14.09.2015 Views

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

269<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

Ciências Humanas<br />

Tratamento e Prevenção Psicológica<br />

AVALIAÇÃO DE NÍVEIS DE ESTRESSE EM PACIENTES ADULTOS COM LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA<br />

FERNANDA THONES MENDES; OLIVEIRA V. Z<br />

INTRODUÇÃO: O presente trabalho apresentará resultados parciais <strong>de</strong> um projeto* <strong>de</strong> pesquisa quali-quanti em an<strong>da</strong>mento, que<br />

prevê uma amostra <strong>de</strong> 96 participantes, uma entrevista com roteiro flexível e a aplicação do Inventário <strong>de</strong> Sintomas <strong>de</strong> Estresse<br />

para Adultos <strong>de</strong> Lipp (ISSL). No cotidiano <strong>da</strong> assistência psicológica a pacientes com doenças onco-hematológicos, observa-se a<br />

presença <strong>de</strong> eventos aludindo algum tipo <strong>de</strong> estresse, sendo tais situações freqüentemente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s e referi<strong>da</strong>s pelo próprio<br />

paciente nos atendimentos. OBJETIVO: Conhecer a história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, história <strong>da</strong> doença, percepção a cerca <strong>da</strong> doença e do<br />

tratamento e i<strong>de</strong>ntificar a presença <strong>de</strong> estresse relacionado, em pacientes portadores <strong>de</strong> Leucemia Mielói<strong>de</strong> Agu<strong>da</strong> (LMA).<br />

MATERIAL E MÉTODOS: Foram informantes oito indivíduos adultos <strong>de</strong> ambos os sexos (cinco homens e três mulheres), entre<br />

27 e 60 anos portadores <strong>de</strong> Leucemia Mielói<strong>de</strong> Agu<strong>da</strong> (LMA) em situação <strong>de</strong> hospitalização, todos respon<strong>de</strong>ram a uma entrevista<br />

com roteiro flexível que foi grava<strong>da</strong> e posteriormente transcrita e analisa<strong>da</strong> através do método qualitativo fenomenológico.<br />

RESULTADOS PRELIMINARES: A análise originou seis categorias temáticas: 1) Vivências antecipa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> papéis adultos; 2)<br />

Dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s e insatisfação frente à vi<strong>da</strong>; 3) Somatizações; 4) Reação frente ao estresse; 5) Percepção acerca <strong>da</strong> doença; e 6)<br />

Percepção e expectativas frente ao tratamento. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos evi<strong>de</strong>nciaram características comuns aos<br />

pacientes, no que se refere à história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e limitações cognitivas, além <strong>de</strong> experiências que geraram estresse significativo ao<br />

longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> não satisfatoriamente resolvidos.<br />

AMBULATÓRIO DE PSICOTERAPIA INFANTIL: PERFIL PSICOSSOCIAL E FAMILIAR DOS PACIENTES.<br />

MÁRCIA CAMARATTA ANTON; GABRIELA OLIVEIRA DALLA CORTE; FERNANDA MOHR ROHDE; ADRIANA<br />

FLECK; MAÍRA PASIN POZZER<br />

A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> uma família em procurar psicoterapia para seu filho é um processo complexo e influenciado pelo meio ao qual<br />

pertence esta criança. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo conhecer o perfil psicossocial e familiar dos pacientes<br />

em lista <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> psicoterapia do Ambulatório Infantil do HCPA. Tal conhecimento torna-se importante na medi<strong>da</strong> em que o<br />

contexto familiar e social interfere significativamente na vi<strong>da</strong> psíquica <strong>da</strong> criança. Portanto, para que se consiga um efetivo<br />

resultado em psicoterapia infantil é necessário levar-se em conta as contingências ambientais que permeiam o processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> criança. Desta forma foi realizado um levantamento quantitativo <strong>da</strong>s informações conti<strong>da</strong>s nas entrevistas <strong>de</strong><br />

triagem dos pacientes em lista <strong>de</strong> espera no período <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006 a junho <strong>de</strong> 2007. Dentre os aspectos consi<strong>de</strong>rados neste<br />

estudo estão sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong> e escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> criança, configuração familiar, ren<strong>da</strong> familiar, situação habitacional e equipe<br />

responsável pelo encaminhamento para o serviço <strong>de</strong> psicologia. A partir <strong>da</strong> análise dos <strong>da</strong>dos pô<strong>de</strong>-se perceber como prevalentes<br />

as seguintes características: os paciente se encontram na faixa etária <strong>de</strong> seis a oito anos e onze meses, cursam a primeira série do<br />

ensino fun<strong>da</strong>mental, possuem <strong>de</strong> um a três irmãos, resi<strong>de</strong>m com seus pais biológicos na região metropolitana <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> e<br />

sua ren<strong>da</strong> familiar encontra-se acima <strong>de</strong> três salários mínimos. Também se constatou que a maior parte dos casos foi encaminha<strong>da</strong><br />

pela equipe <strong>de</strong> pediatria do HCPA. Estas informações permitem um melhor conhecimento acerca dos casos visando uma maior<br />

a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong> equipe no atendimento <strong>da</strong>s crianças, bem como alcançar melhores resultados no processo psicoterápico.<br />

TRANSPLANTE HEPÁTICO INFANTIL: ASPECTOS EMOCIONAIS DAS DIFERENTES FASES DA DOENÇA<br />

MÁRCIA CAMARATTA ANTON; CESAR AUGUSTO PICCININI<br />

O transplante hepático infantil (THI) é uma terapêutica efetiva para doenças hepáticas graves, irreversíveis e não responsiva a<br />

nenhum outro tipo <strong>de</strong> tratamento. Hoje o prognóstico é bom, com aumento na sobrevi<strong>da</strong> e na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. No entanto esta<br />

melhora ocorre principalmente em relação à saú<strong>de</strong> física, mas não é consistente no que se refere à saú<strong>de</strong> emocional dos pacientes<br />

e famílias. A presente dissertação buscou compreen<strong>de</strong>r os aspectos emocionais <strong>da</strong>s diferentes fases <strong>da</strong> doença e do processo <strong>de</strong><br />

transplante. Participaram do estudo seis mães <strong>de</strong> crianças que realizaram transplante hepático há menos <strong>de</strong> seis anos. Como<br />

instrumentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foram utiliza<strong>da</strong>s entrevistas semi-estrutura<strong>da</strong>s (Entrevista sobre a história <strong>da</strong> doença e do THI;<br />

Entrevista sobre a experiência <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong> e o relacionamento familiar no contexto do THI; Entrevista sobre o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento emocional <strong>da</strong> criança no contexto do THI). Análise <strong>de</strong> conteúdo qualitativa mostrou a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reestruturação familiar; a centralização dos cui<strong>da</strong>dos com o filho enfermo nas mães; ocorrência <strong>de</strong> ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> per<strong>da</strong> e separação<br />

eleva<strong>da</strong>s. O impacto do período <strong>de</strong> espera e a própria cirurgia foram vivenciados como os mais estressantes para as famílias. Estes<br />

aspectos surgiram, em gran<strong>de</strong> parte, associados ao medo intenso <strong>da</strong> morte. Os resultados apontam para importância do<br />

acompanhamento psicológico precoce e sistemático às famílias, visando facilitar a convivência com a doença e para prevenir o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> problemas emocionais futuros.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!