Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
Cancerologia<br />
ANALISE DA INCIDÊNCIA DE METASTASE ENTRE DIVERSOS SITIOS PRIMARIOS DO COMPLEXO HOSPITALAR<br />
DA ULBRA DO PERIODO DE 1999 A 2002<br />
JULIANA BOCHENEK STELLA; TATIANE VON WERNE BAES; CRISTIANE VON WERNE BAES; LUCIANA BROSINA<br />
DE LEON; TAUI ROCHA DE MELLO; PEDRO PAIM SANTOS; FRANCISCO CARNEIRO; MARIA FERNANDA<br />
MARTINS; TOR GUNNAR ONSTEN; CLÁUDIO ZETTLER<br />
Introdução: Metástase tumoral significa que as células malignas têm <strong>de</strong> superar os sistemas <strong>de</strong> controle do organismo que mantêm<br />
as células em seus sítios primitivos. Conforme Lee YC et all foi visto q a sobrevi<strong>da</strong> em 5 anos <strong>de</strong> pacientes com linfonodos<br />
positivos era <strong>de</strong> 16,8%, comparando ao sem comprometimento linfono<strong>da</strong>l que era <strong>de</strong> 30,4%.Sendo por isso, a metástase<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> o selo <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong> maligni<strong>da</strong><strong>de</strong> e um sinal <strong>de</strong> mau prognóstico.Objetivo: Analisar a incidência <strong>de</strong> metástase entre as<br />
neoplasias malignas do complexo hospitalar <strong>da</strong> ULBRA no período <strong>de</strong> quatro anos.Material e métodos: A i<strong>de</strong>ntificação dos casos<br />
registrados foi feita a partir <strong>da</strong> análise dos exames anatomo-patológicos realizados no complexo hospitalar <strong>da</strong> ULBRA durante<br />
dos anos 1999 à 2002. Os <strong>da</strong>dos foram coletados em uma ficha com formato padrão do Instituto Nacional do Câncer e codificados<br />
a partir <strong>da</strong> classificação Internacional <strong>de</strong> Doenças para Oncologia (CID-O 10° edição). To<strong>da</strong>s as fichas foram digita<strong>da</strong>s em um<br />
sistema próprio <strong>de</strong>senvolvido no ACCESS. Resultados: Foram analisados 219 pacientes com metástase <strong>de</strong> diversos sítios<br />
primários durante quatro anos. As cinco topografias primárias mais freqüentes com metástase são sitio primário <strong>de</strong>sconhecido 68<br />
(31,05%), intestino grosso 27 (12,33%), mama 26 (11,87%), pulmão 15 (6,85%) e estômago (5,93). Conclusão: A alta freqüência<br />
metástase <strong>de</strong> neoplasia maligna, sem especificação <strong>de</strong> localização, em nosso registro <strong>de</strong>corra provavelmente do fato <strong>de</strong> muitos dos<br />
nossos pacientes chegarem ao nosso hospital com doenças em estágios avançados, fazendo com que <strong>de</strong>ssa forma, se percam<br />
muitos dos <strong>da</strong>dos sobre a topografia inicial do caso. Além disso, mostra-se que <strong>de</strong>ntre essas topografias primárias mais freqüentes,<br />
como os sintomas <strong>de</strong>ssas neoplasias malignas geralmente são tardios, é necessário um diagnóstico precoce, sendo significante<br />
fazer uso <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> rastreio.<br />
INCIDÊNCIA E LETALIDADE DOS CASOS DE CÂNCER DE MAMA ATENDIDOS NO HCPA ENTRE 1998 E 2003<br />
PRISCILLA GUEIRAL FERREIRA; MÁRCIO EDUARDO BROLIATO; CLAUDETE DE OLIVEIRA; JAIR FERREIRA<br />
O câncer <strong>de</strong> mama é a segun<strong>da</strong> neoplasia mais diagnostica<strong>da</strong> entre as mulheres, logo após o câncer <strong>de</strong> pele, e a maior causa <strong>de</strong><br />
morte por neoplasia no sexo feminino na região sul do Brasil. O aumento <strong>da</strong> expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> tem causado um incremento <strong>da</strong><br />
incidência <strong>de</strong>sta neoplasia na população geral. O objetivo do presente trabalho é avaliar a incidência hospitalar do câncer <strong>de</strong> mama<br />
por faixa etária e a sua letali<strong>da</strong><strong>de</strong> em dois e cinco anos. Foram utilizados os <strong>da</strong>dos do Registro <strong>de</strong> Câncer do HCPA entre os anos<br />
<strong>de</strong> 1998 e 2003, os registros <strong>de</strong> população do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul referente ao ano <strong>de</strong> 2000 do IBGE, e os <strong>da</strong>dos do registro<br />
nominal <strong>de</strong> óbitos <strong>da</strong> Secretaria Estadual <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> para rastrear os óbitos ocorridos fora do HCPA. Para a análise <strong>da</strong> incidência<br />
relativa e <strong>da</strong> letali<strong>da</strong><strong>de</strong> em dois anos, 993 casos diagnosticados entre 1998 e 2003 foram utilizados. A análise <strong>da</strong> letali<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />
cinco anos foi realiza<strong>da</strong> com os 384 casos diagnosticados entre 1998 e 1999. Os resultados mostraram uma maior incidência<br />
relativa conforme o aumento <strong>da</strong> faixa etária. Na letali<strong>da</strong><strong>de</strong> em dois anos as diferenças foram significativas (p= 0,001), entretanto<br />
nenhuma tendência <strong>de</strong> aumento ou diminuição <strong>da</strong> incidência <strong>de</strong> acordo com a i<strong>da</strong><strong>de</strong> foi evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong>. As faixas etárias com maior<br />
letali<strong>da</strong><strong>de</strong> em dois anos foram 20 a 39 anos (10,75%), 50 a 59 anos (11,49%) e acima <strong>de</strong> 70 anos (14,88%). Não houve diferença<br />
significativa na letali<strong>da</strong><strong>de</strong> em cinco anos nas diferentes faixas etárias (p=0,44). Conclusão: o aumento <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> esteve associado a<br />
um acréscimo no risco <strong>da</strong> ocorrência <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama, contudo não mostrou ser fator prognóstico em relação à sobrevi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
pacientes acometi<strong>da</strong>s.<br />
GLUTAMATO PROMOVE AUMENTO NO CONTEÚDO DO REGF EM CULTIVOS PRIMÁRIOS DE GLIOBLASTOMA<br />
MULTIFORME HUMANO<br />
LUCIANA BROSINA DE LEON; TATIANE VON WERNE BAES, DANIEL PRETTO SCHUNEMANN, DANIELA<br />
ROMANI DE ARAÚJO, ANDRÉA PEREIRA REGNER, IVANA GRIVICICH, DANIEL SIMON, ADRIANA BRONDANI<br />
DA ROCHA<br />
Os glioblastomas possuem gran<strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> expansão e invasão do tecido cerebral adjacente, o que contribui para o seu<br />
prognóstico sombrio. O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do SNC, mas sob condições patológicas a ativação<br />
excessiva do sistema glutamatérgico provoca <strong>da</strong>nos citotóxicos às células neurais. Os glioblastomas humanos são capazes <strong>de</strong><br />
liberar quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s tóxicas <strong>de</strong> glutamato sobre os tecidos adjacentes e esta liberação parece favorecer o crescimento e a expansão<br />
tumoral. A fim <strong>de</strong> avaliarmos se a progressão tumoral media<strong>da</strong> pelo glutamato é <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>da</strong> por elementos <strong>da</strong>s vias <strong>de</strong><br />
sinalização, investigamos o efeito do glutamato sobre o conteúdo e expressão <strong>de</strong> rEGF. Desta forma, os cultivos primários Gli1,<br />
Gli2 e Gli3, assim como a linhagem estabeleci<strong>da</strong> U-87MG, foram tratados com doses crescentes <strong>de</strong> glutamato (5-200 mM) por 48<br />
horas e após o tratamento a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> celular, os conteúdos <strong>de</strong> rEGF e <strong>de</strong> Akt foram avaliados. Os cultivos analisados<br />
apresentaram suscetibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s distintas aos efeitos citotóxicos do glutamato, porém em todos os casos as doses efetivas foram<br />
muito superiores (valores <strong>de</strong> IC50 <strong>de</strong> 45mM a 100mM) às concentrações tóxicas <strong>de</strong>scritas para células neurais. A expressão<br />
protéica <strong>de</strong> rEGF e o conteúdo <strong>de</strong> Akt fosforilado aumentaram após o tratamento com 5mM <strong>de</strong> glutamato, sugerindo que a<br />
ativação dos receptores <strong>de</strong> EGF possam exercer função na via <strong>de</strong> sinalização <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>da</strong> pelo glutamato.