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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

Consi<strong>de</strong>rando a assistência recebi<strong>da</strong> no acompanhamento pré-natal especializado, as mulheres entrevista<strong>da</strong>s reconheceram a<br />

importância <strong>de</strong>ste atendimento na trajetória <strong>de</strong> sua gestação. Foram <strong>de</strong>stacados fatos diferenciais como as orientações, os<br />

esclarecimentos, a terapêutica, os medicamentos e o convívio com outras mulheres em condições semelhantes às suas. Os relatos<br />

analisados apontam como indiscutível a importância do profissional <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> no acolhimento, cui<strong>da</strong>do e educação em saú<strong>de</strong>; seu<br />

papel é <strong>de</strong> favorecer um ambiente facilitador, auxiliando, equilibra<strong>da</strong>mente, sua resolutivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

SIGNIFICADO ATRIBUÍDO À ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL POR GESTANTES ATENDIDAS NO PROGRAMA SAÚDE<br />

DA FAMÍLIA<br />

PAULA PEREIRA DE FIGUEIREDO; VALÉRIA LERCH LUNARDI; VIVIANE MARTEN MILBRATH; SIMONE COELHO<br />

AMESTOY<br />

Introdução: Durante o Pré-Natal (PN) torna-se imprescindível a oferta <strong>de</strong> uma assistência integral ao binômio mãe-filho; incluindo<br />

ações <strong>de</strong> prevenção, promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e tratamento <strong>de</strong> problemas i<strong>de</strong>ntificados neste período. Objetivo: Conhecer o<br />

entendimento <strong>de</strong> gestantes atendi<strong>da</strong>s em uma Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família (USF) no município do Rio Gran<strong>de</strong>-RS, sobre a<br />

assistência Pré-Natal. Metodologia: Estudo qualitativo, realizado em 2004, com 16 gestantes que faziam seu PN numa USF;<br />

mediante entrevistas semi-estrutura<strong>da</strong>s, previamente autoriza<strong>da</strong>s pelas participantes. O conteúdo dos <strong>da</strong>dos foi analisado através<br />

<strong>de</strong> apreensão, síntese, teorização e recontextualização, junto ao referencial teórico. Resultados: O PN foi percebido como um<br />

importante acompanhamento <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> gestante e do bebê, o qual busca conhecer o <strong>de</strong>senvolvimento intra-uterino. Está<br />

centrado, segundo as gestantes, na prevenção e tratamento <strong>de</strong> doenças origina<strong>da</strong>s e/ou agrava<strong>da</strong>s no ciclo gravídico-puerperal;<br />

sendo representado, por consultas médicas, sem dispensar a atenção presta<strong>da</strong> pela enfermeira e estagiários <strong>de</strong> medicina. Ain<strong>da</strong>, foi<br />

atribuído ao PN o conceito <strong>de</strong> preparação para a materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rando-o uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para apren<strong>de</strong>r a cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong><br />

criança, esclarecer dúvi<strong>da</strong>s e receber orientações. Não obstante, encontramos o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> algumas gestantes sobre o<br />

significado do PN, o qual foi expresso pelo silêncio <strong>da</strong>s mesmas quando questiona<strong>da</strong>s sobre o assunto. Conclusão: Foi possível<br />

evi<strong>de</strong>nciar que, para a maioria <strong>da</strong>s gestantes estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, o PN tem o mesmo objetivo: cui<strong>da</strong>r do binômio mãe-filho. No entanto,<br />

para aquelas que não souberam atribuir um significado a esta assistência, ressalta-se ao serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> incluir<br />

em sua rotina informações acerca dos cui<strong>da</strong>dos que serão prestados às clientes e seus objetivos, tendo em vista que este se<br />

constitui um direito <strong>de</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia <strong>da</strong>s mesmas.<br />

O TRABALHO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.<br />

GRACIELE FERNANDA DA COSTA LINCH; JOCIÉLE ANCHIETA DO NASCIMENTO; CÁSSIA JUNGKENN MAYA<br />

Introdução:O agente comunitário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (ACS) é um trabalhador que atua em dois programas do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (MS):<br />

Programa Agente Comunitário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (PACS) e o Programa Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família (PSF). Atualmente, esses programas<br />

consoli<strong>da</strong>m-se no contexto <strong>da</strong> municipalização e <strong>de</strong>scentralização <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> atenção primária à saú<strong>de</strong> no Brasil. Para o MS, o<br />

ACS é um trabalhador que faz parte <strong>da</strong> equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong> mora. É uma pessoa prepara<strong>da</strong> para orientar famílias<br />

sobre cui<strong>da</strong>dos com sua própria saú<strong>de</strong> e também com a saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> (Brasil, 1999). Sem dúvi<strong>da</strong>, esse trabalhador<br />

apresenta características especiais, uma vez que atua na mesma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong> vive, tornando mais forte a relação entre<br />

trabalho e vi<strong>da</strong> social. Objetivo: Relatar experiências que obtivemos durante aulas práticas <strong>de</strong> Administração dos Serviços <strong>de</strong><br />

Sáu<strong>de</strong> II, que perfazem o sétimo semestre do Curso <strong>de</strong> Enfermagem <strong>da</strong> UFSM. Metodologia: Nos estágios em Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s Básicas<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> on<strong>de</strong> vige o PSF nos <strong>de</strong>paramos com uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> que tem dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para i<strong>de</strong>ntificar o real papel do ACS. Isso<br />

acarreta em dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s no trabalho <strong>de</strong>senvolvido pela equipe como um todo. Em vista disso, nossa contribuição como<br />

acadêmicas foi a elaboração <strong>de</strong> um fol<strong>de</strong>r explicativo, para a sensibilização <strong>da</strong> população, no qual contiam informações sobre os<br />

principais funções inerentes aos ACS. Resultados/Conclusões: A população precisa <strong>de</strong> uma concientização constante, a qual vise<br />

o ACS como elo entre a equipe e a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. É ele que está em contato permanente com as famílias, o que facilita o trabalho<br />

<strong>de</strong> vigilência e promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, realizado por to<strong>da</strong> a equipe. É também um elo cultural, que dá mais força ao trabalhoo<br />

educativo, ao unir dois universos culturais distintos: o do saber científico e o do saber popular.<br />

PERCEPÇÕES DA EQUIPE DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM RELAÇÃO À INTERDISCIPLINARIDADE<br />

KELEN DOS SANTOS BARBOSA; NINON GIRARDON DA ROSA<br />

A complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> apresentados pelos usuários atualmente exigem uma abor<strong>da</strong>gem<br />

interdisciplinar, <strong>de</strong>monstrando que somente com a interação <strong>de</strong> diversas categorias profissionais é possível propiciar aos usuários<br />

um atendimento integral e resolutivo. Assim, o presente estudo tem por objetivo compreen<strong>de</strong>r a percepção dos profissionais <strong>de</strong><br />

uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em relação à interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> e conhecer a percepção <strong>de</strong>stes profissionais sobre a contribuição<br />

<strong>da</strong> enfermeira no <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho interdisciplinar. Trata-se <strong>de</strong> um estudo qualitativo exploratório <strong>de</strong>scritivo, no qual<br />

foram entrevistados trabalhadores <strong>da</strong>s diferentes categorias profissionais <strong>da</strong> equipe <strong>de</strong> uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. À análise <strong>da</strong>s<br />

informações observa-se que os sujeitos enten<strong>de</strong>m que interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> pressupõe interação <strong>da</strong>s diferentes disciplinas,<br />

integração entre os profissionais, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em benefício dos usuários e valorização igualitária dos<br />

componentes <strong>da</strong> equipe. Apesar <strong>de</strong>, em alguns momentos, subestimarem o trabalho interdisciplinar <strong>de</strong>senvolvido na uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, este<br />

grupo consegue <strong>de</strong>senvolver a interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> em diversas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Contudo, os sujeitos <strong>de</strong>stacaram que o trabalho<br />

interdisciplinar requer um esforço pessoal para ultrapassar as barreiras impostas tanto pela formação dos profissionais, quanto por<br />

suas atitu<strong>de</strong>s. Alguns profissionais <strong>da</strong> equipe percebem que a enfermagem, por sua formação generalista, tem uma gran<strong>de</strong><br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>senvolvendo o trabalho interdisciplinar com mais facili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Enfim, po<strong>de</strong>mos salientar<br />

que a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> em questão tem avançado muito em relação à interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo afirmar-se que esta forma <strong>de</strong> trabalho<br />

já é uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> para esta equipe.

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