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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

Pantoea, Plesiomonas, Proteus, Provi<strong>de</strong>ncia, Salmonella, Serratia, Shigella e Yersinia. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar a prevalência <strong>de</strong><br />

patógenos classificados como enterobactérias no <strong>Hospital</strong> Nossa Senhora <strong>da</strong> Conceição no período <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2006 e maio <strong>de</strong><br />

2007. Materiais e Métodos: Estudo transversal com revisão <strong>de</strong> 1792 uroculturas positivas realiza<strong>da</strong>s no <strong>Hospital</strong> Nossa Senhora<br />

<strong>da</strong> Conceição, no período citado. Resultados e Conclusão: De um total <strong>de</strong> 1792 uroculturas positivas, 1417 (79%) eram<br />

entrobactérias, com a seguinte prevalência <strong>de</strong> gêneros: 17 Citrobacter (0,94%), 100 Enterobacter (5,8%), 829 Escherichia<br />

(46,26%), 292 Klebsiella (16,29%), 22 Morganella (1,22%), 1 Pantoea (0,05%), 110 Proteus (6,13%), 17 Provi<strong>de</strong>ncia (0,94%) e<br />

29 Serratia (1,61%). As enterobactérias causam uma gran<strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> infecções, tanto em pacientes hospitalizados quanto em<br />

pacientes provenientes <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Como observado neste trabalho, elas compreen<strong>de</strong>m a imensa maioria dos germes isolados<br />

nas uroculturas <strong>de</strong> pacientes hospitalizados.<br />

PREVALÊNCIA DE BACTÉRIAS PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASES DE ESPECTRO EXTENDIDO<br />

FABIANA SPECHT; LENISE VALLER, VINÍCIUS BUAES DAL´MASO, ANA PAULA PFITSCHER CAVALLHEIRO,<br />

GUSTAVO DA CAS BIASI, FÁBIO MIRANDA BORDIN<br />

Introdução O surgimento e a extensa disseminação <strong>de</strong> organismos produtores <strong>de</strong> beta-lactamase <strong>de</strong> espectro extendido (ESBL)<br />

têm significado um aumento na utilização <strong>de</strong> antibióticos <strong>de</strong> amplo espectro, já que eles inativam as cefalosporinas <strong>de</strong> espectro<br />

extendido e os monobactâmicos. As bactérias ESBL têm sido <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong>s em várias espécies gram negativas, sendo mais<br />

prevalente em Escherichia coli e Klebsiella species. Men<strong>de</strong>lson, em Israel, reportou a ocorrência <strong>de</strong> 22% <strong>de</strong> E. coli produtora <strong>de</strong><br />

ESBL em uroculturas e 40,5% <strong>de</strong> K. pneumoniae; Ka<strong>de</strong>r, na Arábia Saudita, 8% e 7,5%. Kusum, na Tailândia, encontrou 23,78%<br />

<strong>de</strong> K. pneumoniae ESBL positivas e Gales, em São Paulo, mais <strong>de</strong> 30%. Objetivo Verificar a prevalência <strong>de</strong> bactérias ESBL<br />

positivas em uroculturas. Metodologia Foram revisa<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as amostras <strong>de</strong> urina com crescimento bacteriano <strong>de</strong> pacientes<br />

ambulatoriais e internados realiza<strong>da</strong>s no <strong>Hospital</strong> Nossa Senhora <strong>da</strong> Conceição no período <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2006 a maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Resultados e Conclusão Das 1792 uroculturas positivas, 829 (46%) eram do gênero Escherichia e 292 (16%) do gênero<br />

Klebsiella. Destas, 12% <strong>da</strong>s Escherichia coli e 55% <strong>da</strong>s Klebsiella pneumoniae foram ESBL positivas. A prevalência <strong>de</strong> E. coli e<br />

K. pneumoniae produtoras <strong>de</strong> ESBL em amostras <strong>de</strong> urina em nosso hospital é superior a encontra<strong>da</strong> na literatura, reforçando a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> controle e prevenção.<br />

PSEUDOMONAS AERUGINOSA: PREVALÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA EM INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO<br />

NO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO<br />

GUSTAVO DA CAS BIASI; FÁBIO MIRANDA BORDIN; MARCIANE MARIA ROVER DO SANTOS: FABIANA<br />

SPECHT; LENISE VALLER; ANA PAULA PFISCHER CAVALHEIRO; DIEGO FONTOURA MENDES RIVEIRO;<br />

VINICIUS BAUES DAL´MASO<br />

Introdução: Pseudomonas aeruginosa é consi<strong>de</strong>rado um dos mais comuns bacilos aeróbicos gram negativos intra-hospitalares.<br />

Este organismo é frequentemente temido, por ser causa <strong>de</strong> infecções severas e pelo seu perfil <strong>de</strong> resistência antibiótica. Em<br />

contraste com a infecção urinária adquiri<strong>da</strong> na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, Pseudomonas aeruginosa torna-se o terceiro patógeno nas infecções<br />

nosocomiais. Os pacientes mais suscetíveis são os imunossuprimidos, os submetidos a instrumentação e cateterização do trato<br />

urinário. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar a prevalência e o perfil <strong>de</strong> resistência <strong>da</strong> Pseudomonas aeruginosa aos principais antibióticos antipseudomonas,<br />

no <strong>Hospital</strong> Nossa Senhora <strong>da</strong> Conceição, <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. Materiais e Métodos: Foram revisa<strong>da</strong>s as uroculturas<br />

positivas obti<strong>da</strong>s no <strong>Hospital</strong> Nossa Senhora <strong>da</strong> Conceição, no período <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2006 a maio <strong>de</strong> 2007. Os <strong>da</strong>dos foram obtidos<br />

através <strong>de</strong> busca sistema <strong>de</strong> informática do laboratório do referido <strong>Hospital</strong>. Resultados e Conclusões: De um total <strong>de</strong> 1792<br />

uroculturas positivas no período, em 78 (4,4%), encontrou-se Pseudomonas aeruginosa. Observou-se o seguinte perfil <strong>de</strong><br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> antimicrobiana: Amicacina, 55,3%; Aztreonan, 92,2%; Cefepime, 78,4%; Ceftazidime, 94,7%; Ciprofloxacim,<br />

52,2%; Imipenem, 87,8% e Piperacilina-tazobactan, 72,4%. Nosso trabalho corrobora com os achados <strong>da</strong> literatura <strong>de</strong> emergência<br />

<strong>de</strong> germes resistentes aos antimicrobianos disponíveis. Da mesma forma, comprova-se a alta prevalência <strong>da</strong> Pseudomonas<br />

aeruginosa nas infecções urinárias nosocomiais, sendo este o quinto patógeno mais frequente nas uroculturas do estudo. Dessa<br />

forma, torna-se ca<strong>da</strong> vez mais importante o uso racional <strong>de</strong> antimicrobianos, e a participação ativa do Controle <strong>de</strong> Infecção<br />

<strong>Hospital</strong>ar.<br />

PERICARDITE CONSTRICTIVA TUBERCULOSA COMO CAUSA DE ASCITE REFRATÁRIA<br />

LENISE VALLER; RAFAELA KOMOROWSLI DAL MOLIN , MARCIANE MARIA ROVER , ANA PAULA<br />

CAVALHEIRO , ADRIANA STRIEBEL<br />

Introdução: Nas últimas déca<strong>da</strong>s, a incidência <strong>de</strong> pericardite tuberculosa tem diminuído. Apesar disso, a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

diagnosticar e as conseqüências graves nos casos não tratados continuam a fazer <strong>de</strong>ste diagnóstico um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nos<br />

países com gran<strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> tuberculose. Relato <strong>de</strong> Caso: E.J.S, 76 anos, masculino, branco, proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>.<br />

Paciente com história <strong>de</strong> tuberculose pulmonar em 2000, tendo completando tratamento na época. Internou em junho <strong>de</strong> 2006 com<br />

quadro <strong>de</strong> ascite volumosa e dispnéia aos médios esforços. Líquido <strong>da</strong> ascite com gradiente albumina soro-ascite:1,16;<br />

proteínas:4,3; culturas para fungos, bactérias e tuberculose: negativas. A<strong>de</strong>nosina Deaminase no líquido <strong>de</strong> ascite: 137. Provas<br />

virais negativas. Ecocardiograma: disfunção diastólica ventricular esquer<strong>da</strong>. Laparoscopia diagnóstica: peritôneo sem alterações.<br />

Paciente permaneceu em acompanhamento ambulatorial, com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar paracenteses <strong>de</strong> alívio a ca<strong>da</strong> 5 a 7 dias. Em<br />

junho <strong>de</strong> 2007, permanecia com ascite refratária e dispnéia. Realizado novo Ecocardiograma: pericárdio <strong>de</strong> aspecto espessado.<br />

Disfunção diastólica <strong>de</strong> VE. Realizou pericardiectomia em 06/06/2007, com boa evolução no pós-operatório. Permaneceu sem<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> paracentese após cirurgia. Discussão: Pericardite tuberculosa ocorre em 1 a 2% dos pacientes com tuberculose<br />

pulmonar. Infecção do pericárdio com M. tuberculosis po<strong>de</strong> ocorrer por extensão <strong>da</strong> infecção dos pulmões ou árvore<br />

traqueobrônquica, linfonodos adjacentes ou por via linfática. Mais <strong>de</strong> 50% dos casos se apresenta com sintomas <strong>de</strong> pericardite<br />

agu<strong>da</strong> e <strong>de</strong>rrame pericárdico, que reabsorve sem tratamento em 2 a 4 semanas. Alguns pacientes <strong>de</strong>senvolvem um quadro <strong>de</strong><br />

pericardite constrictiva, com espessamento <strong>de</strong> pericárdio visceral.

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