Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
ADRENOLEUCODISTRIFIA LIGADA AO X: ANÁLISE GENÔMICA DE UMA SÉRIE DE CASOS EM FAMÍLIAS<br />
BRASILEIRAS<br />
FERNANDA DOS SANTOS PEREIRA; MARIANA LA BELLA-COSTA; LUIZA RENCK; URSULA MATTE; CARMEM<br />
VARGAS; ROBERTO GIUGLIANI; LAURA JARDIM<br />
A adrenoleucodistrofia liga<strong>da</strong> ao X (X-ALD) é uma doença genética do metabolismo dos peroxissomo, on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção dos<br />
ácidos graxos muito longos saturados (VLCFA) encontra-se impedi<strong>da</strong> ou limita<strong>da</strong>. Estima-se que 1:42.000 recém-nascidos<br />
apresentem essa doença. A X-ALD afeta principalmente a córtex adrenal, mielina do sistema nervoso central e axônios centrais e<br />
periféricos. A variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> fenotípica é muito alta e não po<strong>de</strong> ser prevista pelos níveis dos VLCFA, nem pela história familiar,<br />
limitando a correlação genótipo-fenótipo. O gene <strong>da</strong> X-ALD (ABCD1), contém 10 exons e ocupa 20 kb do DNA genômico no<br />
braço longo do cromossomo X (Xq28). Mais <strong>de</strong> 300 mutações foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s e a maioria <strong>de</strong>las (58%) é “priva<strong>da</strong>”. O<br />
objetivo <strong>de</strong>ste estudo é avaliar o espectro mutacional <strong>da</strong>s famílias com X-ALD atendi<strong>da</strong>s no <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>.<br />
Foram avaliados 12 casos-índices (homens com diagnóstico bioquímico <strong>de</strong> X-ALD) através <strong>da</strong> amplificação dos 10 éxons do gene<br />
ABCD1 por PCR e posterior triagem <strong>de</strong> mutações por SSCP (Single Strand Conformational Polymorphism). Os éxons que<br />
apresentaram padrão <strong>de</strong> migração diferente <strong>da</strong> amostra controle, foram seqüenciados <strong>de</strong> forma automatiza<strong>da</strong>. Até o momento, foi<br />
realizado SSCP para os éxons 1A, 1B, 2, 5, 6 e 8/9 e os casos-índices <strong>de</strong> três famílias apresentaram padrão <strong>de</strong> migração alterado<br />
por SSCP. Após seqüênciamento automatizado <strong>de</strong>ssas amostras, as mutações encontra<strong>da</strong>s foram: 1430<strong>de</strong>lA e P623L. A análise<br />
molecular será ofereci<strong>da</strong> aos <strong>de</strong>mais membros <strong>da</strong>s famílias dos casos-índices que tiveram mutação i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>. A triagem <strong>de</strong><br />
mutações continua para os <strong>de</strong>mais casos-índices. Apoio: FIPE-HCPA, CNPq<br />
CARACTERIZAÇÃO IMUNOFENOTÍPICA DE CÉLULAS MESENQUIMAIS E DE MEDULA ÓSSEA DE RATOS<br />
ISOGÊNICOS LEWIS.<br />
ANA AYALA LUGO; ANA HELENA PAZ, ANDRES CANEDO DELGADO, ANA PAULA ALEGRETTI, LUDMILA DO<br />
VALE MIQUELITO, EDUARDO PASSOS, NADINE CLAUSELL, ROBERTO GIUGLIANI, ELIZABETH CIRNE LIMA,<br />
EDUARDO PAIM ROHDE.<br />
O emprego <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los animais em várias propostas experimentais e terapêuticas con células tronco propiciam informações préclínicas<br />
importantes ao homem. Por este motivo, a caracterização <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los é necessária para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas<br />
alternativas terapêuticas.Técnicas <strong>de</strong> imunofenotipagem, mediante o uso <strong>de</strong> anticorpos monoclonais contra antígenos <strong>de</strong> superfície<br />
específicos <strong>da</strong>s diferentes linhagens celulares, têm promovido um avanço na <strong>de</strong>finição e classificação <strong>da</strong>s células-tronco. O<br />
objetivo <strong>de</strong>ste estudo é caracterizar e quantificar, por citometria <strong>de</strong> fluxo, as células tronco mesenquimais na medula óssea <strong>de</strong><br />
ratos Lewis. Células mononucleares <strong>da</strong> medula óssea, obti<strong>da</strong>s do fêmur e tíbia, foram isola<strong>da</strong>s mediante gradiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
com Ficoll. 1x 106 células foram submeti<strong>da</strong>s à análise por citometria <strong>de</strong> fluxo FACScalibur (Becton Dickison), com anticorpos<br />
monoclonais anti-CD34-PE, CD45-FITC, CD90-PE, CD11b/c-FITC, CD45RA-PE e CD3-FITC, CD29-PE/Cy5, CD71-PE e<br />
CD44-FITC.As análises dos resultados foram realiza<strong>da</strong>s mediante o software cell quest. A padronização <strong>de</strong> técnicas que avaliem a<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s células tronco mesenquimais na medula óssea permitem o estudo e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas estratégias<br />
terapêuticas para transplante celular.<br />
DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS A PARTIR DO MEIO CONDICIONADO DA LINHAGEM<br />
HEPG2<br />
CAROLINA URIBE CRUZ; G.R. SANTOS; G. BALDO; M.C. BELARDINELLI; R. GIUGLIANI; U. MATTE<br />
Introdução: Dentro <strong>da</strong> medula óssea, existe uma população <strong>de</strong> células não hematopoiéticas chama<strong>da</strong>s Células Tronco<br />
Mesenquimais (CTMs) que po<strong>de</strong>m ser separa<strong>da</strong>s e expandi<strong>da</strong>s em cultura com alta eficiência. Controlando as condições <strong>de</strong><br />
cultura, po<strong>de</strong>-se induzir à diferenciação <strong>de</strong>ssas células em múltiplas linhagens, como, por exemplo, em hepatocyte-like. Uma<br />
abor<strong>da</strong>gem para induzir diferenciação <strong>de</strong> CTMs é através do uso <strong>de</strong> meio condicionado (MC) <strong>de</strong> linhagens celulares. A linhagem<br />
HEPG2 se origina <strong>de</strong> um hepatocarcinoma humano, e suas células secretam diversas citocinas para o meio. Objetivo: Observar se<br />
ocorre diferenciação <strong>de</strong> CTM murina em hepatócitos através do uso <strong>de</strong> meio condicionado <strong>da</strong> linhagem HepG2. Materiais e<br />
métodos: As CTMs foram isola<strong>da</strong>s por combinação <strong>de</strong> gradiente <strong>de</strong> Ficoll e <strong>da</strong> sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se a<strong>de</strong>rir à placa <strong>de</strong> cultivo. As<br />
mesmas foram manti<strong>da</strong>s em condições normais <strong>de</strong> cultura. O meio condicionado foi obtido por contato com a linhagem HepG2<br />
por 24 hs, coletado e centrifugado. Como controle negativo se utilizou meio D-MEM que não esteve em contato com células. As<br />
CTMs foram cultiva<strong>da</strong>s com MC por 21 dias. Foram realiza<strong>da</strong>s análises morfológicas (H&E) e inmunohistoquímicas para Alfafetoproteína<br />
(AFP) y CK 8. Resultados: Observou-se que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 21 dias <strong>de</strong> cultura com MC, as CTMs apresentaram um<br />
aumento do citoplasma y marcações positivas para AFP y CK 8. Conclusão: As CTMs po<strong>de</strong>m ser induzi<strong>da</strong>s in vitro, a expressar<br />
marcas próprias <strong>de</strong> hepatócitos como AFP y CK 8, utilizando MC a partir <strong>da</strong> linhagem celular HepG2. Assim, este trabalho cria<br />
una nova oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para iniciar futuras investigações no transplante <strong>de</strong> hepatócitos e terapia celular para doenças hepáticas.<br />
USO DE LINGUAGEM INFORMAL EM UM PROTOCOLO DE TRANSFERÊNCIA GÊNICA PARA FIBROBLASTOS<br />
COM GANGLIOSIDOSE GM1<br />
ANTÔNIO CARLOS BURLAMAQUE NETO; GABRIELLA REJANE DOS SANTOS; CLARISSE RICCI; LEON LISBÔA;<br />
CARMEN LÚCIA BEZERRA MACHADO; URSULA MATTE<br />
INTRODUÇÃO: A avaliação dos protocolos <strong>de</strong> terapia gênica no nosso laboratório nos levou a <strong>de</strong>tectar a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gens mais próximas e compreensíveis para os métodos envolvidos. Apresentamos aqui a utilização <strong>de</strong><br />
um protocolo para transfecção <strong>de</strong> culturas <strong>de</strong> fibroblastos com gangliosidose GM1 para gerar uma história em quadrinhos.<br />
MÉTODOS: Um roteiro foi elaborado e discutido pelos autores. Os rascunhos foram <strong>de</strong>senhados por uma <strong>da</strong>s autoras, que os<br />
finalizou após revisão pelo grupo. Este material foi implementado através <strong>da</strong> comparação entre execuções do procedimento <strong>de</strong><br />
transfecção utilizando seu protocolo formal sozinho e associado aos quadrinhos. Os relatos <strong>de</strong> experiência dos executores foram<br />
então analisados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Produzimos material didático <strong>de</strong> linguagem informal que po<strong>de</strong> ser associado a