Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
<strong>de</strong>sconforto que o acompanhante familiar do paciente adulto com doença crônica vivencia durante a hospitalização. A<br />
metodologia adota<strong>da</strong> foi a observação <strong>de</strong> campo e a entrevista semi-estrura<strong>da</strong>. Participaram <strong>da</strong> pesquisa <strong>de</strong>zesseis acompanhantes<br />
familiares. A análise dos <strong>da</strong>dos foi realiza<strong>da</strong> por meio dos achados nas observações <strong>de</strong> campo e dos <strong>de</strong>poimentos obtidos nas<br />
entrevistas. Os <strong>da</strong>dos analisados foram organizados <strong>da</strong> seguinte forma: situações <strong>de</strong> conforto e <strong>de</strong>sconforto, nível <strong>de</strong> conforto dos<br />
familiares acompanhantes durante a hospitalização e as condições para o alcance do nível <strong>de</strong> conforto <strong>de</strong>sejado. Com isso, po<strong>de</strong>-se<br />
constar que apesar <strong>da</strong> hospitalização ser caracteriza<strong>da</strong> como um momento não prazeroso, para quem a vivencia, existem situações<br />
<strong>de</strong> conforto, proporciona<strong>da</strong>s pelas: interações pessoais, condição financeira estável e bem-estar físico e psicológico. Enquanto que<br />
as situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto resultam <strong>da</strong>s: situação <strong>de</strong> doença, <strong>de</strong>sconforto físico e condições <strong>de</strong> insatisfação. Quanto ao nível <strong>de</strong><br />
conforto dos acompanhantes durante a hospitalização esse variou <strong>de</strong> médio a alto. Sendo que as condições para o alcance do nível<br />
<strong>de</strong> conforto <strong>de</strong>sejado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> diversos segmentos como: a instituição, a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a própria melhora do paciente.<br />
O PROCESSO DE ENFERMAGEM E O PACIENTE COM CÂNCER COLORRETAL EM TRATAMENTO<br />
QUIMIOTERÁPICO AMBULATORIAL<br />
PRISCILA DE OLIVEIRA DA SILVA; MARIA ISABEL PINTO COELHO GORINI<br />
Introdução: A quimioterapia é um dos tratamentos <strong>de</strong> escolha para o paciente com câncer colorretal. A enfermeira tem um papel<br />
importante na avaliação e controle <strong>de</strong> muitos dos problemas experimentados pelo paciente que se submete à quimioterapia, pois é<br />
ela que permanece com o paciente durante o tratamento, e quem melhor po<strong>de</strong> avaliá-lo, intervindo a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> acordo os<br />
problemas apresentados. O Diagnóstico <strong>de</strong> Enfermagem faz parte do Processo <strong>de</strong> Enfermagem e seu estabelecimento po<strong>de</strong><br />
contribuir para o aprimoramento <strong>da</strong> assistência presta<strong>da</strong> pelas enfermeiras, no sentido <strong>de</strong> direcionar as intervenções <strong>de</strong><br />
enfermagem <strong>de</strong> forma individualiza<strong>da</strong> e específica para ca<strong>da</strong> cliente. Objetivo: Estabelecer os Diagnósticos <strong>de</strong> Enfermagem (DE)<br />
<strong>de</strong> pacientes com câncer colorretal em tratamento quimioterápico a partir <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas básicas altera<strong>da</strong>s. Materiais e<br />
Métodos: O estudo é baseado numa abor<strong>da</strong>gem qualitativa caracterizado pelo estudo <strong>de</strong> caso. Foram analisados 11 sujeitos que<br />
estavam iniciando tratamento quimioterápico ambulatorial no período <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> março a 7 <strong>de</strong> maio, na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Quimioterapia<br />
Ambulatorial do HCPA. Resultados e Conclusões: Foram estabelecidos 23 Diagnósticos <strong>de</strong> Enfermagem, dos quais 15 estão<br />
relacionados às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s fisiológicas, entre eles os mais prevalentes foram: Risco para Infecção, Padrão do Sono Perturbado,<br />
Nutrição <strong>de</strong>sequilibra<strong>da</strong>: menos que as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s corporais, Integri<strong>da</strong><strong>de</strong> Tissular Prejudica<strong>da</strong> e Alto risco para Integri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Pele Prejudica<strong>da</strong>; seis foram relacionados às alterações nas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> proteção e segurança, dos quais, DE Ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> estava<br />
presente em cinco pacientes; e por fim, dois foram relacionados às alterações nas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> estima, que são Imagem<br />
Corporal Perturba<strong>da</strong> e Impotência.<br />
PONTUANDO CONSIDERAÇÕES NA PRÁTICA PROFISSIONAL: AS DIFICULDADES À AUTONOMIA DO<br />
ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE/CLIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)<br />
ANDRÉ DE MOURA CARVALHO; SUZANE BEATRIZ FRANTZ KRUG<br />
Autonomia é a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> individual que passa por diversos entendimentos e interpretações em consonância com a<br />
subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>finição. Assim, buscou-se investigar as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s vivencia<strong>da</strong>s pelo enfermeiro para <strong>de</strong>sempenhar suas<br />
funções com autonomia na assistência ao paciente/cliente em UTI. Nessa uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, os campos <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>sse profissional são<br />
exigidos para prover um cui<strong>da</strong>r multidirecionado e, portanto, complexo. Esta categoria <strong>de</strong> análise surgiu a partir do método <strong>de</strong><br />
análise <strong>de</strong> conteúdo, sendo componente <strong>de</strong> um estudo exploratório-<strong>de</strong>scritivo, com abor<strong>da</strong>gem qualitativa e visa a aten<strong>de</strong>r o<br />
seguinte objetivo: Constatar as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s encontra<strong>da</strong>s pelo profissional enfermeiro no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas funções,<br />
prejudicando sua autonomia na assistência ao paciente/cliente em UTI. Utilizou-se <strong>de</strong> entrevista semi-estrutura<strong>da</strong> e observação<br />
simples, tendo como participantes a população <strong>de</strong> enfermeiros <strong>de</strong> UTI (oito sujeitos) <strong>de</strong> duas instituições hospitalares localiza<strong>da</strong>s<br />
na região central do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Destacou-se, <strong>de</strong>ntre outros, a relação enfermeiro-médico como obstáculo mais<br />
proeminente ao tema em questão, <strong>de</strong>vido ao controle médico sobre qualquer processo ou cui<strong>da</strong>do dispensado e sobre a<br />
manutenção <strong>da</strong> posição subalterna do enfermeiro, previsto pelos mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> hierarquia hospitalar, segundo referido pela maioria<br />
dos sujeitos. Tais afirmações foram respal<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelas observações realiza<strong>da</strong>s. Sob contextualização científica, foi possível<br />
consi<strong>de</strong>rar que a ampliação dos horizontes <strong>da</strong> enfermagem encontra resistência <strong>da</strong> classe médica; que a falta <strong>de</strong> posicionamento<br />
crítico do profissional enfermeiro facilita sua subalterni<strong>da</strong><strong>de</strong>, reforça<strong>da</strong> pela não adoção do processo <strong>de</strong> enfermagem como<br />
metodologia, tendo-o como o principal caminho ao alcance <strong>de</strong> autonomia profissional.<br />
ANÁLISE DAS INFECÇÕES URINÁRIAS RELACIONADAS AO USO DE CATETER VESICAL<br />
CRISTINA COSTA SILVEIRA; RAQUEL LUTKMEIER, ROBERTA KONRATH, MÁRCIA PIRES, LORIANE<br />
KONKEWICZ, NADIA KUPLICH, GABRIELA KOCHENBORGER, FERNANDA CHASSOT, SHANA MARQUES,<br />
RICARDO KUCHENBECKER<br />
INTRODUÇÃO:A Comissão <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Infecção mantém um processo <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica <strong>da</strong>s infecções<br />
hospitalares global, incluindo infecções do trato urinário (ITU). Vários estudos comprovam que o uso prolongado <strong>de</strong> cateter<br />
vesical <strong>de</strong> <strong>de</strong>mora aumenta o risco <strong>de</strong> infecção do trato urinário. OBJETIVOS:I<strong>de</strong>ntificar a prevalência <strong>de</strong> ITU hospitalares,<br />
relaciona<strong>da</strong>s ao uso <strong>de</strong> cateter vesical, a média <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> uso do cateter, os patógenos mais freqüentes e as sintomatologias mais<br />
relata<strong>da</strong>s. MATERIAIS E MÉTODOS:Estudo prospectivo, realizado no período <strong>de</strong> janeiro a março <strong>de</strong> 2007, que analisou os<br />
casos <strong>de</strong> ITU em to<strong>da</strong>s as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> internação do hospital. Os <strong>da</strong>dos foram registrados em um instrumento elaborado pela<br />
CCIH. As infecções seguiram os critérios <strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> Infecções <strong>Hospital</strong>ares do CDC. RESULTADOS:No período do<br />
estudo, que compreen<strong>de</strong>u os meses <strong>de</strong> janeiro a março <strong>de</strong> 2007, a incidência <strong>de</strong> ITU hospitalares foi <strong>de</strong> 13%, num total <strong>de</strong> 8017<br />
dias <strong>de</strong> cateter urinário. Dentre as 131 infecções i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, 87% eram relaciona<strong>da</strong>s ao uso <strong>de</strong> cateter vesical e 13% sem cateter.<br />
A média <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> cateter foi <strong>de</strong> 14,2 dias. O sintoma mais prevalente encontrado foi febre em 54% casos; enquanto que<br />
as infecções assintomáticas contribuíram em 30% casos. A Escherichia coli foi o microorganismo mais prevalente nas uroculturas<br />
dos pacientes infectados, aparecendo em 32% casos, a Klebsiella sp. em 25% casos, Enterococcus sp. em 18% casos e