Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA DOS ÁCIDOS GRAXOS (AG) SÉRICOS APÓS REFEIÇÃO PADRÃO EM PACIENTES<br />
COM DIABETE MELITO (DM) TIPO 2 COM POLIMORFISMO A54T DO GENE FATTY ACID BINDING PROTEIN<br />
(FABP2): RESULTADOS PRELIMINARES<br />
OELLEN STUANI FRANZOSI; JUSSARA CARNEVALE DE ALMEIDA; MAGDA SUSANA PERASSOLO; THEMIS<br />
ZELMANOVITZ; LUIS HENRIQUE CANANI; JORGE LUIZ GROSS; MIRELA JOBIM DE AZEVEDO<br />
Alterações no perfil lipídico sérico no DM associam-se consumo <strong>de</strong> gorduras, resistência insulínica, inflamação e disfunção<br />
endotelial. O gene FABP2 expressa uma proteína transportadora <strong>de</strong> AG dietéticos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia longa na mucosa intestinal. O<br />
polimorfismo A54T <strong>de</strong>ste gene aumenta afini<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sta proteína pelos AG e associa-se à hipertrigliceri<strong>de</strong>mia. O objetivo <strong>de</strong>sse<br />
estudo é comparar a resposta dos AG séricos após refeição padrão em pacientes DM tipo 2 homozigotos para o alelo T(TT) do<br />
polimorfismo A54T, com a <strong>de</strong> pacientes homozigotos para alelo A(AA). Após jejum (12h) os pacientes recebem refeição<br />
padrão(pão <strong>de</strong> forma com presunto, queijo e manteiga; 7,2kcal/kg; lipí<strong>de</strong>os=43,4%; proteínas=22,0%, carboidratos=34,7%) e<br />
realizam dosagens séricas: tempo 0 - glicose, teste-A1C, perfil lipídico; 2,4,6 e 8h pós-refeição - AG em<br />
quilomicrons(ultracentrifugação; extração, metilação e i<strong>de</strong>ntificação por cromatografia gasosa), glicose, triglicerí<strong>de</strong>os(TG);<br />
tempos 0 e 8h - proteína C reativa(nefelometria), fibrinogênio(ITM), endotelina-1(ELISA). De 29 pacientes selecionados, 11<br />
pacientes TT e 15 AA já realizaram o experimento. Não se observou diferença (P>0,05) entre gênero, etnia, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, IMC,<br />
tratamento do DM, cotas <strong>de</strong> carboidrato e doses <strong>de</strong> insulina ultra-rápi<strong>da</strong> no início do teste comparando-se os dois grupos. A área<br />
sob curva calcula<strong>da</strong> para glicemia dos pacientes TT foi menor do que a dos pacientes AA(807,6±117,5 vs. 903,7±114,2mg.h/dL;<br />
p=0,047), sem diferença na área calcula<strong>da</strong> para TG[1626(600-2402) vs. 1433(845-3004) mg.h/dL; p=0,919]. Valores <strong>de</strong><br />
fibrinogênio, proteína-C-reativa e endotelina-1 iniciais e finais não foram diferentes nos pacientes TT e AA. Avaliação <strong>da</strong>s<br />
dosagens <strong>de</strong> AG séricos nas quilomicrons que estão sendo realiza<strong>da</strong>s permitirão a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> interpretação dos resultados.<br />
COMPARAÇÃO DOS TESTES DE ESTIMULO COM CORTROSINA EM ALTA (249 UG) E BAIXA DOSE (1 UG) PARA O<br />
DIAGNÓSTICO DE INSUFICIÊNCIA ADRENAL RELATIVA EM PACIENTES COM CHOQUE SÉPTICO- ESTUDO<br />
PILOTO<br />
RAFAEL BARBERENA MORAES; MAURO A. CZEPIELEWSKI; GILBERTO FRIEDMAN; TIAGO TONIETTO;<br />
HENRIQUE SALTZ; EVANDRO LUCAS DE BORBA<br />
Choque séptico está associado com Insuficiencia Adrenal Relativa (IAR) em cerca <strong>de</strong> 40% dos casos. Há uma tendência na<br />
literatura <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar portadores <strong>de</strong> IAR pacientes com cortisol basal < 15 ug/dL, e não portadores <strong>de</strong> IAR pacientes com<br />
cortisol basal > 34 ug/dL. Discute-se qual teste <strong>de</strong> estimulo <strong>de</strong>va ser empregado nos pacientes cujo cortisol basal situa-se entre 15<br />
ug/dL e 34 ug/dL. Até o presente momento poucos estudos compararam o teste <strong>de</strong> baixa dose (1 ug) <strong>de</strong> cortrosina com o teste <strong>de</strong><br />
alta dose (250 ug). O objetivo <strong>de</strong>ste estudo é comparar os testes <strong>de</strong> alta e baixa dose em pacientes com choque séptico. Estão<br />
sendo incluídos pacientes portadores <strong>de</strong> choque séptico, em uso <strong>de</strong> vasopressor, ventilação mecânica, internados na UTI há < 96<br />
horas, após consentimento pelos familiares. Constituem critérios <strong>de</strong> exclusão: uso <strong>de</strong> etomi<strong>da</strong>to, espironolactona,<br />
anticoncepcionais, cetoconazol ou esteroi<strong>de</strong>s nos últimos 6 meses, SIDA, gravi<strong>de</strong>z, história <strong>de</strong> patologia do eixo hipotálamohipófise-<br />
adrenal, choque <strong>de</strong> outra etiologia. O paciente alocado é submetido aos testes <strong>de</strong> baixa e alta dose consecutivamente,<br />
com intervalo <strong>de</strong> 4 hora. Ca<strong>da</strong> infusão <strong>de</strong> cortrosina é acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> cortisol nos tempos 0’, 30’ e 60’. Variação <strong>de</strong> cortisol < 9<br />
ug/dL é o critério <strong>de</strong> <strong>de</strong>fine IAR pelos testes <strong>de</strong> estímulo. Até o momento alocamos 12 pacientes. 7 pacientes tiveram cortisol<br />
entre 15 ug/dL e 34 ug/dL. Em 1 paciente ambos testes concor<strong>da</strong>ram na presença <strong>de</strong> IAR. Em 5 pctes ambos testes concor<strong>da</strong>ram<br />
não haver IAR. Apenas 1 paciente apresentou critério <strong>de</strong> IAR no teste <strong>de</strong> baixa dose e não apresentou este critério no teste <strong>de</strong> alta<br />
dose.A análise <strong>de</strong>stes pacientes mostra gran<strong>de</strong> concordância entre os testes <strong>de</strong> estimulo com cortrosina em baixa e alta dose (6/7<br />
pacientes), po<strong>de</strong>ndo o teste <strong>de</strong> baixa dose ser mais sensível.<br />
ÍNDICE PRODUTO DE ACUMULAÇÃO LIPÍDICA (LAP) PARA AVALIAÇÃO DE RESISTÊNCIA À INSULINA EM<br />
PACIENTES HIRSUTAS COM E SEM A SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS<br />
IGOR GORSKI BENEDETTO; LIVIA MASTELLA; DENUSA WILTGEN; POLI MARA SPRITZER (UNID. ENDOCRINOL.<br />
GINECOLÓGICA, SERV. ENDOCRINOL., HCPA E DEPTO FISIOLOGIA, UFRGS)<br />
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) caracteriza-se por anovulação crônica e hiperandrogenismo, maior<br />
prevalência <strong>de</strong> resistência insulínica (RI) e risco aumentado para diabete. Embora a RI seja in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do IMC em PCOS, a<br />
obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> tem influência sobre as comorbi<strong>da</strong><strong>de</strong>s metabólicas. Os índices utilizados para pesquisa <strong>de</strong> RI apresentam acurácia<br />
limita<strong>da</strong> para uso na prática clínica. Um índice alternativo para avaliação <strong>de</strong> risco cardiovascular foi recentemente <strong>de</strong>scrito,<br />
utilizando medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> cintura e triglicerí<strong>de</strong>os – lipid accumulation product (LAP). Objetivo: Determinar a distribuição <strong>de</strong><br />
freqüências percentuais do LAP em relação com HOMA, em uma amostra <strong>de</strong> pacientes hirsutas com e sem PCOS. Metodologia:<br />
Foi realizado estudo transversal com 76 mulheres hirsutas, sendo 47 pacientes com PCOS e 31 com hirsutismo idiopático (ciclos<br />
ovulatórios e androgênios normais) (HI). Foram avalia<strong>da</strong>s variáveis antropométricas, hormonais e metabólicas. O LAP [(cintura –<br />
58)x triglicerí<strong>de</strong>os (mmol/l)] foi estratificado por percentis e as pacientes classifica<strong>da</strong>s como resistentes à insulina se HOMA ><br />
3,8. Resultados: As pacientes com PCOS apresentaram maior frequência <strong>de</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> e dislipi<strong>de</strong>mia, e HOMA mais elevado que<br />
o grupo HI, mesmo quando corrigidos por IMC. O LAP apresentou correlação significativa com HOMA (r = 0,6; p 0,01) e com<br />
IMC (r = 0, 83, p < 0,001). Verificou-se que 83% <strong>da</strong>s pacientes do grupo PCOS com HOMA > 3,8 apresentaram LAP igual ou<br />
superior ao percentil 75% (p=0,007). Conclusão: LAP e HOMA apresentaram forte correlação entre si e houve significativa<br />
proporção <strong>de</strong> pacientes com PCOS e resistência insulínica com LAP mais elevado. Estes resultados sugerem, <strong>de</strong> forma preliminar,<br />
que o índice LAP possa ser utilizado para rastreamento <strong>de</strong> resistência insulínica em pacientes com PCOS. Estudos utilizando o<br />
clamp euglicêmico hiperinsulinêmico como padrão ouro são necessários para estimar a acurácia do LAP nesta situação.