Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Enfermagem D<br />
26<br />
Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO PERMANTE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE<br />
PELOTAS-RS<br />
SIMONE COELHO AMESTOY; VIVIANE MARTEN MILBRATH; RITA DE CÁSSIA DO NASCIMENTO; PAULA<br />
FIGUEIREDO; MAIRA BUSS THOFEHRN<br />
A Política Nacional <strong>de</strong> Educação Permanente consiste em ser uma estratégia proposta pelo Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, conforme a<br />
Portaria 198/GM/MS, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> formar e capacitar profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>rem as reais necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
populacionais, preservando os princípios do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Através do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste estudo, objetivamos<br />
relatar nossa experiência perante a implantação <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> educação permanente em uma Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva<br />
localiza<strong>da</strong> em um hospital <strong>de</strong> médio porte <strong>de</strong> Pelotas-RS. Participaram <strong>da</strong> implantação do projeto cinco enfermeiras que atuam<br />
diariamente no setor. Após a realização <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> em questão, constatamos o <strong>de</strong>sejo <strong>da</strong> equipe <strong>de</strong><br />
enfermagem ter a sua disponibilização ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação permanente, com o intuito <strong>de</strong> manterem-se informados sobre<br />
alguns conhecimentos vinculados ao cotidiano profissional. Desta forma, criamos um painel posicionado no posto <strong>de</strong><br />
enfermagem, a fim <strong>de</strong> expormos trabalhos, quinzenalmente, contendo assuntos <strong>de</strong> interesse dos profissionais, relacionados à sua<br />
prática. Assim, vislumbramos sanar as dúvi<strong>da</strong>s e promover um maior crescimento profissional, reduzir os riscos <strong>de</strong> iatrogenias,<br />
bem como melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> assistência ofereci<strong>da</strong> aos pacientes internados nesta uni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O CUIDADO DE SI NA PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UMA UTI GERAL DE PELOTAS-RS<br />
SIMONE COELHO AMESTOY; VIVIANE MARTEN MILBRATH; PAULA FIGUEIREDO; MAIRA BUSS THOFEHRN<br />
O cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> si é compreendido como a preocupação com o auto-cui<strong>da</strong>do, ou seja, o cui<strong>da</strong>do do eu. O contato estabelecido entre<br />
profissional e paciente nunca ocorre <strong>de</strong> forma neutra, pois carregamos conosco nossos valores culturais, ou seja, preconceitos,<br />
atitu<strong>de</strong>s, por isso cui<strong>da</strong>r do cui<strong>da</strong>dor é essencial para que possamos cui<strong>da</strong>r terapeuticamente dos outros. Objetivamos com o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do presente estudo conhecer as estratégias utiliza<strong>da</strong>s pela equipe <strong>de</strong> enfermagem, com vistas à realização do<br />
cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> si no ambiente <strong>de</strong> trabalho. Esse estudo contempla uma metodologia <strong>de</strong>scritiva exploratória à luz <strong>de</strong> uma abor<strong>da</strong>gem<br />
qualitativa, no qual participaram sete profissionais <strong>de</strong> enfermagem. A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi realiza<strong>da</strong> na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia<br />
Intensiva Geral <strong>de</strong> um hospital <strong>de</strong> médio porte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Pelotas-RS, através <strong>de</strong> entrevistas semi-estrutura<strong>da</strong>s. Após a análise<br />
dos <strong>da</strong>dos percebemos que a maior parte dos participantes evitam o envolvimento emocional com os pacientes. Esta atitu<strong>de</strong> é<br />
entendi<strong>da</strong> como uma auto <strong>de</strong>fesa, a fim <strong>de</strong> evitar o sofrimento pessoal. Outros acreditam, porém, que o uso <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong><br />
proteção individual é uma forma <strong>de</strong> estar cui<strong>da</strong>ndo <strong>de</strong> si. Em relação ao não envolvimento emocional, cabe ressaltar, que esta<br />
atitu<strong>de</strong> po<strong>de</strong> gerar um cui<strong>da</strong>do frio e impessoal. Por isso, com intuito <strong>de</strong> evitarmos que isto aconteça, salientamos que tal forma <strong>de</strong><br />
cui<strong>da</strong>do po<strong>de</strong> ser ameniza<strong>da</strong> pela capacitação contínua <strong>da</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong> emocional do trabalhador, <strong>de</strong> modo a criar alternativas para a<br />
superação <strong>da</strong>s frustrações presentes no trabalho.<br />
OS DISCURSOS DAS ENFERMEIRAS SOBRE A MORTE E O MORRER: VONTADE DE VERDADE?<br />
KAREN SCHEIN DA SILVA; MARIA HENRIQUETA LUCE KRUSE<br />
Falar sobre a morte e o morrer não é uma tarefa fácil, pois essas palavras acionam mecanismos cerebrais que afloram nossas<br />
referências <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Aceitar o fato <strong>de</strong> que nossa existência, bem como a <strong>da</strong>s pessoas que amamos, tem um “prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />
<strong>de</strong>sconhecido, é árduo. Esse medo do <strong>de</strong>sconhecido torna a morte uma questão difícil <strong>de</strong> ser discuti<strong>da</strong>, enfrenta<strong>da</strong> e pesquisa<strong>da</strong>.<br />
Dessa maneira propomos olhar para a morte e o morrer como uma construção social, histórica e cultural. Para tanto, nos<br />
aproximamos do campo dos Estudos Culturais, especificamente <strong>da</strong> vertente pós-estruturalista, para vislumbrar discursos <strong>de</strong><br />
periódicos brasileiros <strong>de</strong> enfermagem e conhecer como os saberes, a cerca <strong>da</strong> temática proposta, são veiculados, pelas enfermeiras<br />
nessa mídia. O corpus <strong>da</strong> pesquisa foram artigos <strong>da</strong> Revista Brasileira <strong>de</strong> Enfermagem (REBEn) e <strong>da</strong> Revista Gaúcha <strong>de</strong><br />
Enfermagem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fun<strong>da</strong>ção. Nas análises utilizamos as ferramentas do saber, discurso, po<strong>de</strong>r, po<strong>de</strong>r disciplinar e sujeito<br />
propostas por Michel Foucault. Analisamos os artigos, tendo em vista sua periodici<strong>da</strong><strong>de</strong>, tentando estabelecer ligações entre os<br />
textos e os acontecimentos <strong>da</strong> época. Os discursos presentes nas publicações permitiram a construção <strong>de</strong> quatro categorias: a<br />
morte silencia<strong>da</strong> e oculta<strong>da</strong> (1934-1979); travando uma luta contra a morte (1980-1989); a morte em cena: multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
facetas (1990-1999) e a morte e os cui<strong>da</strong>dos paliativos: mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> paradigma (2000-2005). O estudo <strong>de</strong>staca o modo como as<br />
publicações <strong>de</strong> enfermagem operam na produção dos saberes sobre a morte e o morrer subjetivando as enfermeiras.<br />
VIVENCIANDO O SER ENFERMEIRA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO CIRÚRGICA 3° SUL DO HOSPITAL DE<br />
CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE<br />
KAREN SCHEIN DA SILVA;<br />
Introdução. Na última etapa do curso <strong>de</strong> enfermagem <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (UFRGS) a acadêmica <strong>de</strong><br />
enfermagem precisa concluir a disciplina do Estágio Curricular II <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> integralmente em campo <strong>de</strong> estágio. O objetivo<br />
<strong>de</strong>sse estágio é promover a formação acadêmica do aluno, por meio <strong>de</strong> um período <strong>de</strong> experiência profissional, vivenciando as<br />
diversas atuações <strong>da</strong> enfermeira. Entendo que esse estágio compreen<strong>de</strong> uma etapa singular na formação acadêmica, pois permite<br />
conectar a teoria, aprendi<strong>da</strong> durante a graduação, com as diversas situações profissionais além <strong>de</strong> aperfeiçoar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s técnicas<br />
e gerenciais do atendimento <strong>de</strong> enfermagem. Assim, ele contribui para a formação profissional do aluno e oportuniza inúmeras<br />
vivências como enfermeira. Objetivo. Demonstrar a experiência <strong>de</strong> uma acadêmica <strong>de</strong> enfermagem, do último semestre do curso,<br />
do ser enfermeira em uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> internação cirúrgica do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. Metodologia. Relato <strong>de</strong><br />
Experiência. Resultados e Consi<strong>de</strong>rações Finais. O estágio curricular é fun<strong>da</strong>mental para a complementarização <strong>da</strong> formação<br />
acadêmica, pois contribui para o crescimento e amadurecimento <strong>da</strong> profissional que está se formando, já que oportuniza à aluna<br />
<strong>de</strong> graduação assumir as funções <strong>da</strong> enfermeira o que proporciona maior segurança técnica e administrativa para <strong>de</strong>sempenhar as