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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

sérios, que são assim classificados em função <strong>da</strong> conseqüência resultante <strong>de</strong>sse evento. Um EA sério implica em morte,<br />

hospitalização, prolongamento <strong>de</strong>ssa ou outra conseqüência relevante. Em relação à previsibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, os EAs previstos são aqueles<br />

que já estão <strong>de</strong>scritos na literatura. EA imprevisto, é qualquer experiência nociva que ain<strong>da</strong> não esteja relata<strong>da</strong>. Quanto à<br />

causali<strong>da</strong><strong>de</strong>, por convenção, um EA po<strong>de</strong> estar associado com a intervenção realiza<strong>da</strong>, sendo classificado como: <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>,<br />

provável, possível, improvável, condicional e não-classificável (OMS). Quanto à ocorrência, os EAs, são consi<strong>de</strong>rados como<br />

muito comuns, quando a freqüência é igual ou maior que 10,00%; comuns, <strong>de</strong> 1,00% a 10,00%; incomuns, <strong>de</strong> 0,10% à 1,00%;<br />

raros, <strong>de</strong> 0,01% à 0,10%; e muito raros, menor que 0,01%. A importância <strong>da</strong> harmonização do vocabulário na comunicação <strong>de</strong><br />

EAs é fun<strong>da</strong>mental para evitar a utilização equivoca<strong>da</strong> <strong>de</strong> palavras com sentido confuso ou ambíguo.<br />

MORTE COMO PROCESSO DA VIDA: RELATO DE DIFERENTES DENOMINAÇÕES RELIGIOSAS E CULTURAIS E<br />

SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A PRÁTICA MÉDICA.<br />

JENNIFER BRAATHEN SALGUEIRO; MARCIA MOCELLIN RAYMUNDO; ANA PAULA KURZ DE BÔER; JOSÉ<br />

ROBERTO GOLDIM<br />

A morte é um tema instigante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios <strong>da</strong> civilização, sendo caracteriza<strong>da</strong> historicamente <strong>de</strong> diversas maneiras. Na<br />

I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média a morte era menos oculta<strong>da</strong>, pois o morrer era público em contraste com a atuali<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong> se busca a privaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

neste momento. A espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma característica do ser, que busca um sentido para a vi<strong>da</strong> e nos conecta com o próximo. Ela<br />

po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a construir uma visão <strong>de</strong> mundo coerente e confortar no momento <strong>da</strong> morte. O objetivo do trabalho foi verificar como<br />

as diferentes <strong>de</strong>nominações religiosas e culturais vêem a morte. Foram convi<strong>da</strong>dos <strong>de</strong>zesseis li<strong>de</strong>ranças representativas <strong>da</strong>s<br />

principais <strong>de</strong>nominações religiosas, os indígenas (guaranis e caigangues) e os Ciganos Rom a serem entrevistados sobre diversas<br />

questões bioéticas, no período <strong>de</strong> 2003 a 2005. As entrevistas foram grava<strong>da</strong>s, transcritas e revisa<strong>da</strong>s. Para este trabalho retirou-se<br />

<strong>de</strong>ste material os itens relacionados ao tema Morte. Po<strong>de</strong>mos observar que basicamente o fenômeno <strong>da</strong> morte po<strong>de</strong> ser visto como<br />

uma etapa <strong>de</strong> um processo, que po<strong>de</strong> continuar nos dias subseqüentes, ou como um evento único, o final <strong>de</strong>sta vi<strong>da</strong>. Consi<strong>de</strong>ram a<br />

morte como processo: os Budistas Tibetanos, os Espíritas, os Hinduístas, as Religiões Afro e os Indígenas, enquanto os Católicos,<br />

os Luteranos, as Testemunhas <strong>de</strong> Jeová, os Santos dos Últimos Dias e a Ciência Cristã a consi<strong>de</strong>ram como um evento.<br />

Compreen<strong>de</strong>r a visão <strong>da</strong> morte nas diversas <strong>de</strong>nominações auxilia em cui<strong>da</strong>dos paliativos, nos procedimentos terminais e na<br />

compreensão do processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre temas como a eutanásia, a doação <strong>de</strong> órgãos e a necropsia, facilitando o<br />

diálogo entre os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os pacientes e/ou familiares. Apoio financeiro: FIPE-HCPA<br />

REDE NACIONAL DE PESQUISA CLÍNICA: IMPLANTANDO BOAS PRÁTICAS CLÍNICAS COMO GARANTIA DE<br />

ADEQUAÇÃO DOS PROJETOS DE PESQUISA<br />

LICIANE DA SILVA COSTA; LISSANDRA DAL LAGO; FERNANDA FONTELLA; MARIA APARECIDA LIMA DA<br />

SILVA; MATHIAS BRESSEL; JOAÉ ROBERTO GOLDIM<br />

A Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pesquisa Clínica em Hospitais <strong>de</strong> Ensino é uma iniciativa conjunta dos Ministérios <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e<br />

<strong>da</strong> Ciência e Tecnologia que visa um novo mo<strong>de</strong>lo institucional <strong>de</strong> pesquisa clínica voltado às reais necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Sistema<br />

Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, que está sendo implementado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, em 19 hospitais <strong>de</strong> ensino brasileiros. Neste projeto, o Centro <strong>de</strong><br />

Pesquisa Clínica do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> (HCPA/UFRGS), em conjunto com o <strong>Hospital</strong> Universitário <strong>de</strong> Santa<br />

Maria (HUSM/UFSM), com a colaboração do Laboratório <strong>de</strong> Pesquisa em Bioética e Ética na Ciência do HCPA, têm um projeto<br />

<strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> Boas Práticas Clínicas. As boas práticas clínicas (Good Clinical Practice - GCP) são <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s<br />

como um padrão <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> internacional ético e científico para o <strong>de</strong>senho, a condução, o registro e a publicação <strong>de</strong> estudos<br />

clínicos que envolvam a participação <strong>de</strong> seres humanos. Com o cumprimento <strong>de</strong>ste padrão, além dos princípios e normas<br />

estabeleci<strong>da</strong>s pelas Resoluções do Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CNS – CONEP) e <strong>da</strong> Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária<br />

(ANVISA), tem-se a garantia <strong>de</strong> que os direitos, a segurança e o bem-estar dos sujeitos <strong>de</strong> pesquisa são preservados, e <strong>de</strong> que os<br />

<strong>da</strong>dos publicados a partir <strong>de</strong>ssas pesquisas po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como confiáveis. Inicialmente, este curso será viabilizado no<br />

próprio HCPA e, futuramente, ser disponibilizado, via educação à distância, para to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais instituições participantes,<br />

através <strong>de</strong> seus gestores e bolsistas, além <strong>de</strong> ser oferecido a todos os pesquisadores e estu<strong>da</strong>ntes interessados ou envolvidos com<br />

pesquisa clínica. Com isto preten<strong>de</strong>mos garantir um padrão <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> na elaboração e condução <strong>de</strong> estudos clínicos,<br />

especialmente os conduzidos na própria Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Pesquisa Clínica.<br />

CAPACITAÇÃO SOBRE CONFIDENCIALIDADE E PRIVACIDADE DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE<br />

LICIANE DA SILVA COSTA; JENNIFER B. SALGUEIRO; MARCIA RAYMUNDO; JOSÉ ROBERTO GOLDIM<br />

O HCPA oferece, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997, cursos <strong>de</strong> Capacitação sobre Preservação <strong>de</strong> informações. Nestes 10 anos <strong>de</strong> cursos, foram<br />

capacitados mais <strong>de</strong> 1480 funcionários <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, apoio técnico e administrativas. Os temas propostos abor<strong>da</strong>m questões<br />

<strong>de</strong> Bioética relaciona<strong>da</strong>s ao cotidiano profissional na instituição.Objetivamos avaliar os padrões <strong>de</strong> conhecimentos referentes à<br />

preservação <strong>de</strong> informações dos funcionários do HCPA. A amostra foi constituí<strong>da</strong> por 222 participantes distribuídos em 10 turmas<br />

do curso realiza<strong>da</strong>s em 2006. No início e no término <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, foram distribuídos testes (pré e pós-teste) que abor<strong>da</strong>vam<br />

questões referentes à preservação <strong>de</strong> informações no contexto hospitalar.Os resultados mostraram que as respostas do pré-teste<br />

<strong>de</strong>monstraram 82% dos participantes dominando o conceito <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong>. 84% <strong>de</strong>sconhecem o número provável <strong>de</strong><br />

acessos,entre profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e funcionários administrativos, ao prontuário em um hospital Universitário. Em relação à<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações conti<strong>da</strong>s no prontuário, 70% enten<strong>de</strong>m que estas são <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do paciente. No pós-teste, 99%<br />

dos participantes concor<strong>da</strong>m que a preservação <strong>de</strong> informações é uma obrigação legal aos profissionais envolvidos no<br />

atendimento. Apenas 19% dos participantes não consi<strong>de</strong>ram quebra <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong> a troca <strong>de</strong> informações entre um<br />

profissional envolvido e outro não envolvido no atendimento.O padrão <strong>de</strong> respostas no pré e pós-teste <strong>de</strong>monstrou que os<br />

participantes do curso, <strong>de</strong> uma forma geral, apresentam conhecimentos estruturados em relação à preservação <strong>de</strong> informações em<br />

um contexto hospitalar. A estruturação <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Educação Continua<strong>da</strong> para profissionais que atuam no âmbito hospitalar<br />

é fun<strong>da</strong>mental para enfatizar a importância <strong>da</strong> confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> privaci<strong>da</strong><strong>de</strong>.

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