Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
eutróficas, com coleta <strong>de</strong> sangue programa<strong>da</strong>. Foi coletado sangue venoso e realiza<strong>da</strong> a classificação antropométrica segundo a<br />
OMS, 2006 e NCHS, 1977. A dosagem plasmática <strong>de</strong> leptina foi realiza<strong>da</strong> pela técnica ELISA (Linco Research, USA).<br />
Resultados: A avaliação antropométrica revelou: média <strong>de</strong> peso (21,99 ± 6,90 Kg), estatura (117,08 ± 15,98 cm), circunferência<br />
do braço (17,78 ± 1,90 cm), dobra cutânea triciptal (9,12 ± 2,17 mm). Os níveis plasmáticos médios <strong>de</strong> leptina foram 2,33 ± 1,31<br />
ng/ml (mínima: 1,09 e máxima: 5,78 ). A média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s crianças oscilou <strong>de</strong> 6,33 ± 2,42 anos. A média do tempo <strong>de</strong> jejum foi<br />
<strong>de</strong> 7,76 ± 4,51 horas. A hemoglobina média foi <strong>de</strong> 12,03 ± 0,73 g/dL e hematócrito <strong>de</strong> 36,7 ± 2,01 %. Foi encontra<strong>da</strong> correlação<br />
estatisticamente significativa para o sexo, a média foi masculino 1,89 ± 0,20 e feminino 2,80 ± 0,36 (p=0,007). Conclusão: Os<br />
resultados preliminares dos níveis plasmáticos <strong>de</strong> leptina em crianças eutróficas, bem como a correlação com o sexo feminino,<br />
foram semelhantes aos encontrados na literatura.<br />
DOENÇA LINFOPROLIFERATIVA PÓS-TRANSPLANTE DE FÍGADO EM CRIANÇAS E EM ADOLESCENTES.<br />
LETÍCIA REMUS MORAES; LUCIANA MENDES JOHANN; CAROLINA ALBANESE NEIS; CARLOS OSCAR KIELING;<br />
SANDRA MARIA GONÇALVES VIEIRA; CRISTINA TARGA FERREIRA; LAURO JOSE GREGIANIN; CARLOS<br />
THADEU CERSKI; THEMIS REVERBEL DA SILVEIRA<br />
Introdução: A doença linfoproliferativa pós-transplante (DLPT) é uma complicação freqüente <strong>da</strong> imunossupressão usa<strong>da</strong> nos<br />
transplantes (Tx) <strong>de</strong> órgãos sólidos e <strong>de</strong> células. A incidência em crianças é variável na <strong>de</strong>pendência do órgão transplantado<br />
(fígado <strong>de</strong> 2-10%). Objetivos: Relatar os casos <strong>de</strong> DLPT <strong>de</strong>ntre os 102 pacientes pediátricos transplantados <strong>de</strong> fígado no <strong>Hospital</strong><br />
<strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. Materiais e métodos: Revisão nos prontuários dos pacientes. Resultados: Foram i<strong>de</strong>ntificados 5 casos<br />
<strong>de</strong> DLPT - incidência <strong>de</strong> 4,9%. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> no momento do Tx variou <strong>de</strong> 5 a 15 anos e o tempo transcorrido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Tx até o<br />
diagnóstico <strong>da</strong> DLPT foi <strong>de</strong> 3 meses a 4,5 anos. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> no diagnóstico variou entre 6 e 17 anos. A apresentação inicial com<br />
envolvimento <strong>da</strong>s vias aéreas superiores (úlceras orais e hipertrofia <strong>de</strong> amíg<strong>da</strong>las) em 2 pacientes, massa tumoral na cavi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
abdominal em 2 e alterações neurológicas em 1 paciente. Os achados histopatológicos <strong>da</strong>s lesões foram classificados pela<br />
imunohistoquímica em polimórficas (2), monomórfica (1) e linfoma <strong>de</strong> Burkitt (2). O tratamento constituiu em ressecção tumoral<br />
(3), retira<strong>da</strong> (4) e redução (1) <strong>da</strong> imunossupresssão. Os com linfoma foram submetidos à quimioterapia, sendo que um evoluiu<br />
para o óbito após 1 mês do diagnóstico. Quatro pacientes estão vivos. Estes apresentaram rejeição celular agu<strong>da</strong> <strong>de</strong> 2 a 5 meses<br />
após o diagnóstico, sendo que 2 melhoraram com a a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> imunossupressão. Dois evoluíram para rejeição crônica, porém<br />
em 1 houve resgate com tacrolimus. O outro paciente (linfoma) está em avaliação para re-Tx. Conclusão: A DLPT acarreta gran<strong>de</strong><br />
morbi-mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e o seu tratamento envolve o risco <strong>de</strong> rejeição. A apresentação clínica é muito variável sendo necessário alto<br />
grau <strong>de</strong> suspeição para o diagnóstico precoce.<br />
DOENÇA CELÍACA ASSOCIADA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA EM CRIANÇAS<br />
LOVAINE RODRIGUES ;;THEMIS REVERBEL DA SILVEIRA, MARCELO PA FLECK<br />
Introdução: A Doença Celíaca (DC) é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como enteropatia auto-imune provoca<strong>da</strong> pela ingestão <strong>de</strong> glúten em indivíduos<br />
geneticamente predispostos. Medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> (QV) permitem avaliar se o convívio com a doença e a<strong>de</strong>são à dieta<br />
sem glúten influenciam a percepção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na perspectiva <strong>da</strong> própria criança celíaca. Objetivo: Avaliar a Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
crianças com Doença Celíaca e comparar com controles pareados livres <strong>da</strong> doença. Sujeitos e Métodos: Estudo caso-controle<br />
on<strong>de</strong> foram incluí<strong>da</strong>s 72 crianças: 24 celíacas (8 meninos) <strong>de</strong> 6 a 12 anos. Os celíacos foram recrutados através <strong>da</strong> Associação dos<br />
Celíacos do Brasil e no ambulatório <strong>de</strong> gastropediatria do HCPA. O grupo controle foi composto por 48 escolares pareados por<br />
sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong> atual, escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> criança e materna. A Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> foi avalia<strong>da</strong> através <strong>da</strong> escala AUQUEI -<br />
Autoquestionnaire Qualité <strong>de</strong> Vie Enfant Imagé. Resultados: As crianças celíacas apresentaram melhores escores <strong>de</strong> QV que seus<br />
pares sem a doença. Os celíacos apresentaram escores mais elevados em 23 <strong>da</strong>s 26 questões e em todos os domínios avaliados. A<br />
diferença entre os grupos incidiu na faixa etária <strong>de</strong> 6 até os 9 anos. Meninas celíacas apresentaram menores escores que os<br />
meninos celíacos. Conclusão: A Doença Celíaca esteve associa<strong>da</strong> a uma melhor QV nas crianças avalia<strong>da</strong>s. Meninos celíacos e<br />
mais jovens apresentaram os maiores escores. Estes achados nos levam a consi<strong>de</strong>rar que doenças crônicas que não cursem com<br />
incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> física po<strong>de</strong>m não comprometer a QV <strong>de</strong> seus portadores ou até mesmo estar associa<strong>da</strong>s à melhor QV em crianças.<br />
MORTALIDADE EM LISTA DE CANDIDATOS PEDIÁTRICOS A TRANSPLANTE DE FÍGADO NO PERÍODO DE 1995<br />
A 2006: EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE<br />
LUCIA GUTHEIL GONÇALVES; JULIANA GHISLENI DE OLIVEIRA; CAROLINA ALBANESE NEIS; CARLOS OSCAR<br />
KIELING; SANDRA MARIA GONÇALVES VIEIRA; CRISTINA TARGA FERREIRA; MARIA LÚCIA ZANOTELLI;<br />
GUIDO PIO CANTISANI; THEMIS REVERBEL DA SILVEIRA<br />
Introdução: O Transplante Hepático Infantil (THI) é procedimento terapêutico indicado para crianças e adolescentes com<br />
hepatopatias em estágio avançado. Mas, mortes ain<strong>da</strong> ocorrem na lista <strong>de</strong> espera por falta <strong>de</strong> doadores <strong>de</strong> órgãos. Objetivo:<br />
Avaliar a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> em lista <strong>de</strong> espera para THI <strong>de</strong> 1995 a 2006. Material e métodos: Foram analisados os <strong>de</strong>sfecho <strong>da</strong>s<br />
inscrições em lista <strong>de</strong> espera para transplante <strong>de</strong> fígado. A análise foi feita por entra<strong>da</strong> em lista e não por paciente. Foi utilizado<br />
Qui-quadrado (pResultados: Houve 162 inscrições <strong>de</strong> receptores <strong>de</strong> fígado com i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 0 a 18 anos (148). As causas mais<br />
comuns <strong>de</strong> inscrição em lista foram atresia biliar em 62 pacientes (38%), cirrose <strong>de</strong> outras etiologias em 46 (28%) e insuficiência<br />
hepática agu<strong>da</strong> em 26 (16%). Causas menos freqüentes incluíram: colestase crônica, retransplantes, tumor hepático e doenças<br />
metabólicas. O número <strong>de</strong> inclusões variou <strong>de</strong> 5, no ano <strong>de</strong> 1995 quando se iniciou o programa, a 24 no ano <strong>de</strong> 2000. A média <strong>de</strong><br />
inclusão por ano foi <strong>de</strong> 18. Dos 162 candi<strong>da</strong>tos, 104 (64%) foram transplantados, 38 (23,5%) morreram aguar<strong>da</strong>ndo o Tx, 17<br />
(10,5%) foram retirados <strong>da</strong> lista, 2 foram transferidos <strong>de</strong> equipe e 1 permanece em lista. A mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> em lista dos pacientes que<br />
entraram em lista foi <strong>de</strong> 19% naqueles com indicação eletiva e 37% nos com indicação urgente (P=0,021). Houve 3 anos sem<br />
morte em lista (1995, 1998 e 2002). Mas, nos últimos 3 anos (2004-06) a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> em lista (27, 25 e 40%) foi<br />
significativamente maior (P=0,007), particularmente entre os doentes crônicos (23,5, 28,6, 50%) (P=0,0001). Conclusão: Nos