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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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187<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

JOÃO BORGES FORTES FILHO; FABIANA BORBA VALIATTI; GABRIELA UNCHALO ECKERT; LETICIA<br />

PROCIANOY; RENATO SOIBLEMANN PROCIANOY<br />

Objetivos: Analisar a incidência, fatores <strong>de</strong> risco para a retinopatia <strong>da</strong> prematuri<strong>da</strong><strong>de</strong> e taxas <strong>de</strong> sobrevivência entre nascidos<br />

pretermo <strong>de</strong> extremo e <strong>de</strong> muito baixo peso. Métodos: Estudo <strong>de</strong> coorte, prospectivo, incluindo pretermos admitidos no HCPA<br />

entre outubro <strong>de</strong> 2002 e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006. Os prematuros foram divididos em dois grupos: extremo baixo peso, agrupando bebês<br />

com peso <strong>de</strong> nascimento ≤1000 gramas; muito baixo peso, agrupando bebês nascidos com ≥1001 gramas. Foi <strong>de</strong>termina<strong>da</strong><br />

incidência <strong>da</strong> retinopatia nos dois grupos com intervalo <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95%. Os principais fatores <strong>de</strong> risco para a retinopatia<br />

foram comparados por análises uni e multivaria<strong>da</strong>. Resultados: Foram incluídos 352 prematuros, 89 com peso <strong>de</strong> nascimento<br />

≤1000 gramas. A retinopatia afetou 48.3% <strong>da</strong>s crianças no grupo <strong>de</strong> extremo baixo peso e 18.3% <strong>da</strong>s crianças no grupo <strong>de</strong> muito<br />

baixo peso. Doença limiar aconteceu em 21 pacientes, 15 nascidos abaixo <strong>de</strong> 1.000 gramas. Somente 2.3% dos nascidos com mais<br />

do que 1.001 gramas atingiram doença tratável. Após análise univaria<strong>da</strong>, i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional, peso <strong>de</strong> nascimento, uso <strong>de</strong> ventilação<br />

mecânica e eritropoetina e baixo ganho <strong>de</strong> peso no período pós-natal estiveram associados com a retinopatia. A regressão logística<br />

confirmou a gran<strong>de</strong> importância <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional e do baixo ganho <strong>de</strong> peso como responsáveis por 40,7% <strong>da</strong> explicação<br />

estatística para o surgimento <strong>da</strong> retinopatia entre prematuros nascidos com peso abaixo <strong>de</strong> 1000 gramas (R square 40,7%). As<br />

taxas <strong>de</strong> sobrevivência entre prematuros <strong>de</strong> extremo e <strong>de</strong> muito baixo peso foram respectivamente 47.8% e 88.7% no período.<br />

Conclusões: Este estudo mostrou taxas <strong>de</strong> sobrevivência reduzi<strong>da</strong>, alta incidência <strong>de</strong> retinopatia e maior necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

tratamento entre prematuros <strong>de</strong> extremo baixo peso. A menor i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional e o baixo ganho <strong>de</strong> peso no período perinatal<br />

foram os fatores <strong>de</strong> risco mais significativos no estudo.<br />

RELAÇÃO ENTRE O USO DA ERITROPOETINA E O RISCO RELATIVO DE PREMATUROS DE MUITO BAIXO PESO<br />

DESENVOLVEREM RETINOPATIA DA PREMATURIDADE<br />

JOÃO BORGES FORTES FILHO; ALEXANDRE ISHIZAKI; GABRIELA UNCHALO ECKERT, MARLENE COELHO DA<br />

COSTA, RENATO SOIBELMANN PROCIANOY<br />

Introdução: A eritropoetina é uma citocina produzi<strong>da</strong> no fígado e nos rins com importante ação hematopoiética. Ela é utiliza<strong>da</strong> em<br />

neonatologia para a profilaxia <strong>da</strong> anemia <strong>da</strong> prematuri<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois o seu uso nas primeiras semanas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> possibilita a diminuição<br />

tanto do número <strong>de</strong> transfusões sangüíneas quanto <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total <strong>de</strong> sangue transfundido necessário para a manutenção <strong>da</strong><br />

função vital em pretermos. Estudo <strong>de</strong> meta-análise i<strong>de</strong>ntificou um aumento significativo no risco <strong>de</strong> retinopatia <strong>da</strong> prematuri<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(ROP) entre pacientes que fizeram uso precoce <strong>da</strong> droga (Nosso estudo tem como objetivos avaliar o uso <strong>de</strong> eritropoetina em<br />

prematuros <strong>de</strong> muito baixo peso ao nascimento como fator <strong>de</strong> risco para a ROP. Métodos: Estudo <strong>de</strong> coorte, prospectivo,<br />

avaliando a incidência <strong>da</strong> ROP e o uso <strong>da</strong> eritropoetina no período pós-natal. O <strong>de</strong>sfecho clínico foi o aparecimento <strong>da</strong> ROP em<br />

qualquer estadiamento evolutivo. A principal variável estu<strong>da</strong><strong>da</strong> foi o uso <strong>da</strong> eritropoetina. A população incluiu todos os<br />

prematuros admitidos no HCPA com peso <strong>de</strong> nascimento ≤1.500 gramas ou com i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional ≤32 semanas no período entre<br />

outubro <strong>de</strong> 2002 e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006. Os <strong>da</strong>dos foram avaliados com análise uni e multivaria<strong>da</strong>. Para o estadiamento <strong>da</strong> doença<br />

foi utiliza<strong>da</strong> a Classificação Internacional <strong>da</strong> ROP <strong>de</strong> 1984/1987. Resultados: Foram estu<strong>da</strong>dos 348 pacientes. Ocorreram 91 casos<br />

<strong>de</strong> ROP (26,1%) consi<strong>de</strong>rando todos os estadiamentos evolutivos. Os pacientes que usaram a eritropoetina estatisticamente<br />

<strong>de</strong>senvolveram mais ROP (P=0,028). Conclusões: O uso <strong>da</strong> medicação foi um fator <strong>de</strong> risco importante e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para o<br />

surgimento <strong>da</strong> ROP em seus vários estadiamentos evolutivos em uma probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 2,49 (IC95% 1,18-5.23, P=0,016) , mesmo<br />

ajustado após regressão logística para outros fatores <strong>de</strong> risco consi<strong>de</strong>rados importantes para o surgimento <strong>da</strong> doença.<br />

NEUROPATIA ÓPTICA SECUNDÁRIA À ARTERITE DE TAKAYASU<br />

BRUNA LIMA RYMER; FELIPE TELOKEN DILIGENTI, ANDRÉIA FERREIRA LARANJEIRA<br />

Introdução:A arterite <strong>de</strong> Takayasu é uma vasculite que afeta vasos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> calibre, principalmente os ramos do arco aórtico,<br />

po<strong>de</strong>ndo obstruir o fluxo sanguineo. Uma <strong>da</strong>s estruturas que po<strong>de</strong> ser acometido é o nervo óptico por sua vascularização através<br />

<strong>da</strong> artéria oftálmica, que é ramo <strong>da</strong> artéria caróti<strong>da</strong> interna. Objetivo: Relato <strong>de</strong> um caso <strong>de</strong> neuropatia óptica isquêmica<br />

secundária à arterite <strong>de</strong> Takayasu. Material e Métodos: Relato <strong>de</strong> caso clínico Resultados: Paciente <strong>de</strong> 42 anos, com per<strong>da</strong> súbita<br />

<strong>da</strong> visão em olho esquerdo com concomitante pico hipertensivo <strong>de</strong> 220/130mmHg, apresentando e<strong>de</strong>ma <strong>de</strong> papila unilateral.<br />

Conclusão: A arterite <strong>de</strong> takayasu é uma vasculite sistemica relativamente rara que, algumas vezes, po<strong>de</strong> ser causa <strong>de</strong> baixa súbita<br />

acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual.<br />

SÍNDROME DE HOLMES-ADIE: RELATO DE CASO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PUPILAS DILATADAS<br />

MARILUCE SILVEIRA VERGARA; ALINE LUTZ DE ARAUJO; RAQUEL BROD STORCH<br />

Introdução: A dilatação pupilar é um achado comum a diversas patologias. A síndrome <strong>de</strong> Adie consiste em dilatação pupilar<br />

benigna, geralmente unilateral. Se associa<strong>da</strong> à diminuição dos reflexos tendinosos, constitui a síndrome <strong>de</strong> Holmes-Adie. Relato<br />

do caso: Paciente feminino, 10 anos, estu<strong>da</strong>nte, apresenta-se à consulta com queixa <strong>de</strong> dilatação pupilar do olho direito há 2<br />

meses, associa<strong>da</strong> à fotofobia leve. Negava uso <strong>de</strong> colírios ou medicamentos sistêmicos, trauma ou doença crônica. Ao exame<br />

oftalmológico apresentou acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual normal em ambos os olhos, reflexos fotomotor direto e consensual abolidos no olho<br />

direito e preservados no olho esquerdo. A avaliação neurológica mostrou diminuição dos reflexos tendinosos profundos e<br />

tomografia computadoriza<strong>da</strong> <strong>de</strong> crânio normal. Realizado teste com colírio <strong>de</strong> pilocarpina diluído a 0,1%, observando-se miose<br />

intensa do olho acometido. A conduta foi orientação à família quanto à natureza benigna do quadro e prescrição <strong>de</strong> colírio <strong>de</strong><br />

pilocarpina a 0,05% para fotofobia. Comentários: A Síndrome <strong>de</strong> Adie é uma oftalmoplegia intrínseca isola<strong>da</strong> dos músculos<br />

esfíncter <strong>da</strong> pupila e ciliar, por <strong>de</strong>nervação pós-ganglionar parassimpática. Afeta principalmente adultos jovens feminino. A<br />

etiologia não é evi<strong>de</strong>nte, mas é sugeri<strong>da</strong> associação com doença viral prévia. A avaliação <strong>de</strong> anisocoria <strong>de</strong>ve incluir história<br />

clínica <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>, pesquisando-se contato com plantas com efeitos atropínicos ou uso <strong>de</strong> colírios. Outras alterações intracranianas<br />

<strong>de</strong>vem ser afasta<strong>da</strong>s. Na pupila <strong>de</strong> Adie, ocorre midríase com reflexo fotomotor ausente ou lento associado à movimentos<br />

vermiformes <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> pupilar. A motili<strong>da</strong><strong>de</strong> ocular extrínseca faz o diagnóstico diferencial com paresia do III nervo craniano. O

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