Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
<strong>da</strong> PRRJ entre os pacientes com infecção por HPV 6 e HPV 11. Materiais e métodos: foram prospectivamente coletados <strong>da</strong>dos a<br />
respeito <strong>da</strong> evolução clínica dos pacientes portadores <strong>de</strong> PRRJ (i<strong>da</strong><strong>de</strong> ao diagnóstico, tempo <strong>de</strong> evolução <strong>da</strong> doença, número total<br />
<strong>de</strong> cirurgias, intervalo entre cirurgias, necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> traqueostomia) e submetidos à microcirurgia <strong>de</strong> laringe. No momento <strong>de</strong>sta<br />
foi realiza<strong>da</strong> coleta <strong>de</strong> material para realização <strong>de</strong> tipagem do HPV por hibridização. Os pacientes foram agrupados em grupo 1<br />
(HPV 6) e grupo 2 (HPV 11), sendo comparados os <strong>da</strong>dos sobre evolução clínica utilizando-se teste do quiquadrado e Mann-<br />
Whitman. Resultados e conclusões: foram incluídos 35 pacientes com PRRJ sendo 65,7% do sexo masculino. A mediana <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
ao diagnóstico foi <strong>de</strong> 3,5 anos e 91,2% nasceram <strong>de</strong> parto vaginal. A mediana do número <strong>de</strong> cirurgias foi <strong>de</strong> 13 por paciente,<br />
variando entre 2 e 53. O grupo 1 representou 45,7% dos casos. Não foi encontra<strong>da</strong> diferença estatística entre o grupo 1 e 2 em<br />
relação a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> diagnóstico, necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> traqueostomia, número total <strong>de</strong> cirurgias, intervalo entre cirurgias e tempo <strong>de</strong><br />
doença. Também não houve diferença entre portadores <strong>de</strong> HPV 6 e 11 comparando separa<strong>da</strong>mente pacientes traqueostomizados e<br />
não traqueostomizados. Nesta série não se observa diferença <strong>de</strong> agressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> PRRJ entre os pacientes infectados pelo HPV 6 e<br />
o HPV 11.<br />
Cardiologia B<br />
EFICÁCIA DE AMILORIDA VERSUS ENALAPRIL COMO SEGUNDO FÁRMACO EM PACIENTES COM PRESSÃO<br />
ARTERIAL NÃO CONTROLADA COM HIDROCLOROTIAZIDA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COM<br />
MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL<br />
VÍTOR MAGNUS MARTINS; PATRÍCIA GUERRERO; FLÁVIO DANNI FUCHS; LEILA BELTRAMI MOREIRA;<br />
CAROLINA BERTOLUCI; SANDRA COSTA FUCHS; MIGUEL GUS<br />
Introdução: muitos pacientes hipertensos necessitam <strong>de</strong> um segundo fármaco para atingir a<strong>de</strong>quado controle <strong>de</strong> pressão arterial<br />
(PA), mas há poucos estudos comparativos entre segun<strong>da</strong>s opções.Objetivos: comparar a eficácia anti-hipertensiva e efeitos<br />
metabólicos <strong>de</strong> amilori<strong>da</strong> com enalapril como segundo agente em pacientes com PA não controla<strong>da</strong> com hidroclorotiazi<strong>da</strong><br />
(HCTZ).Materiais e métodos: em ensaio clínico randomizado, duplo-cego, 82 pacientes com PA não controla<strong>da</strong> sob tratamento<br />
com HCTZ 25 mg/dia foram randomizados para amilori<strong>da</strong> 2,5-5 mg/dia (n=39) ou enalapril 10-20 mg/dia (n=43). Monitorização<br />
Ambulatorial <strong>da</strong> Pressão Arterial (MAPA) foi realiza<strong>da</strong> antes e após 12 semanas <strong>de</strong> tratamento. Pressão <strong>de</strong> consultório foi aferi<strong>da</strong><br />
na 4ª, 8ª e 12ª semanas. As doses <strong>de</strong> amilori<strong>da</strong> e enalapril foram dobra<strong>da</strong>s na 4ª semana e propranolol foi adicionado na 8ª semana<br />
se a PA <strong>de</strong> consultório estivesse acima <strong>de</strong> 140/90 mmHg.Resultados: houve maior redução <strong>da</strong> PA com enalapril. Os <strong>de</strong>ltas para<br />
MAPA entre os grupos foram: 3,6 ± 2,2 (p = 0,106), 3,9 ± 2,2 (p = 0,084) e 1,1 ± 2,7 (p = 0,661) mmHg para PA sistólica <strong>de</strong> 24h,<br />
diurna e noturna, respectivamente, favorecendo enalapril. Para PA diastólica, os <strong>de</strong>ltas foram 1,7 ± 2,0 (p = 0,402), 3,2 ± 1,5 (p =<br />
0,039) e 1,2 ± 1,9 (p = 0,532) mmHg, respectivamente. A PA sistólica <strong>de</strong> consultório diminuiu mais, e mais rápido, no grupo<br />
enalapril (p = 0,003). Mais pacientes tomando amilori<strong>da</strong> necessitaram <strong>de</strong> propranolol para controle <strong>da</strong> PA (p = 0,035). Os níveis<br />
finais <strong>de</strong> triglicerí<strong>de</strong>os foram maiores no grupo amilori<strong>da</strong> (p = 0,011). Potássio sérico aumentou 0,3 mEq/L em média em ambos<br />
os grupos. Tosse foi mais comum no grupo enalapril.Conclusão: enalapril é mais eficaz do que amilori<strong>da</strong> em reduzir a PA em<br />
pacientes em uso <strong>de</strong> HCTZ com PA não-controla<strong>da</strong>.<br />
AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM NÍVEL TERCIÁRIO E A<br />
IMPORTÂNCIA DOS REGISTROS HOSPITALARES<br />
FREDERICO KLEIN GOMES; FELIPE BAUER PINTO DA COSTA; JONAS PALUDO; EDUARDO MENTI; MARCELO<br />
HAERTEL MIGLIORANSA; OSCAR PEREIRA DUTRA<br />
Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio com supra<strong>de</strong>snível do segmento ST (IAMCSST) é importante causa <strong>de</strong> morte. O<br />
tratamento <strong>de</strong>ssa condição vem evoluindo amplamente e o registro e a avaliação dos atendimentos realizados em setores terciários<br />
<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos são cruciais para que se possa corrigir eventuais falhas e atualizar a abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong>sse grupo <strong>de</strong> pacientes. Objetivos:<br />
Avaliar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e o perfil dos atendimentos <strong>de</strong> IAMCSST em um serviço terciário do sul do país. Materiais e Métodos: Estudo<br />
<strong>de</strong> coorte que avaliou 122 pacientes internados no Instituto <strong>de</strong> Cardiologia com quadro <strong>de</strong> IAMCSST no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />
2006 a agosto <strong>de</strong> 2006. Os pacientes foram avaliados e acompanhados durante a internação, sendo registrados fatores <strong>de</strong> risco,<br />
doenças prévias, características do infarto, terapias emprega<strong>da</strong>s e complicações apresenta<strong>da</strong>s. Resultados: Dos 122 pacientes<br />
avaliados, a i<strong>da</strong><strong>de</strong> média foi <strong>de</strong> 65 anos para os homens e 58 anos para as mulheres, 68% eram do sexo masculino. O tempo médio<br />
entre o início dos sintomas e a chega<strong>da</strong> ao hospital foi <strong>de</strong> 5h30min. A maioria se apresentou em Killip I (86%) e mantinha dor<br />
torácica na chega<strong>da</strong> ao hospital (91%).O infarto acometendo a pare<strong>de</strong> anterior ocorreu em 42% dos casos, enquanto os infartos<br />
que não atingiram a pare<strong>de</strong> anterior constituíram os 58% restantes. A terapia <strong>de</strong> reperfusão mais emprega<strong>da</strong> foi a angioplastia<br />
coronariana percutânea (81,6%), sendo a fibrinólise química utiliza<strong>da</strong> em apenas 3,1%. O tempo porta-balão médio foi <strong>de</strong> 85 min.<br />
A mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> registra<strong>da</strong> foi <strong>de</strong> 5,7%. Dentre as complicações, a insuficiência cardíaca e arritmias ventriculares tiveram ambas<br />
uma ocorrência <strong>de</strong> 3,3%. Conclusão: O presente trabalho permite avaliar as principais características relaciona<strong>da</strong>s aos<br />
atendimentos <strong>de</strong> IAMCSST em relevante amostra <strong>da</strong> nossa população. As taxas <strong>de</strong> complicações estão em concordância com a<br />
literatura mundial e a estratégia terapêutica recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>, angioplastia primária, foi a mais emprega<strong>da</strong>.