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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

significativamente a FE ou o DDVE. CONCLUSÃO: Nesta análise preliminar, em concordância com <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> literatura, os<br />

pacientes com sepse sobreviventes apresentam maiores diâmetros do VE, indicando uma resposta a<strong>da</strong>ptativa miocárdica durante a<br />

sepse.<br />

PERFIL DE FUNÇÃO VASOMOTORA ENDOTELIAL DE PACIENTES COM SEPSE GRAVE OU CHOQUE SÉPTICO<br />

LAÍS PILAU DE ABREU; LEANDRO QUINTANA BECKER; KAREN FONTOURA PRADO; CYNTIA AGUIAR RIBEIRO;<br />

THIAGO FURIAN; GABRIELA NICOLAIDIS; DIMITRIS VARVAKI RADOS; VINICIUS LEITE GONZALEZ; LUÍS<br />

EDUARDO ROHDE; NADINE CLAUSELL<br />

INTRODUÇÃO: A sepse e o choque séptico estão entre as principais causas <strong>de</strong> morte em países <strong>de</strong>senvolvidos. A lesão do<br />

endotélio vascular parece ser <strong>de</strong>terminante na manutenção e progressão <strong>da</strong> doença. OBJETIVOS: Avaliar o perfil <strong>da</strong> função<br />

vasomotora endotelial em pacientes com sepse grave ou choque séptico. PACIENTES E MÉTODOS: Incluídos pacientes adultos<br />

internados no Centro <strong>de</strong> Tratamento Intensivo (CTI) do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> com sepse grave ou choque séptico<br />

<strong>de</strong> até 24h <strong>de</strong> evolução. Foi preenchi<strong>da</strong> ficha com características clínicas e <strong>de</strong>mográficas por pessoas treina<strong>da</strong>s. Avaliação <strong>da</strong><br />

função vasomotora endotelial foi realiza<strong>da</strong> através <strong>da</strong> dilatação media<strong>da</strong> por fluxo e mensura<strong>da</strong> por ultrassonografia <strong>de</strong> alta<br />

resolução <strong>da</strong> artéria braquial. O parâmetro avaliado foi o percentual <strong>de</strong> variação do diâmetro <strong>da</strong> artéria comparando o momento<br />

basal ao estado pós-hiperemia. RESULTADOS: Foram analisados 20 pacientes com i<strong>da</strong><strong>de</strong> média <strong>de</strong> 46 ± 20 anos, APACHE<br />

médio <strong>de</strong> 22,1 ± 5,32, 75% sexo feminino. A principal origem <strong>da</strong> sepse foi respiratória (32%) e abdominal (32%). Vasopressor foi<br />

utilizado por 70% dos pacientes. Houve 7 óbitos e 80% dos pacientes apresentaram disfunção vasomotora endotelial inicial,<br />

caracteriza<strong>da</strong> por pequena variação do diâmetro <strong>da</strong> artéria braquial ou uma resposta inversa - <strong>de</strong> vasoconstrição após hiperemia<br />

reativa - in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do uso <strong>de</strong> vasopressor. Comparando pacientes que evoluíram ao óbito com os que sobreviveram, observouse<br />

uma tendência a pior perfil <strong>de</strong> função endotelial nos primeiros. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes com sepse grave ou<br />

choque séptico apresentam-se com disfunção vasomotora endotelial importante nas primeiras 24h <strong>de</strong> evolução. Nesta análise<br />

preliminar, este achado parece estar associado com pior evolução <strong>da</strong> doença.<br />

UTILIZAÇÃO DE CARDIODESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA<br />

LAÍS PILAU DE ABREU; DIEGO CHEMELLO; MAURICIO PIMENTEL; VINICIUS LEITE GONZALEZ; ELIZA<br />

RICARDO DALSASSO; LEANDRO IOSCHPE ZIMERMAN; NADINE CLAUSELL.<br />

INTRODUÇÃO: O uso <strong>de</strong> cardio<strong>de</strong>sfibrilador implantável (CDI) reduz a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> associa<strong>da</strong> à Insuficiência Cardíaca (IC),<br />

porém seu alto custo <strong>de</strong>man<strong>da</strong> contínua reavaliação dos critérios <strong>de</strong> indicação. Ensaios clínicos mostram utilização (disparos)<br />

<strong>de</strong>stes aparelhos aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 7,5%/ano para prevenção primária, e <strong>de</strong> 40%/ano para prevenção secundária, com choques<br />

inapropriados em mais <strong>de</strong> 15% dos pacientes. OBJETIVO: Analisar características clínicas e funcionais e padrão <strong>de</strong><br />

funcionamento do CDI implantados em pacientes com IC, em acompanhamento ambulatorial <strong>de</strong> <strong>Hospital</strong> Universitário no RS.<br />

PACIENTES E MÉTODOS: Inclusão <strong>de</strong> indivíduos com IC e portadores <strong>de</strong> CDI há no mínimo 6 meses. Questionário com <strong>da</strong>dos<br />

<strong>de</strong>mográficos, histórico cardiovascular e comorbi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos pacientes foi aplicado por pessoas treina<strong>da</strong>s. Análise do CDI foi feita<br />

por eletrofisiologista cardíaco. RESULTADOS: Foram analisados 32 pacientes, com i<strong>da</strong><strong>de</strong> média <strong>de</strong> 57 ± 13 anos, 75% homens,<br />

44% com etiologia isquêmica e fração <strong>de</strong> ejeção 41% ± 12. A indicação <strong>de</strong> CDI ocorreu para prevenção secundária em 90,6% dos<br />

casos. Do total, 13 (41%) estavam em classe funcional (NYHA) I; 15 (47%) em classe II e 4 (12,5%) em classe III. Uso <strong>de</strong><br />

amio<strong>da</strong>rona estava presente em 62% dos casos e beta-bloqueadores em 94%. O CDI foi acionado em 13 pacientes (41%), em<br />

média <strong>de</strong> 19,93 meses pós-implante, (utilização <strong>de</strong> 25%/ano), com choques inapropriados em 6,25% dos pacientes. Episódios<br />

apropriados ocorreram em média <strong>de</strong> 8,04 ao ano (37,5% dos pacientes). CONCLUSÃO: Em pacientes com IC em<br />

acompanhamento ambulatorial no RS, a taxa <strong>de</strong> utilização do CDI foi inferior àquela relata<strong>da</strong> na literatura para prevenção<br />

secundária. A ocorrência <strong>de</strong> choques inapropriados também se mostrou inferior.<br />

PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ATENDIDOS EM CLÍNICA ESPECIALIZADA MULTIDISCIPLINAR DE<br />

HOSPITAL TERCIÁRIO APRESENTAM REDUÇÃO DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES.<br />

PEDRO PICCARO DE OLIVEIRA; LAÍSA BONZANINI, ANÍBAL PIRES BORGES, RAFAEL ARMANDO SEEWALD,<br />

ROBERTO GABRIEL SALVARO, FÁBIO VELHO, LUIS EDUARDO ROHDE, NADINE OLIVEIRA CLAUSELL.<br />

Introdução: No Brasil, praticamente inexistem informações sobre as características clínico-epi<strong>de</strong>miológicas <strong>de</strong> pacientes com<br />

insuficiência cardíaca (IC). Na literatura contemporânea, meta-análise mostrou redução <strong>de</strong> número <strong>de</strong> hospitalizações em 26% em<br />

pacientes com IC com o acompanhamento em clínica especializa<strong>da</strong> multidisciplinar. Objetivo: Avaliar o impacto em número <strong>de</strong><br />

hospitalizações antes e após o início do acompanhamento em clínica especializa<strong>da</strong> multidisciplinar. Métodos: De uma coorte <strong>de</strong><br />

263 pacientes atendidos no Ambulatório <strong>de</strong> Insuficiência Cardíaca e Transplante do Serviço <strong>de</strong> Cardiologia do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong><br />

Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>, uma amostra <strong>de</strong> 37 pacientes dispunha <strong>da</strong>dos necessários e seguimento anterior e após primeira consulta<br />

maior do que 90 dias. A análise foi feita por teste <strong>de</strong> Wilcoxon. Resultados: A média <strong>de</strong> tempo com sintomas <strong>de</strong> IC antes <strong>da</strong><br />

primeira consulta foi <strong>de</strong> 3,6 anos. A média <strong>de</strong> acompanhamento ambulatorial foi <strong>de</strong> 1,4 anos. A mediana do número <strong>de</strong><br />

internações por ano antes do início do acompanhamento foi <strong>de</strong> 1,12 (intervalo interquartil: 25% 0,30 - 75%1,99), e a mediana<br />

<strong>de</strong>pois do início do acompanhamento foi <strong>de</strong> 0,00 (intervalo interquartil: 25% 0,00 - 75% 1,15), pois mais <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do pacientes<br />

não apresentou novas internações, e apenas 22% sofreram mais <strong>de</strong> uma internação. A redução média foi <strong>de</strong> 0,7 internações por<br />

ano, P=0,027. Conclusão: Apesar <strong>de</strong> pequena, a amostra mostrou uma redução significativa após o início do acompanhamento em<br />

clínica multidisciplinar especializa<strong>da</strong> em IC comparativamente ao atendimento em clínica primária. Estes <strong>da</strong>dos sugerem a<br />

importância <strong>da</strong> valorização do atendimento multidisciplinar em todos os níveis <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>.

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