong> reposição oral <strong>de</strong> ferro. Os cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> administração, para se<br />
evitar interações com alimentos com diminuição na absorção, garantirão maior eficiência no tratamento. Objetivo: Verificar se as<br />
orientações quanto administração <strong>de</strong> sulfato ferroso estão <strong>de</strong>scritas nas prescrições. Método: Realizou-se um estudo transversal,<br />
acompanhando-se prescrições médicas <strong>da</strong> internação pediátrica do HCPA, <strong>de</strong> outubro a novembro <strong>de</strong> 2005. Incluiu-se pacientes<br />
<strong>de</strong> 6 meses até 14 anos. A ca<strong>da</strong> verificação <strong>de</strong> prescrição, observou-se cui<strong>da</strong>dos quanto à administração do medicamento com<br />
alimentos. Após, realizou-se intervenção farmacêutica com equipes, através <strong>de</strong> folha alerta do serviço <strong>de</strong> farmácia, informando o<br />
efeito <strong>da</strong> interação e o manejo <strong>de</strong> administração do ferro. Resultados: Acompanhou-se 263 pacientes, 147 (56%) do sexo<br />
masculino e 116 (44%) do feminino. Média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 4,5 anos. Destes, 30 (11,4%) estavam em uso <strong>de</strong> sulfato ferroso. Das 1292<br />
prescrições verifica<strong>da</strong>s, 161 (12,5%) estavam relaciona<strong>da</strong>s com o medicamento, com média <strong>de</strong> itens <strong>de</strong> 9,5. Quanto à<br />
administração, 15 (50%) estavam recebendo por via oral, 10 (33%) por son<strong>da</strong> e 5 (17%) eventualmente recebiam por via oral e<br />
son<strong>da</strong>. Aproxima<strong>da</strong>mente 87% não tinham as orientações <strong>de</strong>scritas nas prescrições. Após as intervenções farmacêuticas, realizouse<br />
novo acompanhamento com 489 pacientes, 33 em uso <strong>de</strong> sulfato ferroso. Das 205 prescrições analisa<strong>da</strong>s, 128 (62,4%)<br />
apresentavam orientações quanto à administração, justificando-se uso <strong>da</strong> folha alerta <strong>da</strong> farmácia. Conclusões: A intervenção do<br />
farmacêutico po<strong>de</strong> auxiliar na prevenção <strong>da</strong>s interações fármaco-alimento através <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação e orientação quanto ao uso<br />
seguro e eficaz dos medicamentos, minimizando possíveis efeitos produzidos.<br />
ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DOS USUÁRIOS DO SUS EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE<br />
LOCALIZADA EM UMA CIDADE NO VALE DO TAQUARI-RS.<br />
TIZIANE STRAPASSON; ALICIA DEITOS; ANA CLÁUDIA DE SOUZA; CARLA KAUFFMANN; FERNANDA<br />
MARCOLIN; GRABRIELA LASTE; RODRIGO HILGEMANN; LUCIANA CARVALHO FERNADES; IRACI LUCENA DA<br />
SILVA TORRES.<br />
A Assistência Farmacêutica compreen<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo farmacêutico e outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
volta<strong>da</strong>s à promoção, proteção e recuperação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, tanto no nível individual como coletivo. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi<br />
analisar a assistência farmacêutica presta<strong>da</strong> aos usuários do SUS em uma Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> médio porte, situa<strong>da</strong> em<br />
um município localizado no Vale do Taquari-RS, com uma população <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 20.000 habitantes. Esse trabalho foi aprovado<br />
pelo Comitê <strong>de</strong> Ética Institucional. A amostra compreen<strong>de</strong>u 1% <strong>da</strong> população do município. Sendo este um estudo transversal, foi<br />
aplicado um questionário previamente testado, no período <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007, totalizando 254 entrevistas. Os <strong>da</strong>dos foram<br />
analisados através do programa Epi Info versão 3.3.5 <strong>de</strong> 2005. Observou-se que a i<strong>da</strong><strong>de</strong> média dos entrevistados foi <strong>de</strong> 44,3 anos.<br />
69,2% dos entrevistados eram do sexo feminino, 65,2% possuem ensino fun<strong>da</strong>mental incompleto e 80,2% dos usuários relataram<br />
ren<strong>da</strong> familiar <strong>de</strong> 1 a 3 salários mínimos. A maioria dos usuários (53,4%) utiliza a farmácia do posto uma vez por mês. Quanto à<br />
percepção do atendimento, 76,3% o consi<strong>de</strong>ram bom. Sobre a entrega <strong>de</strong> medicamentos, 96% relataram que a farmácia não realiza<br />
a entrega sem apresentação <strong>da</strong> prescrição médica. Gran<strong>de</strong> parcela dos usuários (54,5%) não sabe quem dispensou o medicamento.<br />
16,6% costum am parar <strong>de</strong> usar medicamentos por conta própria e, quando is! so acontece, 11,5% relataram agravar a patologia.<br />
57,3% guar<strong>da</strong>m medicamentos <strong>de</strong> forma ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, sendo que, 77,1% não receberam informações <strong>de</strong> como guardá-los. Os<br />
resultados obtidos <strong>de</strong>monstram que a maioria dos usuários possui baixa escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> e ren<strong>da</strong> familiar. Com isso, é possível inferir<br />
que a falta <strong>de</strong> vínculo com quem dispensa o medicamento associa<strong>da</strong> aos <strong>da</strong>dos sócio-econômicos <strong>da</strong> população estu<strong>da</strong><strong>da</strong> e a<br />
escassez <strong>de</strong> informações sobre os medicamentos prescritos, po<strong>de</strong> gerar o uso irracional dos mesmos.<br />
ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM FARMÁCIAS PÚBLICAS E PRIVADAS DO VALE DO TAQUARI<br />
GABRIELA LASTE; TIZIANE STRAPASSON, MORETE LISA KARRER, ALÍCIA DEITOS, ANA CLÁUDIA DE SOUZA,<br />
RODRIGO HILGEMANN, FERNANDA MARCOLIN, CARLA KAUFFMANN, LUÍS CÉSAR DE CASTRO, IRACI<br />
LUCENA DA SILVA TORRES, LUCIANA CARVALHO FERNANDES.<br />
Assistência Farmacêutica (AF) é um grupo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s relaciona<strong>da</strong>s com o medicamento, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a apoiar as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>man<strong>da</strong><strong>da</strong>s por uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Esse estudo tem por objetivo avaliar a AF em farmácias públicas e priva<strong>da</strong>s do Vale do<br />
Taquari (VT) – RS, etapas <strong>de</strong> armazenamento e dispensação, analisando também a infra-estrutura física, a aplicação <strong>de</strong> injetáveis<br />
e o fracionamento <strong>de</strong> medicamentos. A amostra <strong>de</strong>ste trabalho foi constituí<strong>da</strong> por 10% <strong>da</strong>s Farmácias Públicas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> município<br />
participante. A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi realiza<strong>da</strong> em 8 municípios. A seleção <strong>da</strong>s Farmácias Priva<strong>da</strong>s seguiu o seguinte critério: foram<br />
analisa<strong>da</strong>s 100% <strong>da</strong>s farmácias, quando no município existiam até quatro e 10% quando existiam mais <strong>de</strong> quatro, sendo, neste<br />
caso, seleciona<strong>da</strong>s as mais próximas <strong>da</strong>s farmácias públicas. A coleta dos <strong>da</strong>dos foi realiza<strong>da</strong> através <strong>de</strong> questionário estruturado.<br />
Verificou-se que 87,5% <strong>da</strong>s farmácias públicas e 93,3% <strong>da</strong>s priva<strong>da</strong>s possuem boas condições infra-estruturais e higiênicosanitárias.<br />
A aplicação <strong>de</strong> injetáveis é realiza<strong>da</strong> por 33,3% <strong>da</strong>s farmácias priva<strong>da</strong>s. O fracionamento <strong>de</strong> medicamentos é realizado<br />
por 75% dos estabelecimentos públicos e 33,3% dos privados, porém nenhum realiza o procedimento <strong>de</strong> acordo com as Boas<br />
Práticas <strong>de</strong> Fracionamento. Em relação à disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> medicamentos essenciais nas farmácias públicas observou-se que<br />
50% dos estabelecimentos disponibilizavam 100% dos itens pesquisados e que na maioria <strong>de</strong>stes estabelecimentos (90%), estes<br />
eram similares. Apenas uma farmácia pública (12,5%) era assisti<strong>da</strong> por farmacêutico, enquanto 14 estabelecimentos privados<br />
(93,3%) apresentavam este profissional. Os <strong>da</strong>dos obtidos <strong>de</strong>monstram que existem ina<strong>de</strong>quações nas farmácias pesquisa<strong>da</strong>s e,<br />
ain<strong>da</strong>, geram a hipótese que a presença do farmacêutico po<strong>de</strong> contribuir para a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes estabelecimentos,<br />
uma vez que este é o profissional capacitado para gerenciar o ciclo <strong>da</strong> AF.