14.09.2015 Views

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

83<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DO DESEMPENHO DOS VENTILADORES TAKAOKA NIKKEI E FUJI MAXIMUS EM<br />

SITUAÇÕES DE ALTERAÇÕES DE COMPLACÊNCIA E RESISTÊNCIA<br />

RODRIGO GUELLNER GHEDINI; BELATO, J.O; BERNARDES, S. B. L.; ANDRADE, G. C.; MARTENS, F. B; SANCHES,<br />

P; FORTIS, E. A. F; XAVIER, R. G.<br />

Introdução: A avaliação comparativa do <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> uso médico frente a situações clínicas simula<strong>da</strong>s é<br />

<strong>de</strong>sejável pela necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> manutenção do bom <strong>de</strong>sempenho, mesmo em situações adversas. Objetivo: Comparar o<br />

<strong>de</strong>sempenho entre os ventiladores Takaoka Nikkei (T-N) e Fuji Maximus (T-FM) em fornecer os volumes correntes (VC)<br />

programados, frente a alterações <strong>de</strong> complacência/resistência com e sem uso do sistema <strong>de</strong> reabsorção <strong>de</strong> CO2. Método: Os<br />

aparelhos <strong>de</strong> anestesia com ventiladores (T-N) e (T-FM), foram montado em sistema com absorvedor <strong>de</strong> CO2 (NCR e FCR) ou<br />

sem (NSR e FSR) conectados a um pulmão-simulador para teste (Bio-tek). Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> VC são analisados, em relação aos préfixados,<br />

em quatro condições fisiológicas pulmonares distintas: 1) C = 30 e R = 5; 2) C = 30 e R = 50; 3) C = 15 e R = 5; 4) C =<br />

15 e R = 50). A variação no VC liberado em relação ao programado foi consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> satisfatória quando ±10%. Resultados: O<br />

ventilador FCA na condição 2 apresentou VC 27% menor que o NCA e na 4, 36% menor. Na simulação 2 o FSA ficou 25%<br />

menor que o NSA e na 4, 38,5% menor. Sendo estes, muito aquém dos valores programados. As <strong>de</strong>mais simulações mantiveramse<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um limite satisfatório <strong>de</strong> 10%. Discussão Os ventiladores testados apresentaram baixos níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho quando<br />

submetidos a condições <strong>de</strong> resistência altera<strong>da</strong>s (condições 2 e 4). O T-FM apresentou o pior <strong>de</strong>sempenho, principalmente quando<br />

configurado em sistema sem reabsorvedor <strong>de</strong> CO2. Conclusão: O ventilador T-FM <strong>de</strong>monstrou um <strong>de</strong>sempenho aquém do<br />

satisfatório, quando submetido a condições <strong>de</strong> resistência e complacência altera<strong>da</strong>s, quando comparado com o ventilador T-N, nas<br />

mesmas condições. È essencial a monitorização respiratória, o uso <strong>de</strong> ventilometria em condições clínicas que combinam baixa<br />

complacência e alta resistência, pois o T-FM foi incapaz <strong>de</strong> fornecer os volumes programados.<br />

PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS COM SAHOS GRAVE TRATADOS COM UM APARELHO INTRA-ORAL<br />

JULIANA JUNQUEIRA CERVO; SIMONE CHAVES FAGONDES, MÁRCIO LIMA GROSSI, SÉRGIO SALDANHA<br />

MENNA BARRETO, RENAN CAVALHEIRO LANGIE<br />

Introdução: Embora controverso, os aparelhos intra-orais (AI) também estão indicados para pacientes com SAHOS grave. As<br />

evidências atuais não suportam seu uso por pacientes com obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> mórbi<strong>da</strong>. No entanto, em uma situação específica e comum<br />

no Brasil, obesos mórbidos com SAHOS grave, que no SUS esperam longamente por um aparelho <strong>de</strong> CPAP, po<strong>de</strong>riam ter nos AI<br />

uma alternativa simples e econômica para este período <strong>de</strong> aguardo. Além disso, faltam estudos documentando a ineficácia dos AI<br />

nesta situação. Objetivo: Avaliar o tratamento <strong>de</strong> pacientes obesos mórbidos com SAHOS grave com um AI. Métodos: Cinco<br />

pacientes com IMC>40 kg/m2 e Índice <strong>de</strong> Apnéia/Hipopnéia (IAH)>30/h em polissonografia diagnóstica utilizaram um AI por<br />

uma média <strong>de</strong> 34,6 noites e realizaram outra polissonografia para comparar, num <strong>de</strong>lineamento “pré e pós”, os parâmetros: IAH,<br />

saturação <strong>de</strong> oxigênio arterial (SaO2), menor SaO2 (nadir) e eficiência do sono, e questionários <strong>de</strong> sonolência e satisfação.<br />

Resultados: IMC médio <strong>de</strong> 41,21 kg/m2 e i<strong>da</strong><strong>de</strong> média <strong>de</strong> 42 anos, sendo apenas uma mulher. Houve melhoras em alguns<br />

parâmetros: redução média do IAH <strong>de</strong> 18,17% e aumento do nadir em 8,8%, porém sem significância estatística (Teste dos Sinais,<br />

p>0,05). Os <strong>de</strong>mais parâmetros apresentaram discretas alterações. Verificou-se correlação inversa entre o avanço mandibular<br />

obtido com o AI e o IAH final (Coef. <strong>de</strong> Spearman, pConclusão: Embora não recomen<strong>da</strong>do <strong>de</strong> maneira <strong>de</strong>finitiva para pacientes<br />

obesos mórbidos com SAHOS grave, os autores especulam que o AI po<strong>de</strong>ria ser utilizado no período <strong>de</strong> aguardo do tratamento<br />

<strong>de</strong>finitivo, porém rigorosamente controlado pela equipe multiprofissional responsável.<br />

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E FUNÇÃO VENTILATÓRIA EM ASMÁTICOS<br />

ALICE FISCHER; DANIEL LEMONS DA SILVA, HENRIQUE DARTORA, LAURA NOGUEIRA LAGO, MARCELO<br />

DENES LUCHO, MARIANA PAIN, MELCHIOR PAULO VALMORBIDA, PAULINE ZANIN, RENATA HECK, XIMENA<br />

FERRUGEM DA ROSA, SÉRGIO SALDANHA MENNA BARRETO, MARIA ÂNGELA FONTOURA MOREIRA, VERA<br />

GUIRLAND VIEIRA<br />

Introdução: A alta prevalência <strong>de</strong> obesos entre os pacientes asmáticos sugere uma potencial associação causal entre essas duas<br />

doenças crônicas. Objetivo: O objetivo <strong>de</strong>sse estudo é analisar a influência do Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC) na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

vital força<strong>da</strong> (CVF) e no volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1), em vários graus <strong>de</strong> distúrbio ventilatório obstrutivo<br />

(DVO) <strong>de</strong> asmáticos. Metodologia: Analisamos pacientes adultos participantes do PEAA (Programa <strong>de</strong> Educação em Asma do<br />

Adulto do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>) no ano <strong>de</strong> 2007. To<strong>da</strong>s as espirometrias foram realiza<strong>da</strong>s em equipamento <strong>da</strong><br />

marca Jaeger, e o grau <strong>de</strong> DVO foi classificado em leve, mo<strong>de</strong>rado ou grave <strong>de</strong> acordo com as Diretrizes <strong>de</strong> Função Pulmonar <strong>de</strong><br />

2002. O peso e altura foram aferidos no momento <strong>da</strong> espirometria. Classificamos como obesos aqueles com IMC maior que<br />

30kg/m2, sobrepeso com IMC entre 25 e 29,9kg/m2 e peso normal ou baixo peso com IMC menor que 25kg/m2. Resultados: O<br />

grupo ficou constituído <strong>de</strong> 37 pacientes com média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 47 anos, IMC médio <strong>de</strong> 29,9kg/m2, VEF1 médio <strong>de</strong> 1.750mL 65%<br />

do valor previsto) e CVF média <strong>de</strong> 2.560mL (79,4% do valor previsto). Observamos que 22% dos pacientes tinham espirometria<br />

normal, 30% tinham DVO leve, 35% tinham DVO mo<strong>de</strong>rado e 13% tinham DVO grave. A maioria dos pacientes (70,3%) tinha<br />

IMC maior do que 25, sendo 14 obesos e 12 com sobrepeso. O índice <strong>de</strong> Tiffenau (VEF1/CVF) teve média e <strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong>:<br />

67±12, 68±13, 67±13 entre os pacientes com peso normal, sobrepeso e obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>, respectivamente. Analisando-se a média <strong>da</strong><br />

CVF percentual, os pacientes com peso normal atingiram 88%, os pacientes com sobrepeso atingiram 78%, e os obesos atingiram<br />

74% do valor previsto. Conclusão: Observamos alta prevalência <strong>de</strong> sobrepeso e obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> na nossa amostra. A gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> do DVO<br />

não diferiu com a variação do IMC. A CVF apresentou uma tendência <strong>de</strong> redução com o aumento do IMC.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!