Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE USO DOS DISPOSITIVOS INALATÓRIOS EM PACIENTES ASMÁTICOS<br />
ANGELA ZANONATO; DIEGO MILAN MENEGOTTO; LIANA FRANCISCATTO; FERNANDO SOLIMAN; MARCUS<br />
FELIPE OLIVEIRA; MARCELO COELHO PATRÍCIO; MARCELO DE FIGUEIREDO; THAÍS HELENA GONÇALVES;<br />
ROSIMARY RICARDA PETRIK PEREIRA; PAULO DE TARSO ROTH DALCIN<br />
O corticói<strong>de</strong> inalatório (CI) é a principal medicação para o tratamento <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> asma e a técnica inalatória a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> é<br />
fun<strong>da</strong>mental para o controle <strong>da</strong> doença. Objetivos: avaliar a técnica <strong>de</strong> uso dos dispositivos inalatórios no tratamento <strong>de</strong><br />
manutenção <strong>da</strong> asma. Métodos: estudo transversal, prospectivo, em pacientes com diagnóstico <strong>de</strong> asma e em acompanhamento<br />
ambulatorial. A coleta dos <strong>da</strong>dos clínicos foi realiza<strong>da</strong> por questionário padronizado aplicado após consulta ambulatorial. Os<br />
pacientes foram testados quanto às etapas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> seus dispositivos inalatórios pelos membros <strong>da</strong> pesquisa. Resultados:<br />
Foram estu<strong>da</strong>dos 116 pacientes, sendo que 61(52,6%) realizaram a técnica inalatória correta em to<strong>da</strong>s as suas etapas. O uso<br />
correto <strong>da</strong> técnica inalatória se associou com a ren<strong>da</strong> familiar (técnica ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> mais freqüente com a ren<strong>da</strong> familiar menor, p =<br />
0,21), com o tipo <strong>de</strong> dispositivo inalatório (técnica ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> mais freqüente com o uso do aerossol dosimetrado do que os<br />
dispositivos em pós, p < 0,001). Não foi observa<strong>da</strong> associação <strong>da</strong> técnica inalatória com sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, grau <strong>de</strong> instrução nem função<br />
pulmonar (p > 0,05). Conclusões: Uma percentagem significativa <strong>de</strong> pacientes asmático utiliza incorretamente os dispositivos<br />
inalatórios, sendo os erros mais freqüentes com a utilização do aerossol dosimetrado e em pacientes com ren<strong>da</strong> familiar mais<br />
baixa. Os achados evi<strong>de</strong>nciam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> programas educativos em asma.<br />
ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA TUBERCULOSE ASSOCIADA À INFECÇÃO POR HIV<br />
VITOR BOSCHI; VANESSA HARTMANN; FILIPE PEREIRA MADEIRA; NATASHA MENDONÇA OLIVEIRA; SARA<br />
VANAZZI; FRANCIELE WEILER<br />
INTRODUÇÃO: Na maioria dos países, a Tuberculose reapareceu <strong>de</strong>vido à infecção pelo HIV, ao aumento <strong>da</strong> pobreza, à<br />
<strong>de</strong>sestruturação dos programas <strong>de</strong> controle e à baixa a<strong>de</strong>rência ao tratamento. Sua mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> tem sido atribuí<strong>da</strong> à quimioterapia<br />
irregular ou ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, <strong>de</strong>mora no diagnóstico, multi-resistência às drogas e co-infecção com HIV. OBJETIVO: Verificar as<br />
manifestações clínicas presentes em pacientes HIV positivos com tuberculose. METODOLOGIA: Foi realiza<strong>da</strong> uma revisão <strong>de</strong><br />
literatura <strong>de</strong> artigos científicos no site SUM SEARCH utilizando as palavras-chaves: tuberculosis, AIDS, clinical manifestation.<br />
Dos artigos encontrados, foram selecionados aqueles que houvessem sido publicados nos últimos 10 anos e que correspon<strong>de</strong>ssem<br />
aos objetivos do trabalho. RESULTADO: A sinergia entre TB e o vírus HIV é responsável pelo aumento <strong>da</strong> morbimortali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />
pacientes com AIDS. Esse pacientes são mais propensos à TB ativa do que a população em geral, além <strong>de</strong> serem mais suscetíveis<br />
às formas extra-pulmonares, predominando o comprometimento ganglionar. Há possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> presença <strong>de</strong> manifestações<br />
clínicas ou radiológicas atípicas, tais como infiltrado intersticial difuso, consoli<strong>da</strong>ção dos lobos pulmonares inferiores e forma<br />
miliar. A co-infecção po<strong>de</strong> estar relaciona<strong>da</strong> com uma reativação <strong>da</strong> TB latente ou uma resposta imunológica <strong>de</strong>ficiente. É<br />
possível que o Mycobacterium tuberculosis ative a replicação do HIV, acelerando a progressão do quadro clínico <strong>da</strong> AIDS. A<br />
forma miliar é mais freqüente entre os casos <strong>de</strong> TB na presença <strong>de</strong> AIDS. CONCLUSÃO: Foi constata<strong>da</strong> eleva<strong>da</strong> co-morbi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
com manifestações clínicas variáveis <strong>da</strong> tuberculose, o que requer <strong>da</strong> equipe médica alto grau <strong>de</strong> suspeição e diagnóstico<br />
laboratorial confirmatório.<br />
DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL EM RATOS EXPOSTOS A MODELO DE APNÉIAS DO SONO<br />
LUIZ FELIPE TEER DE VASCONCELLOS; DENIS MARTINEZ; PATRICIA GNIESLAW DE OLIVEIRA; MARCOS<br />
EUGENIO SOARES DUARTE; CAROLINA GUERINI DE SOUZA; SIGNORÁ KONRAD<br />
Introdução: Hipóxia crônica causa redução do tecido adiposo marrom (TAM) interescapular, especializado na produção <strong>de</strong> calor<br />
sem tremor. O mecanismo envolve ativação do sistema nervoso simpático (SNS), provocando o consumo do TAM. Apnéias do<br />
sono causam aumento <strong>de</strong> tono do SNS e por se associar à obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>m afetar a distribuição <strong>da</strong> gordura corporal. Isso não se<br />
estudou em mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> hipóxia intermitente (HI), simulando apnéias do sono. Objetivo: Avaliar se hipóxia intermitente afeta a<br />
distribuição do tecido adiposo (TA) <strong>de</strong> ratos. Material e Métodos: Submetemos 8 ratos Wistar machos, com 9 meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, a<br />
21 dias <strong>de</strong> hipóxia isocápnica intermitente – um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> apnéias do sono – com 1 minuto <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> mistura N2/CO2 na<br />
câmara até atingir FO2 <strong>de</strong> 8% e FCO2 <strong>de</strong> 6% (grupo HI) e mais 5 ratos a hipóxia intermitente simula<strong>da</strong> (HIS) com introdução <strong>de</strong><br />
ar ambiente na câmara. Ao final dos 21 dias, os animais HI e HIS foram sacrificados. O TAM, TA abdominal (TAA) e<br />
epididimário (TAE) foram removidos e pesados em balança <strong>de</strong> precisão. Resultados: No início do experimento, os 2 grupos<br />
tinham o mesmo peso, mas, no final, o peso do grupo HIS aumentou, em média ± DP, <strong>de</strong> 448±63 g para 452±61 g (n.s.), enquanto<br />
que o do grupo HI reduziu <strong>de</strong> 447±50 gramas para 430±53 g (p= 0,022; Wilcoxon; teste exato bicau<strong>da</strong>l). O TAA e TAE não<br />
variaram; porém, o TAM foi 20% maior no grupo HIS (0,6±0,08 g) do que no grupo HI (0,5±0,08 g), próximo <strong>da</strong> significância<br />
estatística (p= 0,054; Mann-Whitney; teste exato monocau<strong>da</strong>l). Conclusão: Ocorre per<strong>da</strong> <strong>de</strong> peso e aparente consumo do TAM<br />
com a HI, sugerindo maior ativação do SNS. Estes resultados preliminares garantem a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estudo com maior número<br />
<strong>de</strong> animais e por tempo mais prolongado para confirmar o efeito <strong>da</strong> hipóxia intermitente sobre o TAM.<br />
PROTEÍNA S100B EM RATOS SUBMETIDOS A HIPÓXIA INTERMITENTE.<br />
LUIZ FELIPE TEER DE VASCONCELLOS; DENIS MARTINEZ; LUIS V. PORTELA; PATRICIA GNIESLAW DE<br />
OLIVEIRA; MARCOS EUGENIO SOARES DUARTE; ROSELI MOELLERCKE; DIOGO ONOFRE SOUZA<br />
Introdução: As <strong>de</strong>ssaturações <strong>de</strong> oxigênio vistas na síndrome <strong>da</strong>s apnéias obstrutivas do sono (SAOS), doença respiratória<br />
caracteriza<strong>da</strong> por sintomas neuropsiquiátricos, causam hipóxia intermitente (HI). A proteína S100B, produzi<strong>da</strong> pelos astrócitos em<br />
resposta a <strong>da</strong>no neuronal, aumenta na SAOS, sugerindo que os sintomas cognitivos tenham base orgânica. Animais submetidos a<br />
HI mostram per<strong>da</strong> <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado. Objetivo: Medir níveis <strong>da</strong> S100B no líquor e no sangue <strong>de</strong> ratos expostos a<br />
hipóxia intermitente. Métodos: Submetemos ratos Wistar machos, com 9 meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, a 21 dias <strong>de</strong> 30 períodos <strong>de</strong> HI<br />
isocápnica por hora, durante 8 horas do período <strong>de</strong> sono, com ciclos <strong>de</strong> 1 minuto <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> mistura N2/CO2 na câmara até<br />
atingir FO2 <strong>de</strong> 8% e FCO2 <strong>de</strong> 6% (grupo HI, 17 ratos) e a hipóxia intermitente simula<strong>da</strong> (HIS, 8 ratos). Ao final dos 21 dias, 8