Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
método Calgary <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> família, com aplicação do genograma e ecomapa. Participaram <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> familiares e usuários<br />
em acompanhamento no Centro <strong>de</strong> Atenção Psicossocial. A oficina nos aproximou <strong>da</strong>s famílias, i<strong>de</strong>ntificando suas relações e seus<br />
vínculos. A experiência nos possibilitou a construção <strong>de</strong> um espaço interativo com os entrevistados, em que pu<strong>de</strong>ram relatar seu<br />
cotidiano e sua história, percebendo-se conhecedores sobre questões <strong>da</strong>s suas vi<strong>da</strong>s e com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para ação. Como<br />
acadêmicos/bolsistas percebemos as oficinas com uma forma singular <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>do e aprendizagem, que proporciona um contato<br />
maior entre usuários, familiares e profissionais, facilitando uma parceria nas intervenções. Desta forma, enten<strong>de</strong>mos que a oficina<br />
é um convite para que ca<strong>da</strong> participante se encontre com sua singulari<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois po<strong>de</strong> promover a socialização e interação,<br />
estratégias que vão ao encontro <strong>da</strong> reforma psiquiátrica brasileira.<br />
ESTÁGIO CURRICULAR DE ENFERMAGEM EM UM PROJETO DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL<br />
CAMILA BARBOSA DA COSTA; ANA MARIA VIEIRA CARDOSO; MÁRCIA TRAVI HEURICH<br />
A doença mental <strong>de</strong>sorganiza a vi<strong>da</strong> do paciente, seus relacionamentos interpessoais e <strong>de</strong>sestrutura os vínculos familiares. Apesar<br />
do Movimento <strong>da</strong> Reforma Psiquiátrica, ain<strong>da</strong> são poucos os locais <strong>de</strong> atendimento para o paciente e sua família. O objetivo <strong>de</strong>ste<br />
estudo é relatar o estágio curricular do curso <strong>de</strong> graduação em Enfermagem <strong>da</strong> UNISINOS realizado no Projeto Vivendo e<br />
Reapren<strong>de</strong>ndo, local <strong>de</strong> reabilitação psicossocial. Por tratar-se do primeiro estágio curricular realizado por uma acadêmica <strong>de</strong><br />
Enfermagem no local, objetivamos: proporcionar ao usuário e à sua família um atendimento personalizado através <strong>de</strong> visitas<br />
domiciliares; assistir a família e garantir apoio emergencial para as situações <strong>de</strong> maior ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> através <strong>de</strong> escuta pessoal e ao<br />
telefone, antes feita aos pacientes pela professora e no estágio foi estendido aos familiares; proporcionar um ambiente exclusivo<br />
para as usuárias esclarecer dúvi<strong>da</strong>s sobre a saú<strong>de</strong> feminina através <strong>da</strong> oficina <strong>da</strong> mulher; tornar os prontuários dos pacientes mais<br />
atualizados através <strong>da</strong> consulta <strong>de</strong> enfermagem, com informações em relação a sua saú<strong>de</strong> como um todo e não somente à saú<strong>de</strong><br />
mental e com isso foi estabelecido uma rotina mensal <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> sinais, e os resultados ficaram registrados na ficha <strong>de</strong><br />
avaliação física do paciente. Compartilhei a coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> reunião dos familiares proporcionando uma observação mais<br />
minuciosa <strong>da</strong>s mensagens não verbais, aten<strong>de</strong>ndo mais facilmente aos pedidos <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>. Sabemos que o caminho é longo, para<br />
que nosso atendimento seja estendido a todos os pacientes e seus familiares, a criação <strong>de</strong> um atendimento que inclua a família é<br />
imprescindível para a reabilitação do paciente Realizamos nossos objetivos e continuamos realizando as visitas domiciliares,<br />
mesmo o estágio curricular ter sido concluído.<br />
Enfermagem Pediátrica<br />
CATETER VENOSO CENTRAL EM PEDIATRIA: COMPLICAÇÕES E PREVENÇÃO<br />
MARCELE CHISTÉ; NAIR REGINA RITTER RIBEIRO<br />
Buscou-se neste estudo conhecer, através <strong>de</strong> pesquisa bibliográfica, os principais tipos <strong>de</strong> Cateteres Venosos Centrais (CVCs)<br />
utilizados em Pediatria, i<strong>de</strong>ntificando as complicações mais comuns e a prevenção <strong>de</strong>stas relaciona<strong>da</strong>s ao cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> enfermagem.<br />
A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi através <strong>de</strong> fichas <strong>de</strong> leitura e a análise dos <strong>da</strong>dos do tipo qualitativa. Em Pediatria é freqüente a utilização <strong>de</strong><br />
CVCs para o tratamento dos pacientes proporcionando benefícios em relação às repeti<strong>da</strong>s punções realiza<strong>da</strong>s com cateteres<br />
periféricos, minimizando o sofrimento <strong>da</strong>s crianças, além <strong>de</strong> permitirem uma melhor a<strong>de</strong>são ao tratamento prolongado e com isso,<br />
melhora na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos pacientes pediátricos. Os CVC mais utilizados em pediatria são: CVC não-tunelizado<br />
percutâneo (Intracath®), CVC tunelizado Broviac-Hickman, CVC totalmente implantado Port (Port-a-cath®) e o CVC <strong>de</strong><br />
Inserção Periférica (PICC). Em relação às complicações, encontram-se: hematoma e sangramento, hemotórax, pneumotórax,<br />
arritmia cardíaca, infecção do cateter, trombose, tromboflebite e embolia. Dentre os cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> enfermagem relacionados à<br />
prevenção <strong>de</strong>stas complicações salientam-se entre outros, a lavagem rigorosa <strong>de</strong> mãos antes e após manuseio dos cateteres, a<br />
inspeção diária do cateter e o registro <strong>de</strong> seu aspecto, realização <strong>de</strong> curativos conforme necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, troca periódica <strong>de</strong><br />
intermediários e heparinização <strong>de</strong> acordo com ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> cateter. Cabe a equipe <strong>de</strong> enfermagem a manipulação diária <strong>de</strong>stes<br />
cateteres, tanto para infusões, curativos, quanto para a troca <strong>de</strong> equipos. Se manuseados in<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente po<strong>de</strong>m gerar riscos aos<br />
pacientes e atraso no seu tratamento. Em vista disso, é necessária a correta manipulação dos CVC para prevenir complicações e<br />
oferecer o melhor cui<strong>da</strong>do e menor risco aos pacientes.<br />
MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA CUIDADOS DOMICILIARES DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL<br />
ADELE KUCKARTZ PERGHER; NAIR REGINA RITTER RIBEIRO<br />
Trata-se <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um manual <strong>de</strong> orientações para cui<strong>da</strong>dos domiciliares <strong>de</strong> crianças com paralisia<br />
cerebral (PC). Essa condição é caracteriza<strong>da</strong> por um grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns neuromotoras resultantes <strong>de</strong> um <strong>da</strong>no cerebral. Além do<br />
prejuízo motor não progressivo, as crianças afeta<strong>da</strong>s apresentam outras comorbi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, como atrofias e <strong>de</strong>formi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
alimentares, surgimento <strong>de</strong> problemas gastrointestinais e infecções respiratórias recorrentes. Embora a criança com PC não possa<br />
se <strong>de</strong>senvolver normalmente, um tratamento cui<strong>da</strong>dosamente planejado e um cui<strong>da</strong>do no lar po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r a combater as<br />
complicações mais prevalentes. Nesse sentido realizou-se uma revisão <strong>de</strong> literatura <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m ser realiza<strong>da</strong>s pelos<br />
cui<strong>da</strong>dores no domicílio. Os cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong>scritos foram com relação a: oxigenioterapia e aspiração <strong>de</strong> vias aéreas; alimentação e<br />
nutrição; treinamento <strong>de</strong> higiene; prevenção <strong>da</strong> constipação; promoção <strong>de</strong> sono e repouso; prevenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>formi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />
contraturas; uso <strong>de</strong> órteses; manuseio <strong>da</strong> criança com espastici<strong>da</strong><strong>de</strong>; manejo <strong>da</strong> sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> e anticoncepção; higiene e vestuário;<br />
saú<strong>de</strong> bucal; úlceras <strong>de</strong> pressão; prevenção <strong>de</strong> fraturas ósseas; cui<strong>da</strong>dos durante crises convulsivas; transporte e locomoção;<br />
medicações; preparo para hospitalização; aspectos comportamentais; cui<strong>da</strong>do ao cui<strong>da</strong>dor; promoção <strong>de</strong> estimulação e lazer e<br />
manejo <strong>da</strong> sialorréia. Para a confecção do manual foram selecionados os cui<strong>da</strong>dos mais relevantes e utiliza<strong>da</strong> linguagem acessível<br />
e ilustrações. Preten<strong>de</strong>-se com esse trabalho contribuir para a melhora <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s crianças com PC, através <strong>da</strong><br />
instrumentalização <strong>da</strong> família para o a<strong>de</strong>quado cui<strong>da</strong>do em casa.