Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
ESPAÇO DE REFLEXÃO TEÓRICA DO NÚCLEO DE SERVIÇO SOCIAL: ESTRATÉGIA DE CONSTRUÇÃO DA PRÁXIS<br />
EM SAÚDE<br />
MARISA CAMARGO; PATRÍCIA MELOTTO; FERNANDA GUEDES SILVA; CARLA MAGALI CAPITÂNIO; ROSANA<br />
PASTORINI; THAÍSA TEIXEIRA CLOSS; ROSANA LAMPERT; RUTH PINGRET MINCARONI DOS SANTOS<br />
Introdução: Os seminários <strong>de</strong> reflexão teórica do Núcleo <strong>de</strong> Serviço Social fazem parte do programa <strong>de</strong> Residência Integra<strong>da</strong> em<br />
Saú<strong>de</strong> do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Escola Murialdo e Escola <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública/RS, integrando resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> primeiro e segundo ano e<br />
supervisor. Objetivos: Refletir acerca dos processos <strong>de</strong> trabalho do Assistente Social na saú<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as expressões<br />
<strong>da</strong> questão social que influenciam no processo <strong>de</strong> produção e reprodução social; incentivar o trabalho interdisciplinar, articulado<br />
com a re<strong>de</strong>, a intersetoriali<strong>da</strong><strong>de</strong> e contemplando a integrali<strong>da</strong><strong>de</strong>; reconhecer as formas <strong>de</strong> participação social na saú<strong>de</strong> para<br />
fortalecimento <strong>da</strong> resistência social diante <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais; socializar e refletir acerca <strong>da</strong>s experiências entre resi<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> primeiro e segundo ano e oportunizar espaços para discussão e produções coletivas com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> qualificar o processo<br />
<strong>de</strong> formação e ensino. Metodologia: Encontros semanais, com duração <strong>de</strong> 04 horas, aulas expositivo-dialoga<strong>da</strong>s, dinâmicas <strong>de</strong><br />
grupo, estudos dirigidos, seminários, trabalhos <strong>de</strong> campo, palestras com convi<strong>da</strong>dos e trabalhos em pequenos grupos com vistas à<br />
discussão dos processos <strong>de</strong> trabalho do Assistente Social no âmbito <strong>da</strong> atenção básica em saú<strong>de</strong>. Resultados: A relevância <strong>da</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> se traduz na construção coletiva <strong>de</strong> novos conhecimentos, fortalecimento do sentimento <strong>de</strong> pertença ao grupo e dos<br />
aspectos subjetivos que permeiam as relações que se produzem nesse espaço. Conclusões: O espaço permite problematizar o papel<br />
<strong>da</strong> articulação profissional na operacionalização dos processos <strong>de</strong> trabalho junto ao Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, tencionando as<br />
discussões em torno do trabalho cotidiano, produção e reprodução social <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
NOTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES E VIOLÊNCIAS COM IDOSOS E A ARTICULAÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS<br />
MARISA CAMARGO; PATRÍCIA KRIEGER GROSSI; ANA LUIZA TROIS DE MIRANDA; HELOÍSA BARRILI; NADINE<br />
GAVSKI<br />
Introdução: A implantação <strong>da</strong> re<strong>de</strong> informatiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> Observatórios <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes e Violências em hospitais do Estado do Rio<br />
Gran<strong>de</strong> do Sul com serviço <strong>de</strong> urgência e emergência, teve como objetivo criar um sistema <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong><br />
caráter sentinela <strong>de</strong> informações sobre eventos e fatores <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong> associados às causas externas <strong>de</strong> morbimortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
população. Objetivo: Investigar a relação entre o processo <strong>de</strong> notificação dos aci<strong>de</strong>ntes e violências com idosos e a articulação <strong>da</strong><br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços em Caxias do Sul e Guaíba/RS, a fim <strong>de</strong> contribuir na compreensão dos aci<strong>de</strong>ntes e violências, fatores <strong>de</strong> risco e<br />
proteção e fornecer subsídios para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e violências.<br />
Metodologia: Estudo quanti-qualitativo, interdisciplinar e interinstitucional envolvendo a Pontifícia Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica do Rio<br />
Gran<strong>de</strong> do Sul e a Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Para a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos utilizará o Relatório Individual <strong>de</strong> Notificação dos<br />
Aci<strong>de</strong>ntes e Violência (2001 – 2007); entrevistas com idosos atendidos nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> por situação <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e/ou<br />
violências; familiares/cui<strong>da</strong>dores <strong>de</strong> idosos; grupo focal com idosos <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> e convivência; e,<br />
questionário aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para divulgação <strong>da</strong> notificação; sendo a análise <strong>de</strong> conteúdo realiza<strong>da</strong> com base em Bardin<br />
(1977). Resultados: Em Caxias do Sul no período <strong>de</strong> 2007, i<strong>de</strong>ntificou-se que 66% do total <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> estão notificando<br />
aci<strong>de</strong>ntes e violências; e, em Guaíba – 36%. Conclusões: Em julho <strong>de</strong> 2007, realizou-se encontro <strong>de</strong> sensibilização com<br />
representantes dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e Conselhos Municipais do Idoso para divulgar a proposta, estabelecer parcerias e mapear a<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção ao idoso nos municípios <strong>da</strong> amostra.<br />
VIOLÊNCIA SEXUAL INTRAFAMILIA E O TRABALHO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR COMO INSTRUMENTO DE<br />
PROTEÇÃO À CRIANÇA<br />
MYRIAM FONTE MARQUES; EDILA SALVAGNI; SIMONE ALGERI; MÁRCIA QUAGLIA; SHEILA ALMOAQUERG;<br />
DANIELA MULLER; MICHELE CSORDAS; RÚBIA STEIN; MARIA REGINA AZAMBUJA<br />
A violência é uma <strong>da</strong>s principais causas <strong>de</strong> morte <strong>de</strong> crianças e configura-se como um grave problema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública. Apesar<br />
dos diferentes tipos <strong>de</strong> violência praticados apresentarem características comuns, é importante <strong>de</strong>finir ca<strong>da</strong> violência exerci<strong>da</strong>,<br />
uma vez que isso trás implicações relativas à i<strong>de</strong>ntificação e manejo <strong>da</strong> problemática. O trabalho é um relato <strong>de</strong> experiência <strong>de</strong><br />
violência sexual contra criança que foi i<strong>de</strong>ntificado no âmbito hospitalar, através <strong>da</strong> intervenção interdisciplinar realiza<strong>da</strong> pelo<br />
Programa <strong>de</strong> Proteção à Criança do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas. Com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> romper o ciclo abusivo instaurado, <strong>de</strong>screve-se o<br />
trabalho <strong>de</strong>senvolvido no sentido <strong>de</strong> diagnóstico e atendimento <strong>da</strong> criança e sua família. O estudo é <strong>de</strong>scritivo exploratório, tipo<br />
Estudo <strong>de</strong> Caso, realizado através <strong>de</strong> uma abor<strong>da</strong>gem interdisciplinar baseado no mo<strong>de</strong>lo histórico Crítico, segundo (Guerra,<br />
1998). São <strong>de</strong>scritas to<strong>da</strong>s as etapas <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> criança e família, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o rompimento do segredo até os encaminhamentos<br />
legais indicados.Comprova-se a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> que envolve o atendimento dos casos <strong>de</strong> violência sexual intrafamiliar e a<br />
importância <strong>da</strong> intervenção interdisciplinar.A violência sexual intrafamiliar contra a criança é a que vem revesti<strong>da</strong> <strong>de</strong> maior<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para a i<strong>de</strong>ntificação e prevenção, pois o abusador, na maioria <strong>da</strong>s vezes, é pessoa <strong>da</strong>s relações familiares <strong>da</strong> vítima.<br />
Constitui um tipo <strong>de</strong> violência que ultraja as regras <strong>de</strong> convívio sociocultural e apresenta poucos casos notificados se comparados<br />
com o número real <strong>de</strong> ocorrências. É uma situação que exige dos profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> competência técnica e<br />
conhecimento científico, sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, senso <strong>de</strong> ética e um real comprometimento com a <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> Proteção Integral dos Direitos<br />
<strong>da</strong> Criança.<br />
O ATENDIMENTO GRUPAL COMO MODALIDADE DE INTERVENÇÃO SOCIAL NA UNIDADE DE ONCOLOGIA<br />
PEDIÁTRICA - 3º LESTE DO HC<br />
NARA SUZETE FORTES SUTIL; GENEVIÈVE LOPES PEDEBOS; MARCIA DE CASTRO QUAGLIA<br />
A revelação do diagnóstico <strong>de</strong> câncer infantil provoca profun<strong>da</strong>s alterações no núcleo familiar, tais como, a divisão dos pais entre<br />
a casa e o hospital; a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar o filho doente e, ao mesmo tempo, cui<strong>da</strong>r dos outros filhos; a preocupação com<br />
a gerência do lar; o afastamento do trabalho ou a conciliação entre emprego e cui<strong>da</strong>dos com o doente; a que<strong>da</strong> do po<strong>de</strong>r aquisitivo;<br />
o crescimento <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas; a alteração <strong>da</strong>s rotinas, hábitos e horários e o afastamento do convívio social. A família passa a