Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
Psicologia<br />
A INTERVENÇÃO PSICOTERÁPICA EM UM PACIENTE PÓS-CIRÚRGICO<br />
PAULA OLIVEIRA GUIMARÃES DA SILVA; RITA GOMES PRIEB; MARIANA MORENA RAMOS GARRIDO<br />
A reabilitação do paciente pós-cirúrgico requer uma melhora <strong>de</strong> seus sintomas físicos e psicológicos, na qual a psicoterapia breve<br />
focal <strong>de</strong> orientação analítica auxilia na recuperação psíquica do enfermo. Conforme Romano (1999), há uma ampla varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
reações psicodinâmicas que acompanham a enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou a cirurgia, que po<strong>de</strong>m estar associa<strong>da</strong>s à ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. O<br />
objetivo <strong>de</strong>sta é resgatar as características pré-morbi<strong>da</strong>s do sujeito, que incluem aspectos psicosociais, bem como a a<strong>da</strong>ptação à<br />
sua nova condição, que por vezes inclui a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver com limitações. A partir <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> atendimentos no<br />
ambulatório <strong>de</strong> adultos do Serviço <strong>de</strong> Psicologia do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas, verificamos a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>rmos melhor quais<br />
os mecanismos presentes nos atendimentos psicológicos prestados à pacientes que se submeteram ou submeterão à procedimentos<br />
cirúrgicos. A psicoterapia breve mostra-se como um espaço em que o paciente sente-se à vonta<strong>de</strong> para expressar medos, fantasias<br />
e expectativas frente aos procedimentos a que será submetido, bem como a reabilitação espera<strong>da</strong> em ca<strong>da</strong> caso.<br />
SENTIMENTOS DESPERTADOS EM PAIS DE CRIANÇAS TRANSPLANTADAS DE FÍGADO FRENTE À RE-INTERNAÇÃO DA<br />
CRIANÇA.<br />
JÚLIA SCHNEIDER PROTAS; ANTONIA CAMPOS, LARISSA LÜTKEMEYER, TAMARA OLIVEN, MARCIA ANTON<br />
O transplante hepático infantil é o tratamento indicado para casos on<strong>de</strong> a doença hepática for progressiva, irreversível e não<br />
sucesstível a outro tratamento. É um processo bastante <strong>de</strong>licado, a família e a criança passam por avalições pré- transplante, lista<br />
<strong>de</strong> espera por um órgão, pela cirurgia do transplante e possíveis re-internações. Tendo em vista que o processo do transplante é<br />
uma situação bastante ansiogênica, que <strong>de</strong>sperta muitos sentimentos e dúvi<strong>da</strong>s nos pais e que o período pós- transplante é<br />
vivenciado como o fim <strong>da</strong> doença para a maioria <strong>da</strong>s famílias <strong>de</strong> crianças transplanta<strong>da</strong>s, o presente trabalho visa realizar um<br />
estudo sobre os sentimentos <strong>de</strong>spertados nos pais <strong>de</strong> crianças que necessitaram re-internar no hospital após realiza<strong>da</strong> a cirurgia do<br />
transplante. Para isso, ultilizaremos a nossa experiência <strong>de</strong> atendimento a pais <strong>de</strong> três crianças que necessitaram internar<br />
novamente por complicações pós transplante.<br />
O IMPACTO EMOCIONAL DA NECESSIDADE DE TRANSPLANTE: A EXPERIÊNCIA DOS PAIS DE CRIANÇAS CANDIDATAS A<br />
TRANSPLANTE HEPÁTICO INFANTIL (THI)<br />
LARISSA MENDONÇA LÜTKEMEYER; MÁRCIA CAMARATTA ANTON; ANTÔNIA CAMPOS; JÚLIA SCHNEIDER PROTAS;<br />
TAMARA OLIVEN<br />
O Transplante Hepático Infantil (THI) é indicado nos casos <strong>de</strong> doenças hepáticas agu<strong>da</strong>s ou crônicas <strong>de</strong> extrema gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
quando nenhum outro tratamento é consi<strong>de</strong>rado eficaz. No caso <strong>de</strong> transplante <strong>de</strong> fígado infantil, muitas vezes a indicação <strong>de</strong><br />
transplante é realiza<strong>da</strong> poucos meses após o nascimento do bebê, causando um impacto muito gran<strong>de</strong> nos pais, pois dois processos<br />
<strong>de</strong> luto se interpõem: o luto pela per<strong>da</strong> do filho i<strong>de</strong>alizado na gravi<strong>de</strong>z e o luto <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> própria doença. Nesse contexto, o<br />
trabalho <strong>da</strong> psicologia junto à equipe médica torna-se fun<strong>da</strong>mental para auxiliar a família e os profissionais nesse difícil processo.<br />
O presente artigo visa abor<strong>da</strong>r esses aspectos, enfatizando o impacto que os pais <strong>de</strong>ssas crianças sofrem ao receber a notícia <strong>da</strong><br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transplante. Assim, no presente estudo foi possível verificar que as mães são as maiores envolvi<strong>da</strong>s durante a<br />
busca do diagnóstico e as internações, e que a existência <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio é <strong>de</strong> importância fun<strong>da</strong>mental para auxiliar os pais<br />
a superarem as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Além disso, o trabalho mostrou que os pais passam por todo o processo <strong>de</strong> luto, evi<strong>de</strong>nciando<br />
sentimentos diversos e intensos, <strong>de</strong> acordo com a fase do processo em que se encontram. Desespero, sensação <strong>de</strong> incredibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
impotência, revolta, raiva, culpa e tristeza profun<strong>da</strong>, foram alguns dos sentimentos <strong>de</strong>monstrados pelos pais. Também foram<br />
observados os mecanismos <strong>de</strong> negação <strong>da</strong> doença e projeção <strong>da</strong> culpa, como tentativas <strong>de</strong> aliviar o sofrimento. Por fim, a fé e o<br />
apego a alguma religião mostraram-se os mecanismos mais utilizados, nas fases finais do luto, como uma forma <strong>de</strong> manter a<br />
esperança na cura do filho.<br />
DESEMPENHO NA WAIS-III EM UMA AMOSTRA DE PACIENTES BIPOLARES E CONTROLES<br />
BRUNO GRAEBIN DE FARIAS; DENISE BALEM YATES; CLARISSA MARCELI TRENTINI; FLÁVIO KAPCZINSKI<br />
O Transtorno <strong>de</strong> Humor Bipolar (THB) apresenta episódios <strong>de</strong> mania e <strong>de</strong>pressão e alterações no humor, na cognição e no<br />
comportamento. O objetivo <strong>de</strong>ste estudo é avaliar possíveis diferenças no <strong>de</strong>sempenho cognitivo em pacientes com THB tipo I e<br />
controles através <strong>da</strong> Escala <strong>de</strong> Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS-III). Foram selecionados 14 pacientes com diagnóstico<br />
<strong>de</strong> THB-I, contatados através do Programa <strong>de</strong> Atendimento do Transtorno <strong>de</strong> Humor Bipolar do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong><br />
<strong>Alegre</strong>, e 12 controles pareados por sexo e médias <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os instrumentos consistiram em uma ficha <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos<br />
socio<strong>de</strong>mográficos; Escala <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Depressão <strong>de</strong> Hamilton; Escala <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Hamilton; Escala <strong>de</strong><br />
Avaliação <strong>de</strong> Mania Modifica<strong>da</strong> e WAIS-III. A análise <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi feita utilizando o programa estatístico SPSS, com análises<br />
<strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong>s variáveis socio<strong>de</strong>mográficas, neuropsicológicas e psicopatológicas e análises <strong>de</strong> comparação <strong>de</strong> médias (Teste<br />
Mann-Whitney, sendo a amostra reduzi<strong>da</strong>). Foram encontra<strong>da</strong>s diferenças significativas (p