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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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198<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

SOBREVIDA A LONGO PRAZO DE PACIENTES COM CÂNCER DE ESÔFAGO SUBMETIDOS À ESOFAGECTOMIA<br />

ALICE FISCHER; FELIPE VÉRAS ARSEGO; RICARDO FILIPE ROMANI; RAFAEL SANTANA MELO; MARIANA<br />

BLANCK ZILIO; CLEBER ROSITO PINTO KRUEL; ANDRÉ RICARDO PEREIRA DA ROSA; RICHARD<br />

RICACHENEVSKY GURSKI; CARLOS CAUDURO SCHIRMER; CLEBER DARIO PINTO KRUEL<br />

Introdução: O conhecimento do curso clínico dos pacientes com câncer <strong>de</strong> esôfago é muito importante para a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong>s<br />

melhores opções terapêuticas. Objetivos: O principal objetivo <strong>de</strong>sse estudo foi verificar a sobrevi<strong>da</strong> a longo prazo dos pacientes<br />

com câncer do esôfago torácico submetidos à esofagectomia. Materiais e métodos: Nos anos <strong>de</strong> 2004 a 2006, 41 pacientes<br />

consecutivos com diagnóstico <strong>de</strong> câncer do esôfago torácico foram submetidos à esofagectomia transtorácica com gastroplastia<br />

cervical ou à esofagectomia transiatal com gastroplastia cervical. O seguimento foi iniciado após a cirurgia até a morte do<br />

paciente ou o término do estudo. Resultados: Dos 41 pacientes, 9,8% foram submetidos à esofagectomia transtorácica e 90,2% à<br />

esofagectomia transiatal. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média foi <strong>de</strong> 59,4 anos, sendo 32 pacientes do sexo masculino e 9 do sexo feminino. O tipo<br />

histológico mais freqüente foi o epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> (68,3%) e o a<strong>de</strong>nocarcinoma (31,7%). Os pacientes foram classificados em estágios<br />

I (12,2%), II (34,1%), III (48,8%) e IV (4,9%). A mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> pós-operatória total foi <strong>de</strong> 12,2% e, entre os pacientes em estágios I<br />

e II, foi <strong>de</strong> 5,26%. As taxas <strong>de</strong> sobrevi<strong>da</strong> global após 12 e 24 meses foram, respectivamente, 72,4% e 61,1%. A principal causa <strong>de</strong><br />

morte a longo prazo foi a recidiva sistêmica do tumor (66,7%). Conclusões: As taxas <strong>de</strong> sobrevi<strong>da</strong> média global encontra<strong>da</strong>s nesse<br />

estudo foram semelhantes a outros locais do mundo oci<strong>de</strong>ntal. Os pacientes em estágios I e II apresentaram menor mortali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pós-operatória. Dessa forma, a cui<strong>da</strong>dosa seleção dos pacientes tem a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar procedimentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte nos<br />

casos com baixa possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cura.<br />

COLEDOCOLITÍASE COM AGENESIA DE VESICULA BILIAR<br />

TIAGO FALCÃO CUNHA; GUILHERME COUTO; MARCUS VINÍCIUS RIJO; RICARDO BERGER; PAULO EDUARDO<br />

CARUSO<br />

Introdução: Agenesia <strong>de</strong> vesícula biliar (VB) é um diagnostico raro, havendo somente 200 casos relatados na literatura mundial.<br />

Cálculos primários do colédoco são encontrados em apenas 5%dos casos <strong>de</strong> coledocolítiase, fazendo <strong>da</strong> união <strong>de</strong>sses achados um<br />

evento ain<strong>da</strong> mais incomum.Caso: J.T.S, 49 anos, do lar, natural <strong>de</strong> POA. Procura a emergência do GHNSC referindo que há<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 4 dias, iniciou com quadro <strong>de</strong> dor abdominal em epigastro, irradia<strong>da</strong> para HD, febre baixa e icterícia. Negava<br />

cirugias prévias. A dor foi constante e progressiva o que a fez procurar auxílio médico. Ao exame: BEG, sinais vitais estáveis,<br />

febril e ausculta pulmonar e cardíaca normais. Abdomem sem cicatrizes, RHA+, dor à palpação em epigastro e HD, Murphy +,<br />

sem massas palpáveis. Exames solicitados na emergência: Ur: 61, Cr: 1,4, Na: 135, K: 4,0, BT: 8,25, BI: 1,49, BD: 6,76, Amilase:<br />

49, GGT: 187, FA: 210, Lipase: 40, Plaquetas: 220.000, TP: 1,0%, KTTP: 23, TGO: 65, TGP: 377, Hb 12,9, Leu: 15060, B 17 %.<br />

Rx tórax: sem alterações. Rx AA:normal. US abdominal mostrava colédoco dilatado +/- 0,9 cm, sem visualização <strong>de</strong> VB. Fígado<br />

aumentado <strong>de</strong> volume, com textura heterogênea. Após 60h do uso <strong>de</strong> ATB apresentou piora cínica e laboratorial. Neste momento,<br />

pela dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se conseguir CPRE, foi indica<strong>da</strong> <strong>de</strong>scompressão cirúrgica <strong>da</strong> via biliar. Durante cirurgia evi<strong>de</strong>nciou-se<br />

ausência completa <strong>da</strong> vesícula biliar e colédoco dilatado. Realizou-se exploração <strong>de</strong> via biliar trans colédoco on<strong>de</strong> se retirou<br />

cálculo único <strong>de</strong> +/- 1,5cm <strong>da</strong> porção distal do colédoco. Introduzido dreno <strong>de</strong> Kehr e realizado colangiografia trans-operatória<br />

on<strong>de</strong> não se evi<strong>de</strong>nciou falhas <strong>de</strong> enchimento com boa passagem para o duo<strong>de</strong>no, sendo encaminha<strong>da</strong> para realização <strong>de</strong> CPER<br />

pós -operatória. Conclusão: chama atenção <strong>da</strong> extrema rari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> agenesia <strong>de</strong> VB, soma<strong>da</strong> com um evento também incomum,<br />

que são os cálculos primários do colédoco, causando um quadro <strong>de</strong> colangite nesta paciente.<br />

Cirurgia<br />

DIVERTÍCULO DE MECKEL ENCARCERADO CONSTITUINDO HÉRNIA DE LITRRÈ: RELATO DE CASO<br />

ANA PAULA BRASIL OLIVEIRA; CAROLINA WILTGEN CAMPOS; FERNANDA MENEGHINI FLEIG; VINICIUS<br />

SOUZA OLIVEIRA; FERNANDO ANTÔNIO BOHRER PITREZ<br />

Introdução: o divertículo <strong>de</strong> Meckel é a mais comum anormali<strong>da</strong><strong>de</strong> congênita do intestino <strong>de</strong>lgado. Os pacientes acometidos<br />

po<strong>de</strong>m apresentar uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sintomas, sendo a hemorragia, a obstrução gastrointestinal e a inflamação do divertículo as<br />

mais comuns. A maioria dos pacientes, contudo, são assintomáticos. Raramente o divertículo <strong>de</strong> Meckel encarcera na região<br />

inguinal ou femoral, constituindo a hérnia <strong>de</strong> Littrè O divertículo costuma ser um achado inci<strong>de</strong>ntal em exames <strong>de</strong> imagem,<br />

cirurgia ou autópsia. Objetivos: <strong>de</strong>stacar a importância do diagnóstico e abor<strong>da</strong>gem terapêutica <strong>de</strong> complicações <strong>de</strong> pacientes com<br />

divertículo <strong>de</strong> Meckel, em especial a hérnia <strong>de</strong> Litrrè em adultos, visto que esta complicação além <strong>de</strong> não ser muito prevalente,<br />

acomete em maior número pacientes pediátricos. Matériais e Métodos: relata-se o caso <strong>de</strong> um paciente masculino, 23 anos, vem a<br />

emergência com queixa <strong>de</strong> dor abdominal em cólica, vômito e para<strong>da</strong> evacuatória. Ao exame físico apresentava dor à palpação<br />

abdominal, sem peritonismo e pequena hérnia inguinal à direita dolorosa. Na radiografia <strong>de</strong> abdômen agudo, distensão <strong>de</strong> <strong>de</strong>lgado<br />

c/ NHA foram <strong>de</strong>tectados. Na ecografia abdominal, viu-se uma hérnia inguinal à direita, <strong>de</strong>terminando obstrução intestinal, com<br />

conteúdo intestinal espessado. Como diagnóstico pré-operatório, estabeleceu-se hérnia inguinal direita encarcera<strong>da</strong>. A conduta<br />

adota<strong>da</strong> foi uma enterectomia segmentar, segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma herniorrafia inguinal à direita. Resultados: o paciente evoluiu bem, sem<br />

complicações no pós-operatório ou recidiva. Conclusões: consi<strong>de</strong>rando-se que a <strong>de</strong>tecção diagnóstica <strong>de</strong>sta patologia costumar ser<br />

<strong>de</strong> exclusão e tardia, ilustra-se com este caso, a importância <strong>de</strong> uma abor<strong>da</strong>gem diagnóstica e tratativa precoces.

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