Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
um protocolo formal para implementação e execução do procedimento relacionado. A criação e a execução <strong>de</strong>ste trabalho geraram<br />
material didático artístico que proporciona melhor compreensão do procedimento em questão, estimula o pensamento crítico e<br />
permite expressões mais extensas dos talentos dos pesquisadores. Este trabalho faz parte <strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> protocolos em<br />
terapia gênica para os quais estamos elaborando histórias em quadrinhos. APOIO: CNPq, FIPE/HCPA.<br />
MORTE CELULAR INDUZIDA POR EXPRESSÃO DE EIF2 BETA TRUNCADO UM MODELO IN VITRO DE TERAPIA<br />
GÊNICA ANTI-PROLIFERAÇÃO CELULAR<br />
GABRIELLE DIAS SALTON; LAURINO, CCFC ; CARLESSI RM; HENRIQUES, JAP ; XAVIER, RM; LAURINO, JP<br />
Introdução: O câncer é uma <strong>da</strong>s doenças mais visa<strong>da</strong>s pela terapia gênica. O principal regulador <strong>da</strong> síntese protéica é o fator 2 do<br />
início <strong>da</strong> tradução <strong>de</strong> eucariotos, eIF2, formado por três subuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s não-idênticas. As funções realiza<strong>da</strong>s pela porção aminoterminal<br />
<strong>da</strong> subuni<strong>da</strong><strong>de</strong> beta estão relaciona<strong>da</strong>s à presença <strong>de</strong> um domínio composto por três blocos <strong>de</strong> seis a oito resíduos <strong>de</strong><br />
lisinas, os quais são altamente conservados entre eucariotos. Laurino JP (1999) mostrou que, em S. cerevisiae, o gene <strong>de</strong> eIF2β<br />
mutado (<strong>de</strong>sprovido dos blocos <strong>de</strong> lisinas) competindo com o gene selvagem foi capaz <strong>de</strong> induzir para<strong>da</strong> do crescimento celular,<br />
efeito que po<strong>de</strong> ser explorado em células oncogênicas. Objetivo: Determinar a taxa <strong>de</strong> proliferação <strong>de</strong> células <strong>de</strong> mamíferos<br />
carregando um plasmí<strong>de</strong>o <strong>de</strong> expressão contendo o gene mutado <strong>de</strong> eIF2β humano. Materiais e Métodos: A região codificadora <strong>de</strong><br />
eIF2β mutado foi gera<strong>da</strong> por mutagênese sítio dirigi<strong>da</strong>. Para analisar o efeito <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>leções em diferentes linhagens celulares foi<br />
utilizado o sistema T-Rex TM (Invitrogen). Os cDNAs <strong>de</strong> eIF2β humano selvagem e mutado foram clonados separa<strong>da</strong>mente no<br />
plasmí<strong>de</strong>o <strong>de</strong> expressão induzível por tetraciclina. Para mensurar o papel <strong>de</strong>sta segun<strong>da</strong> forma foi utilizado o gene repórter EGFP<br />
sob controle do promotor <strong>de</strong> CMV. Essas diferentes construções foram transfecta<strong>da</strong>s na linhagem celular Hek293T, e a expressão<br />
constitutiva <strong>de</strong> EGFP foi analisa<strong>da</strong>. Resultados e Conclusões: Por análise em microscopia <strong>de</strong> fluorescência, o tratamento com<br />
eIF2β mutado nas células diminuiu a expressão <strong>de</strong> EGFP. Uma vez que a expressão <strong>da</strong> proteína eIF2β muta<strong>da</strong> parece ter inibido a<br />
síntese protéica, um plasmí<strong>de</strong>o contendo essa construção po<strong>de</strong>rá ser utilizado como nova estratégia <strong>de</strong> terapia gênica direciona<strong>da</strong><br />
ao câncer.<br />
ANÁLISE DE FATORES GENÉTICOS E AMBIENTAIS DE RISCO E SUA INFLUÊNCIA NO DESFECHO CLÍNICO DE<br />
PACIENTES COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA.<br />
DÂNAE LONGO; CLAITON BAU; BIBIANE ARMILIATO DE GODOI; RUDIMAR DOS SANTOS RIESGO; LAVÍNIA<br />
SCHÜLER-FACCINI<br />
Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) atingem cerca <strong>de</strong> 3 em ca<strong>da</strong> mil indivíduos e se caracterizam por um<br />
comprometimento grave no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> interação social, comunicação e interesses, sendo o início dos sintomas anterior<br />
aos três anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Diversos estudos i<strong>de</strong>ntificaram fatores <strong>de</strong> risco genéticos e ambientais associados aos TEA. Por outro lado,<br />
poucos estudos avaliaram a influência <strong>de</strong>sses fatores na manifestação do fenótipo clínico (<strong>de</strong>sfecho) dos pacientes. O objetivo<br />
<strong>de</strong>sse trabalho é avaliar se a história familiar, fatores sócio-econômicos e intercorrências pré e peri-natais po<strong>de</strong>m influenciar o<br />
<strong>de</strong>sfecho clínico <strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> 139 pacientes (76% homens) com diagnóstico <strong>de</strong> TEA idiopático, atendidos no HCPA ou<br />
outras instituições do RS. Os <strong>de</strong>sfechos estu<strong>da</strong>dos foram escores obtidos em escalas comportamentais para TEA e presença <strong>de</strong><br />
sintomas alvo importantes. A análise estatística foi realiza<strong>da</strong> com os testes do qui-quadrado, ANOVA, teste <strong>de</strong> Fisher e correlação<br />
<strong>de</strong> Spearman utilizando o programa SPSS 12 for Windows. Os resultados até o momento mostram uma correlação positiva entre<br />
agressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do paciente e história familiar <strong>de</strong> TEA (P=0,048) e doença crônica materna (P=0,003). Por outro lado, a recorrência<br />
<strong>de</strong> irmãos afetados por TEA está relaciona<strong>da</strong> com intercorrências neonatais (P=0,027) e intervenção <strong>de</strong> emergência pós-parto<br />
(P=0,009). Os resultados indicam que combinações específicas <strong>de</strong> fatores genéticos e ambientais <strong>de</strong> risco interagem na<br />
<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfechos clínicos particulares. Dados adicionais estão sendo analisados para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> outros fatores <strong>de</strong><br />
risco e sua influência em <strong>de</strong>sfechos clínicos. Esperamos que, futuramente, esse conhecimento possa auxiliar tanto o tratamento<br />
quanto o prognóstico <strong>de</strong> pacientes com TEA.<br />
Farmacologia Geral<br />
AVALIAÇÃO DE TRANSTORNOS DE SAÚDE EM POPULAÇÃO DO VALE DO TAQUARI, RIO GRANDE DO SUL,<br />
BRASIL, E SUA RELAÇÃO COM USO DE AGROTÓXICOS<br />
ALÍCIA DEITOS; GABRIELA LASTE; ANA CLÁUDIA DE SOUZA; ANDRESSA DE SOUZA; RODRIGO HILGEMANN;<br />
IONARA RODRIGUES SIQUEIRA; LUCIANA FERNANDES; MARIA BEATRIZ CARDOSO FERREIRA; MARIA PAZ<br />
HIDALGO; IRACI LUCENA DA SILVA TORRES<br />
Estima-se que milhões <strong>de</strong> agricultores são intoxicados anualmente no mundo e mais <strong>de</strong> 20 mil morrem em conseqüência <strong>da</strong><br />
exposição a agrotóxicos, a maioria em países em <strong>de</strong>senvolvimento. A falta <strong>de</strong> legislação e <strong>de</strong> controle do uso a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>stes<br />
produtos e o baixo nível <strong>de</strong> informação dos trabalhadores quanto aos riscos a que estão expostos são as principais causas <strong>de</strong>stas<br />
ocorrências. O presente trabalho tem como objetivo verificar uma possível associação entre doenças e exposição a agrotóxicos em<br />
uma população sabi<strong>da</strong>mente doente. Para tanto, este estudo transversal foi <strong>de</strong>senvolvido nas farmácias priva<strong>da</strong>s e públicas<br />
(Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) <strong>de</strong> 4 ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Vale do Taquari/RS, no período <strong>de</strong> março a junho <strong>de</strong> 2006. Foram realiza<strong>da</strong>s<br />
aproxima<strong>da</strong>mente 100 entrevistas em ca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, utilizando-se questionário semi-estruturado e previamente testado. Dos 398<br />
pacientes entrevistados, 219 (55,02%) relataram ter contato com agrotóxicos e 179 (44,97%) não o tiveram. Observou-se<br />
diferença significativa ( P